Taxa de elevação de proteína no sangue pode prever câncer

Velocidade com que o PSA se acumula, e não só a quantidade total da proteína, pode ajudar a prever quem precisará de tratamento para o câncer de próstata

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Por Agencia Estado
Atualização:

A velocidade com que o nível de PSA no sangue de um homem está subindo - mesmo antes de o índice atinja um valor preocupante - pode sinalizar a presença do câncer de próstata num momento em que o tumor ainda é pequeno o bastante para ser curável, dizem pesquisadores americanos. PSA é a sigla em inglês que denomina a proteína Antígeno Prostático Específico. O estudo vem em apoio a uma nova tendência de avaliar os exames de sangue de um modo mais profundo, na esperança de prever melhor quem precisa de tratamento agressivo contra o câncer, mas ainda não prova que tomar decisões com base na chamada velocidade de PSA poderá salvar vidas. No entanto, sugere que pode ser uma boa idéia fazer um primeiro exame de PSA já aos 40 anos, para estabelecer uma base de comparação para exames posteriores, de acordo com o principal autor, H. Ballentine Carter, da Universidade Johns Hopkins. Exames de PSA são recomendados como um modo de detectar câncer de próstata, mas são imprecisos. Um excesso de PSA pode significar tanto um aumento benigno da próstata quanto câncer. Só uma biópsia permite determinar a diferença. O novo estudo, publicado no Journal of the National Câncer Institute, sugere que avaliar a velocidade com que o nível de PSA sobe pode ajudar a determinar quando fazer a biópsia e qual a intensidade do tratamento necessário. No trabalho, Carter se valeu de um estudo sobre envelhecimento que vinha coletando sangue de homens desde 1958. A equipe da Johns Hopkins usou essas amostras para traçar as mudanças no PSA de 980 homens, 20 dos quais morreram de Câncer de próstata. Além deles, 104 outros tiveram a doença, mas sobreviveram. A taxa de elevação do PSA dez anos antes do diagnóstico do câncer permitiu prever quem estaria vivo 25 anos mais tarde, concluiu Carter. Os homens cujo PSA subiu mais de 0,35 ponto ao ano tiveram taxa de sobrevivência de 54%. Os que tiveram elevação mais lenta atingiram taxa de 92%.

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