Tela roubada está em boas condições, diz diretor

Outras obras roubadas, e Di Cavalcanti, Picasso e Lasar Segall continuam desaparecidas

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Por CAIO QUERO E THAÍS PINHEIRO
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O diretor da Estação Pinacoteca, Marcelo Araújo, afirmou não ter dúvidas de que o quadro recuperado na madrugada deste sábado, 19, pela Polícia Civil de São Paulo é um dos quatro roubados do museu no último dia 12 de junho. "Ele está em ótimas condições. Nem foi retirado da moldura." A tela O Pintor e seu Modelo (1963), de Pablo Picasso - estava com Wesley Teobaldo Barros, de 30 anos, que foi preso quando se preparava para fazer um roubo a caixa eletrônico em São Miguel Paulista, zona leste da capital. Araújo esteve na delegacia para onde Barros e a tela foram levados. No início da tarde, a obra foi levada para o Instituto de Criminalística na capital. Depois seria encaminhada ao museu, onde passará por nova análise técnica. Policiais do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra) chegaram a Barros por meio de escutas telefônicas. Outras três pessoas também foram presas com Barros. Mas, segundo a polícia, elas não integrariam o grupo que roubou a Pinacoteca. Outros três suspeitos do roubo, já identificados, ainda são procurados e podem estar com as outras obras levadas no último dia 12 de junho. As telas levadas da Estação Pinacoteca, além da gravura encontrada, são Mulheres na Janela (1929), óleo sobre cartão de Di Cavalcanti; Minotauro, Bebedouro e Mulheres (1933), outra gravura de Picasso, e Casal (1919), guache sobre cartão de Lasar Segall. Ao todo, as quatro obras roubadas são avaliadas em R$ 1 milhão. No dia 12 de junho, os ladrões chegaram por volta do meio-dia à Pinacoteca, pagaram o ingresso e subiram para o segundo andar. Como não havia vigilante na sala de monitoramento, o trio agiu tranqüilamente. Demorou poucos minutos para desparafusar as telas da parede. Um quarto bandido aguardava o grupo em um veículo.

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