CONTRAOFERTA?
Se o grupo italiano decidir lançar uma contraoferta pela GVT, isso o forçaria a buscar um aumento de capital para financiar a medida.
Uma união entre TIM e GVT acentuaria a rivalidade da Telecom Italia com a Telefónica no Brasil ao criar um rival mais forte para a unidade local da Telefónica, a Vivo.
Por outro lado, se a oferta da Telefónica for bem sucedida, a TIM perderá uma opção estratégica importante, e sua posição seria enfraquecida, pois permaneceria como a única operadora de telefonia móvel no Brasil sem um negócio grande de banda larga.
Ainda é necessário esperar para ver se consolidações no setor ainda ocorreriam no Brasil. A Telefónica tem buscado orquestrar uma oferta conjunta pela TIM com outros participantes do mercado local, como a Claso, da América Móvil, e a Oi para se adequar a exigências regulatórias.
Patuano disse que a TIM Brasil é um ativo estratégico para o grupo, mas que consideraria vendê-lo se a Telecom Italia receber uma oferta a um preço elevado.
A Telefónica tem uma fatia de 14,8 por cento na Telecom Italia, mas recentemente tomou medidas para reduzir suas posses, sob pressão de reguladores antitruste, pois controla a Vivo, maior operadora de telefonia móvel no Brasil, assim como uma participação indireta na TIM.
Como parte de sua oferta pela GVT, a Telefónica deu à Vivendi a opção de tomar uma fatia de 8,3 por cento na Telecom Italia, abrindo o caminho para deixar o grupo italiano após sete anos.
Nesta quarta-feira, a Telecom Italia informou que seu lucro principal caiu 7,6 por cento, para 4,3 bilhões de euros, com a economia fraca em seu mercado doméstico e a desaceleração no Brasil pesando sobre as vendas.
(Por Danilo Masoni)
((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447702)) REUTERS PJ LB