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Temer diz ser preciso resistir ao protecionismo

Na reunião da cúpula dos Brics, na Índia, presidente defende a remoção de barreiras não tarifárias

Por Índia
Atualização:

O presidente Michel Temer afirmou ontem em Goa, na Índia, que é preciso resistir ao protecionismo que vem se espalhando pelo mundo. “Há um retorno da tentação protecionista. Há que resisti-la. Há muito que podemos fazer para garantir mais comércio, mais crescimento e mais prosperidade”, disse o presidente, que participou da VIII Cúpula dos Brics. Temer afirmou também que Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul podem fomentar maior integração entre suas economias. “No domínio comercial, podemos avançar na remoção de barreiras não tarifárias, como a simplificação de procedimentos aduaneiros e o reconhecimento mútuo de padrões e certificados”, disse. “A assinatura, nesta Cúpula, de acordo aduaneiro entre os Brics abre possibilidades de maior coordenação entre nossas autoridades portuárias e alfandegárias.” Segundo Temer, barreiras sanitárias e fitossanitárias são sempre fontes de incerteza no comércio. “Devemos impedir que essas medidas sejam utilizadas para fins protecionistas.” O presidente destacou que o Brasil passa por um momento de transformações, com medidas adotadas para recuperar o crescimento e gerar empregos. “Estamos aprimorando os nossos marcos regulatórios, reforçando a segurança jurídica, criando ambiente propício para novos investimentos”, disse. Temer aproveitou o encontro para reuniões reservadas com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping. Na conversa de uma hora e vinte minutos, o líder russo quis saber detalhes sobre proposta de emenda constitucional (PEC) 241, que estabelece um teto para o crescimento dos gastos públicos. Putin pediu informações sobre os mecanismos de controle e sobre como a medida trará efeitos para que o avanço das despesas oficiais não ocorra em termos reais. Já a conversa entre Temer e Xi Jinping tomou um tempo menor, de 20 minutos. Ambos trocaram informações sobre o desempenho geral de suas respectivas economias. Conclusão. A Declaração de Goa, o comunicado final da VIII Cúpula dos Brics, defendeu o uso de todos os instrumentos de gestão macroeconômica, como os monetários e fiscais, sejam eles adotados de forma individual ou conjunta, para que os países membros do grupo possam atingir o objetivo de crescimento forte, sustentável e inclusivo. “A política monetária continuará a apoiar a atividade econômica e assegurar a estabilidade dos preços, de forma consistente com os mandatos dos bancos centrais”, destaca o documento.