Temer diz torcer para que o português seja língua oficial da ONU

Ao participar de conferência com chefes de Estado dos países de língua portuguesa, peemedebista exalta presidência do Brasil em órgão que trata de temas do coletivo de nações

PUBLICIDADE

Por Carla Araujo
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente Michel Temer aproveitou a abertura da XI Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP), no Itamaraty, para saudar mais de uma vez a presença do novo secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, que está na cerimônia.

Após uma fala de Guterres na cerimônia, Temer ressaltou o fato de ele ser português e disse esperar que isso pudesse ajudá-lo a disseminar a língua na ONU. “Quem sabe não fazemos com que no seu período o português seja a língua oficial da ONU”, disse. Temer destacou novamente o fato de o Brasil ser o novo presidente da CPLP e lembrou o seu discurso na ONU, em setembro, e disse que o mundo precisa de equilíbrio para erradicar conflitos. “Como disse na ONU, temos que ter os pés no chão e sede de mudanças”, afirmou. O presidente brasileiro disse ainda que apenas com a abertura ao diálogo e a vocação de liderança é que será possível resolver os conflitos. “Sem essas virtudes não daremos cabo aos focos de tensão que atingem diferente países, com violações de direitos humanos. Não venceremos a carência econômica e social que continuam a afetar (os países)”, afirmou, ressaltando que o êxito de Guterres na ONU “será um êxito de todos nós”. Temer destacou ainda que mais de 250 milhões de pessoas falam português e são “unidas por fortes laços culturais”. Segundo ele, na presidência do órgão, o Brasil terá a visão de defender “uma CPLP que responda às demandas de nossas populações”. “Propósito da presidência brasileira é contribuir com uma CPLP moderna e afinada com as nossas realidades.” O presidente brasileiro citou ainda a ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher e disse que leu recentemente um discurso dela que é bastante atual. Segundo ele, a britânica falava que não existia diferença entre o dinheiro público e privado. Sem citar a PEC do teto dos gastos, o presidente voltou a dizer que “é preciso conter a despesa pública, porque só pode gastar aquilo que arrecada”.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.