Temporada de furacões no Atlântico termina em silêncio

Nove tempestades tiveram força suficiente para receber nome próprio e cinco furacões, dois de grande porte, formaram-se; nenhum atingiu os EUA

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Por Agencia Estado
Atualização:

A temporada de furacões de 2006 no Oceano Atlântico termina sem ocorrências notáveis, e sem que nenhum furacão tenha tocado o território dos Estados Unidos, num forte contraste com a temporada de 2005, que deixara mais de 1.500 mortos e milhares de desabrigados ao longo da costa americana. Nove tempestades tiveram força suficiente para receber um nome próprio e cinco furacões, dois de grande porte, formaram-se nesta temporada, o que foi considerado "quase normal". Os números ficaram abaixo de previsões de cientistas do governo. Em maio, especialistas previam de 13 a 16 tempestades com nome próprio, e de oito a 10 furacões, com seis de grande porte. Depois, os meteorologistas cortaram essas previsões em uma unidade de cada categoria. A temporada também contrasta coma do último ano, a mais movimentada nos registros. Ela teve 28 tempestades com nome, incluindo 15 furacões, quatro dos quais atingiram os EUA. Os furacões Rita e Katrina devastaram a costa. "Tivemos uma folga muito bem-vinda, depois de a costa ter sido atingida nos últimos vários anos, mas esse é um tipo de folga de uma temporada só", disse o principal meteorologista para furacões da Administração Nacional de Atmosfera e Oceano (NOAA), Gerry Bell. Ele pediu que as pessoas não se tornem complacentes para a próxima temporada, que se inicia em 1º de junho. Especialistas dizem que o Atlântico se encontra num período de alta atividade de tempestades, que começou em 1995 e poderá durara por mais uma década. Neste ano, a costa dos Estados Unidos contou com o aquecimento das águas do Oceano Pacífico, o fenômeno El Niño. Ele se desenvolveu mais depressa e se tornou mais forte do que o esperado, reduzindo a formação de tempestades no Atlântico e gerando ventos que ajudaram a dissipar furacões.

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