Tortura Nunca Mais defende mudança de nomes de ruas

PUBLICIDADE

Por BRÁS HENRIQUE
Atualização:

Os grupos Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro e São Paulo estão se movimentando para mudar nomes de ruas ligados à ditadura militar. Uma das medidas da organização foi pressionar pela mudança do nome de uma rua de São Carlos (SP), que leva o nome do ex-delegado do Departamento de Ordem Social e Política (Dops), Sérgio Paranhos Fleury. O assunto já está em discussão na cidade. Em Ribeirão Preto (SP), a Câmara revogou nesta semana uma lei que autorizava a usar o nome de "Dr. Salim Nicolau Mina", delegado mencionado como torturador de presos políticos da cidade pelo vereador Leopoldo Paulino (PMDB). No Rio, a meta é mudar o nome do viaduto "31 de Março", em Botafogo, pois a data refere-se ao dia do golpe militar de 1964. "Não podemos ter na memória algo que enaltece os crimes da ditadura, temos que retirar esses nomes e construir uma nova história", diz a presidente do Tortura Nunca Mais no Rio, Cecília Coimbra. "Estamos fazendo um levantamento para deflagrar o alerta em todo o País", emenda. Segundo ela, o grupo luta para colocar nomes de ex-companheiros perseguidos ou assassinados em locais públicos, mas essa é a primeira vez que se movimenta para retirar nomes de opressores, a começar por São Carlos. No caso desta cidade, um boletim tratando do assunto foi distribuído às autoridades da cidade e a órgãos internacionais, como Anistia Internacional.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.