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Três policiais são presos por beneficiar detentos no RJ

Por Solange Spigliatti
Atualização:

Três policiais foram presos hoje durante a Operação Grades Limpas, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, na carceragem da Polinter.Durante a operação, que tinha como objetivo desarticular uma quadrilha que agia na carceragem da Polinter, cobrando propinas em troca de benefícios para alguns presos, também foram apreendidos mais de R$ 20 mil. Os policiais foram afastados de suas funções.Uma pequena quantidade de maconha foi apreendida na sala da administração da carceragem e no banheiro do carcereiro. Desde a manhã, foram cumpridos dez mandados de prisão temporária expedidos pela Vara Criminal de Araruama.O inspetor da Polícia Civil Luís Carlos Freitas Calixto foi preso dentro da carceragem. Com ele, foram apreendidos cerca de R$ 1.100 e um cheque de R$ 4 mil. Os inspetores Carlos Eduardo de Barros e Flávio da Rosa foram presos em suas casas, localizadas, respectivamente, em Niterói e Magé.Dentro da carceragem, onde foi cumprido o mandado de busca e apreensão, foram descobertas cinco celas (especiais) que acomodavam uma média de três presos cada, enquanto as outras chegavam a receber mais de 30 detentos.As investigações apontaram que a quadrilha cobrava R$ 3 mil de entrada e uma quantia semanal de R$ 200 de cada preso em troca da permanência nas celas especiais, onde havia regalias como aparelhos de som e de DVD, ar-condicionado e até um vídeo game de última geração. Nessas celas, foram apreendidos cerca de R$ 18 mil em espécie. Também de acordo com a investigação, os presos que denunciassem o esquema seriam punidos com severas agressões.

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