Tribunal do Trabalho julga greve de motoristas nesta quinta

Acordo adia reajuste da tarifa de ônibus em São Paulo; aumento incidirá sobre pagamento por passageiro

PUBLICIDADE

Por AE
Atualização:

O Tribunal Regional do Trabalho julga nesta quinta-feira, 8, a legalidade da paralisação dos ônibus feita por motoristas e cobradores, na quarta-feira, 7. A desembargadora Wilma Nogueira de Araújo Vaz da Silva convocou os sindicatos de patrões e empregados e a SPTrans para uma reunião de conciliação às 14 horas. Na reunião, o Sindicato dos Motoristas terá de provar que cumpriu as exigências legais para a realização da greve - como avisar os patrões com 72 horas de antecedência e garantir frota de ônibus suficiente para manter a ordem no trânsito e atender a população que usa transporte público. Após quase três meses de negociações com a gestão Gilberto Kassab (DEM), os empresários de ônibus conseguiram, em meio à ameaça de paralisação geral dos ônibus a partir de terça-feira, a promessa de receber do governo um reajuste de 4,24% sobre o contrato entre a Prefeitura e as empresas. O aumento incidirá sobre os valores pagos por passageiro transportado - de R$ 1,29 para R$ 1,31, dependendo da região da cidade - e vai segurar a elevação da passagem de ônibus até o fim das eleições de outubro. A previsão agora é de que as tarifas de ônibus na capital paulista subam entre 8% e 10% na segunda quinzena de novembro, provavelmente de R$ 2,30 para R$ 2,50. O último reajuste foi em novembro de 2006. Segundo o secretário dos Transportes, Alexandre de Moraes, os empresários pediram, há 45 dias, um reajuste na tarifa, o que foi negado pelo governo. A negociação entre os empresários e a Secretaria de Transportes só avançou ontem, após a paralisação, entre 11 e 14 horas, de 70% da frota. O Sindicato dos Motoristas de Ônibus pleiteia reajuste salarial de 10,36% para a categoria. Em assembléias nas garagens espalhadas pela capital paulista, a categoria recusou a proposta dos patrões de 4,36%. Nova assembléia ocorre amanhã e, se não houver acordo, os motoristas e cobradores entrarão em greve à zero hora de terça.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.