23 de setembro de 2014 | 18h03
A acusação da FTC afirma que a empresa cobrou milhares de dólares de clientes que compraram computadores chamados BitForce, projetados para resolver equações que criam a moeda virtual. O problema é que a empresa não entregou as máquinas aos clientes e quando o fez os computadores estavam quase obsoletos, segundo a comissão.
Diferente de uma moeda tradicional, bitcoins não são distribuídas por um banco central ou lastreadas por ativos físicos. A moeda é "minerada" por usuários que usam computadores para calcular fórmulas algorítmicas cada vez mais complexas.
Quando um usuário resolve uma fórmula, o sistema da bitcoin o premia com uma determinada quantidade de bitcoins. Conforme o tempo passa e mais bitcoins são mineradas, a produção da moeda virtual fica mais difícil. Os códigos ficam mais complexos e precisam de computadores mais poderosos para serem resolvidos.
"Sempre vemos que quando há uma oportunidade nova e pouco compreendida como a Bitcoin, golpistas encontram maneiras de capitalizar o entusiasmo e interesse do público", afirmou Jessica Rich, diretora do gabinete de proteção ao consumidor da FTC.
A Butterfly vendeu computadores por preços entre 149 e 29.899 dólares, de acordo com a suposta capacidade de processamento das máquinas. A FTC informou que mais de 20 mil consumidores não receberam os computadores que compraram desde setembro de 2013.
(Por Ros Krasny)
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