Um motim em um presídio no sudoeste da Venezuela matou 61 pessoas, disse um funcionário do hospital no domingo, apesar do o governo se recusar a dar um número oficial de mortos no confronto sangrento que destacou o caos nas prisões do país. A violência ocorreu na sexta-feira na prisão Uribana, perto da cidade de Barquisimeto. Parentes que se reuniram do lado de fora da prisão se irritaram com a falta de informações das autoridades embora tenham iniciado a transferência de presos para outras unidades, não confirmaram quantos foram mortos. O tumulto ocorreu em um momento em que, doente de câncer, o presidente Hugo Chávez continua em Cuba recebendo tratamento e o vice-presidente Nicolas Maduro - o chefe oficial do Estado - está em visita ao líder socialista em Havana e, em seguida, viaja para uma reunião de cúpula no Chile. O motim foi quarto grande conflito em 18 meses em um sistema prisional que abriga três vezes o número de presos que foi projetado para acomodar. Os críticos dizem que o sistema prisional é controlado por gangues com pronto acesso a metralhadoras e granadas. "Estamos sofrendo aqui, e o governo não está dizendo nada", disse Josefina Ramirez, de 36 anos, cuja marido de 25 anos estava lá dentro. "Queremos que Chávez venha para nos dar notícias. Queremos uma resposta."