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UE decidirá sobre novas sanções à Rússia até sexta, diz chanceler italiana

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Por Redação
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Governos da União Europeia decidirão sobre um pacote de novas sanções contra a Rússia até a sexta-feira, disse a ministra das Relações Exteriores da Itália, Federica Mogherini, ao Parlamento Europeu nesta terça-feira, pedindo uma “resposta o mais forte possível”. Federica, que será a próxima chefe de política externa do bloco continental, disse que a Comissão Europeia, o braço executivo da UE, apresentará na quarta-feira um pacote mais amplo de sanções contra a Rússia por conta da invasão à Ucrânia. Embaixadores da UE se reunião na quinta e sexta-feira e a decisão será tomada até sexta, disse Federica. “Precisamos responder da maneira mais forte possível”, declarou ela a repórteres após uma apresentação a deputados da UE no Parlamento Europeu. “As coisas em campo estão ficando mais e mais dramáticas. Falamos de uma agressão e eu acho que as sanções são parte de uma estratégia política”, disse ela, que descreveu a situação como “uma época de escuridão completa”. Federica não quis dar detalhes sobre o pacote de sanções, mas disse que ele teria como alvo quatro setores da Rússia, incluindo defesa, finanças e bens de uso duplo. Três pessoas próximas das discussões disseram à Reuters na segunda-feira que o endurecimento das sanções pode incluir a proibição de que europeus adquiram novos títulos da dívida russa, limitando a capacidade de Moscou se financiar. Líderes da UE decidiram em uma cúpula no sábado que o envolvimento direto de tropas russas na guerra no leste e no sul da Ucrânia requer um endurecimento das sanções impostas até agora, a menos que a Rússia retire seus soldados. A chanceler alemã, Angela Merkel, que liderou o movimento por uma resposta mais dura da UE, afirmou na segunda-feira que o comportamento de Moscou na Ucrânia não deve ser ignorado, mesmo que as sanções prejudiquem a economia alemã - que precisa do gás vindo da Rússia. Na cúpula de sábado, líderes da UE escolheram Federica como a próxima chefe de política externa do bloco, sucedendo a britânica Catherine Ashton, que deixará o cargo em outubro. (Por Jan Strupczewski e Robin Emmott)

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