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UE pede redução de 50% na emissão de gases até 2050

Por Denise Chrispim Marin
Atualização:

O presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, fez um apelo hoje aos líderes do G-8 - o grupo das sete economias mais ricas e a Rússia - para que assumam uma meta ambiciosa de redução de 50% das emissões dos gases do efeito estufa até 2050 e também um objetivo de médio prazo, que diplomaticamente deixou em aberto. Na mesa de negociações, a Europa pretende atrair os Estados Unidos a um compromisso semelhante ao que assumiu unilateralmente no início do ano, o corte de 20% nas emissões de gases do efeito estufa até 2020, em comparação com os níveis de 1990. Na ocasião, os países europeus deixaram claro que concordariam em elevar esse porcentual a 30% se os EUA e os outros países desenvolvidos também aderissem aos cortes. "Se conseguirmos alcançar um compromisso de longo prazo para reduzir em 50% as emissões de gases até 2050 e também um princípio de acordo sobre a redução em médio prazo, poderemos falar de sucesso (desta cúpula do G-8)", afirmou Barroso. "Vamos trabalhar para alcançar compromissos reais nesta cúpula do G-8." O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, vai enfrentar a pressão da Europa e do Japão para que o G-8 aceite a adoção de metas para redução até 2020, independentemente dos compromissos das principais economias emergentes da Ásia. Em sua chegada ao Japão, ontem, Bush declarou-se disposto a assumir uma posição "construtiva", desde que a China e a Índia igualmente adotassem metas equivalentes. A reunião de cúpula anual do G-8, desta vez realizado em um resort na ilha de Hokkaido, no norte do Japão, oficialmente será dedicada às questões climáticas - aquecimento global e definição de metas de redução de emissão de gases do efeito estufa até o fim do ano que vem, tarefa deixada pelos membros da Organização das Nações Unidas (ONU), em dezembro passado, em Bali, para que possam ser aplicadas a partir de 2012.

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