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Ufba distribui folheto sobre segurança em seus campi

Por Tiago Décimo
Atualização:

Durante a semana, os estudantes que foram à Universidade Federal da Bahia (Ufba) para se matricular nos cursos tecnológicos e nos Bacharelados Interdisciplinares (BI) receberam, entre os materiais sobre a instituição, um folheto sobre a (falta de) segurança nos campi da instituição. As matrículas foram encerradas hoje. A novidade chamou a atenção dos alunos. "A gente ouve falar algumas coisas, mas um folheto da própria instituição é de dar medo", afirma um novo estudante do BI de Humanidades, morador de Candeias, na região metropolitana, que prefere não se identificar (só disse o primeiro nome, Rafael). A cartilha fala, por exemplo, que as instalações da universidade não são "totalmente seguras" e admite haver pontos "desertos e pouco iluminados". De acordo com a direção da instituição, o folheto tem caráter preventivo, ao mostrar aos novos alunos os perigos nos campi. Além disso, segundo a Ufba, estão sendo promovidas melhorias na iluminação e na segurança, que hoje conta com 500 homens contratados pela universidade. O movimento estudantil, por outro lado, prega que a Ufba, com a ação, está tentando tirar sua responsabilidade nos casos de violência dentro da instituição. Ano passado, segundo a instituição, houve 800 registros de crimes nos campi da universidade, na maioria dos casos furtos. Os de maior repercussão foram o assassinato de uma mulher, Ana Cláudia da Silva Castro, de 27 anos, em setembro, dentro do terreno da Faculdade de Filosofia - ela não era aluna da instituição - e um caso de violência sexual contra uma estudante de Dança de 21 anos, em agosto, que motivou uma série de manifestações, por parte dos alunos, contra a instituição.

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