Um dia depois blitz, rotina do vício volta à cracolândia

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Por AE
Atualização:

Tudo voltou ao normal na cracolândia ontem, com as ruas tomadas por viciados consumindo e vendendo drogas abertamente. Os 265 usuários que haviam sido retirados por uma blitz da Polícia Civil no domingo retornaram às Ruas Guaianases, Vitória e Conselheiro Nébias, na região central de São Paulo. Durante todo o dia, cerca de 200 viciados ficaram perambulando de um ponto a outro, enquanto uma viatura da PM tentava impedir que eles se aglomerassem. Mas os policiais mal terminavam de passar e todo mundo voltava para o mesmo local. Diante disso, a Polícia Militar está organizando uma ocupação, em parceria com o Ministério Público e órgãos da Prefeitura. O retorno tão rápido dos viciados às ruas só aumentou a revolta dos moradores e comerciantes. Para eles, esse tipo de ação policial não tem efeito concreto. ?É como se não tivesse acontecido nada. Eles só foram dar uma volta e retornaram. À noite já foi um inferno de novo e hoje (ontem) continua do mesmo jeito?, reclamou o funcionário de um hotel que fica em um dos pontos preferidos dos usuários, no cruzamento das Ruas Conselheiro Nébias e Vitória.O tenente-coronel da PM Osni Rodrigues de Souza, comandante do 13º Batalhão, afirma que são feitas ações constantes e as pessoas flagradas em atos ilícitos acabam encaminhadas à delegacia. Entretanto, se o grupo estiver apenas andando de um lado para outro, os policiais nada podem fazer - porque não é crime. ?Estamos articulando uma grande operação em parceria com o Ministério Público e as áreas de Saúde e Assistência Social. A ideia é permanecer na região por pelo menos uma semana.? Segundo ele, essa estratégia evitaria a ida e vinda dos usuários. ?É uma operação complexa, que exige logística e, por isso, estamos organizando com muita calma. Ainda não há data.? As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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