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Um em cada 4 estudantes chineses rejeita colegas com aids

26% acham que doença está relacionada a comportamento condenável

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Por Redação
Atualização:

Um em cada quatro estudantes das mais prestigiosas universidades chinesas é contra a presença em sua sala de aula de um portador do vírus da aids. Segundo uma enquete realizada entre 1.089 estudantes e publicada nesta quarta-feira, 6, pela agência oficial Xinhua, 26% vinculam a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (aids) a um comportamento condenável. A metade acredita que a doença pode ser um problema moral "dependendo da forma de transmissão". Só 33% disseram que não tinham problemas em ter um colega de classe portador do Vírus de Imunodeficiência Humana (HIV). Mas 23% expressaram a sua rejeição. Para 7% dos estudantes, os portadores do HIV não deveriam ser admitidos nas escolas, e 31% opinam que eles só deveriam ser admitidos "sob certas restrições". Segundo 4% dos entrevistados, os portadores do HIV não deveriam ter autorização para trabalhar, e 43% dizem que sim, mas com restrições. "Esta discriminação existe porque uma grande proporção vincula aids e corrupção moral", disse Zhou Xiaochun, membro do grupo de pesquisa que realizou a enquete. O governo chinês atribui a aids à chegada de estrangeiros, enquanto a sociedade, devido à falta de informação, vincula a doença com a promiscuidade sexual, o que é motivo de discriminação. A enquete foi feita em 12 universidades, entre elas a de Tsinghua, considerada uma das mais importantes do país. Na China há, segundo as estimativas do governo e da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 600 mil portadores da aids. Mas diversas ONGs calculam que na realidade são milhões.

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