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UnB aprova criação da 'Concursobrás'

Por Rafael Moraes Moura
Atualização:

Após três rodadas de discussão, a Universidade de Brasília (UnB) deu ontem aval aos planos do Ministério da Educação (MEC) de transformar o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe) em uma espécie de "Concursobrás", empresa pública focada em processos de seleção, certificações e exames, como o Enem. O centro integra hoje a UnB e fatura mais de R$ 200 milhões por ano. Por 36 votos a fator, 6 contrários e 4 abstenções, o parecer do decano de assuntos comunitários, Eduardo Raupp, foi aprovado pelo conselho universitário. Para aceitar a empreitada, a UnB elaborou uma lista de condições: quer ficar com pelo menos 10% da receita financeira do novo Cespe, indicar os membros da diretoria executiva e receber tratamento prioritário na prestação de serviços à empresa. No ano passado, o Cespe obteve faturamento de R$ 271,5 milhões - 17% do total foi repassado à universidade. "Esse resultado traduz uma tomada de posição muito elaborada, não foi uma decisão precipitada e sim implicou um debate no qual houve a formação de um convencimento", disse o reitor José Geraldo de Sousa Junior. Para a UnB e o MEC, a criação da "Concursobrás" também é uma tentativa de regularizar a situação do Cespe. O Tribunal de Contas da União encontrou irregularidades no pagamento de funcionários e determinou que a regularização seja feita até 30 de junho.

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