União Europeia oferece US$200 mi para ajudar Somália

PUBLICIDADE

Por YARA BAYOUMY
Atualização:

A União Europeia enviou 158 milhões de euros (200 milhões de dólares) para a Somália melhorar a educação, o sistema judiciário e a segurança no país, disse o novo enviado do bloco neste sábado, num momento em que o país localizado no Chifre da África tenta se recuperar de mais de duas décadas de conflito armado. O novo programa de ajuda se segue à eleição, em setembro, de um novo presidente na Somália, naquele que foi um esforço da região e da ONU para restaurar o controle do governo central e encerrar conflitos armados que mataram dezenas de milhares de pessoas. O presidente Hassan Sheikh Mohamud, eleito na primeira votação do gênero desde que a Somália entrou em guerra civil em 1991, está enfrentando corrupção, insurgentes islâmicos e pirataria na costa do país. "Depois de 21 anos, o governo está finalmente reconstruindo os sistemas de um Estado funcional nos níveis local, regional e central", disse à Reuters Michele Cervone d'Urso, enviado especial da UE para a Somália. "A UE está mais comprometida em trabalhar diretamente e em parceira com os somalis. Nós vamos pedir que as agências de desenvolvimento trabalhem mais perto do governo e da sociedade civil." Um atentado suicida na capital Mogadíscio neste sábado reforçou os desafios que o novo líder da Somália precisa encarar. O pacote de ajuda, o maior já aprovado pela UE para a Somália, será usado para fortalecer o poder Judiciário, instituições estatais falidas, a força policial do país e o arruinado sistema educacional. Alguns recursos serão usados para trazer de volta para a Somália profissionais que haviam saído do país, para melhorar os padrões de educação. "Embora exista a crise econômica global, o nosso novo governo está pedindo que o mundo aumente os recursos e mude o jeito através do qual a Somália vem recebendo esses recursos nas últimas duas décadas", disse o presidente Mohamud em uma conferência de imprensa na capital, após o lançamento do programa. "Nós pedimos aos países que tenham relação direta com a Somália", disse ele. Apesar de estarem na retaguarda, militantes do grupo al Shabaab, ligado à Al Qaeda, ainda controlam áreas rurais no sul e no centro do país. Piratas e milícias locais também lutam por controle de pedaços do território. (Reportagem adicional de Abdirahman Hussein)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.