PUBLICIDADE

Unicef alerta para ignorância sobre aids entre jovens chineses

Dados oficiais mostram que há 650 mil portadores; ONGs dizem que são 6 milhões

Por Agencia Estado
Atualização:

Os jovens chineses precisam saber mais sobre a prevenção da aids e do Vírus de Imunodeficiência Humana (HIV), na opinião de Yin Yin Nwe, diretora do Unicef para a China, informou nesta sexta-feira, 30, a imprensa oficial. O Unicef acaba de receber uma doação de US$ 125 mil da empresa de cosméticos M.A.C., subsidiária da Estée Lauder, para promover uma campanha sobre a aids entre os jovens chineses, informou a agência de notícias Xinhua. Nwe disse que 80% dos novos contágios de HIV acontecem entre jovens de 15 a 24 anos. Só em 2005 os novos casos na China foram 70 mil. "Apesar dos grandes esforços do governo chinês, muitos jovens ainda sabem pouco sobre a aids e o HIV e a sua prevenção. A ignorância é o maior inimigo", afirmou. Uma enquete realizada pelo Unicef no ano passado entre mais de 2 mil estudantes do ensino médio nas principais cidades chinesas revelou que 40% não usavam nenhuma medida de proteção em sua primeira relação sexual. "O Unicef está buscando parceiros para lançar a campanha anti-aids/HIV entre os jovens", explicou a diretora da instituição. Ela acrescentou que está tentando divulgar na China os conhecimentos básicos para evitar a doença. A cantora Li Yuchun, muito popular na China por ter vencido o concurso de TV "Super Girl", foi convidada com outras três atrizes a apresentar a campanha. Desde 1994 a M.A.C. doa toda a renda da venda dos batons Viva Glam para as campanhas internacionais contra a Aids. Até agora, a contribuição chegou a mais de US$ 70 milhões. Segundo os números oficiais, na China há 650 mil portadores da aids. Mas ONGs afirmam que o número real é de mais de 6 milhões. Na maioria de zonas rurais não existem sistemas adequados para detectar o vírus e as pessoas não fazem testes porque ainda acham que a doença só afeta drogados, prostitutas e homossexuais, uma crença promovida pelas autoridades. Além disso, os doentes são discriminados.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.