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Veículos da GCM terão câmeras antipirataria

Por Tiago Dantas
Atualização:

A Guarda Civil Metropolitana (GCM) vai apostar na tecnologia para aumentar a fiscalização sobre o comércio de produtos piratas na capital. Até o fim do ano, a Prefeitura pretende adquirir 40 câmeras móveis, que serão instaladas em viaturas e motos. Os novos equipamentos podem ser programados para procurar alvos específicos, como um caminhão que tenha o símbolo de determinada empresa, por exemplo.As câmeras móveis devem ajudar a GCM a descobrir rotas usadas pelos grupos que controlam a pirataria em São Paulo e a encontrar fábricas e galpões onde as mercadorias são produzidas e armazenadas. O projeto é que as imagens gravadas por esses equipamentos sejam compartilhadas com a Receita Federal e as Polícias Civil e Federal, que já investigam a atuação de quadrilhas especializadas no comércio ilegal na cidade.A compra faz parte de um pacote de 500 câmeras que operam com um sistema de monitoramento conhecido como reconhecimento ótico de caracteres (OCR, na sigla em inglês). A minuta do edital está disponível para consulta pública desde maio e a licitação deve ser publicada "nas próximas semanas", segundo o secretário municipal de Segurança Urbana, Edsom Ortega. "A câmera OCR registra os caracteres que você definir. Vamos supor que você esteja procurando um caminhão vermelho com a inscrição ?Mudanças Santa Terezinha?. Quando esse veículo passar pelo local onde a câmera está filmando, ela vai emitir um alarme na central e, em um minuto, a guarda pode montar um bloqueio", afirma o secretário.O termo de referência da licitação propõe que 30 câmeras sejam preparadas para ser instaladas em viaturas da GCM ou em carros descaracterizados e 10 sejam colocadas em motos. As demais câmeras do edital serão distribuídas em 166 pontos fixos, principalmente nos limites da cidade e nas estradas que abastecem o Município.TributosO uso da tecnologia no combate à pirataria é importante, mas não vai sozinho resolver o problema, de acordo com o advogado Márcio Costa de Menezes e Gonçalves, secretário executivo do Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual do Ministério da Justiça entre 2005 e 2006. "É uma ferramenta importante, mas é provável que os criminosos também possuam uma tecnologia semelhante para ajudá-los."Gonçalves acredita que São Paulo acertou ao juntar órgãos estaduais e federais nas ações antipirataria. "Às vezes, a GCM faz uma apreensão e encontra um livro-caixa, que vai ajudar a polícia a chegar aos chefes da quadrilha. É preciso ter união de esforços e persistência para perdermos a sensação de que as apreensões são como enxugar gelo."Ortega também defende a eficácia das últimas medidas adotadas pela Prefeitura. "São Paulo era considerada o Paraguai do Brasil, tamanha a quantidade de mercadoria pirata que era encontrada aqui." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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