Venda de armas para a Síria tem forte aumento

Moscou forneceu 78% das armas importadas pela Síria nos últimos cinco anos, diz relatório

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Por Redação
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ESTOCOLMO - O fornecimento de armas para a Síria cresceu quase 600 por cento no período de 2007-2011 em comparação ao quinquênio anterior, e a Rússia é a principal fornecedora, segundo um relatório divulgado nesta segunda-feira, 19, pelo Instituto Internacional de Estocolmo para Pesquisas da Paz (IIEPP).

 

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O estudo mostra que a Rússia continuou fornecendo armas ao regime de Bashar al-Assad, enquanto EUA, União Europeia e outras potências impuseram embargos armamentistas para tentar coibir a repressão governamental a protestos pró-democracia iniciados há um ano. O embargo não bastou para acabar com a violência militar, e não há perspectiva de solução diplomática para a crise. China e Rússia, principais aliados internacionais de Assad, bloqueiam qualquer ação do Conselho de Segurança da ONU para tentar resolver a situação. O IIEPP disse que Moscou forneceu 78 por cento das armas importadas pela Síria nos últimos cinco anos, contribuindo para uma alta de 580 por cento nas aquisições. "A transferência de armas para Estados afetados pela Primavera Árabe tem provocado um debate público e parlamentar em vários Estados fornecedores", disse Mark Bromley, pesquisador-sênior do Programa de Transferência de Armas do IIEPP. "No entanto, o impacto desses debates sobre as políticas de exportações armamentistas dos Estados tem, até agora, sido limitado." A transferência global de armas no período aumentou em quase 25 por cento. Os cinco maiores importadores foram todos Estados asiáticos. Países da Ásia e Oceania responderam por 44 por cento das aquisições, seguidos por Europa (19 por cento), Oriente Médio (17 por cento), Américas (11 por cento) e África (9 por cento). A Índia foi o maior importador de armas no período, respondendo por quase 10 por cento do total. Coreia do Sul, Paquistão, China e Cingapura vieram em seguida. A China, que liderava esse ranking no período 2002-06, caiu para quarto lugar por ter aumentado sua produção doméstica de armas.

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