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Venezuela vai aumentar salário mínimo em 15% diante de inflação elevada

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Por Redação
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou na segunda-feira um aumento de 15 por cento no salário mínimo a partir de dezembro para proteger os trabalhadores da inflação de mais de 60 por cento. Maduro diz que o aumento dos preços ao consumidor é consequência de uma "guerra econômica" lançada por inimigos de seu governo socialista, frequentemente acusando empresários de manipularem os preços e de especulação. Críticos, porém, afirmam que o problema da inflação endêmica na Venezuela é uma prova do fracasso dos 15 anos de economia socialista sob os governos de Maduro e de seu antecessor, Hugo Chávez, morto em 2013. O problema da Venezuela com a inflação é antigo, também superando a casa dos 60 por cento na década de 1990, antes da chegada de Chávez ao poder, de acordo com dados do FMI. "Decidi aceitar esta proposta, da parte dos trabalhadores, e decretar um aumento de 15 por cento no salário mínimo a partir de 1º de dezembro", disse Maduro durante evento com trabalhadores, transmitido pela televisão. Maduro disse que o aumento acumulado para 2014 -após uma alta de 30 por cento em maio e de 10 por cento em janeiro- vai compensar a inflação causada pela campanha "criminosa" contra ele. O reajuste previsto para dezembro colocará o salário mínimo da Venezuela em 4.889 bolívares. O valor é equivalente a 776 dólares na taxa oficial de câmbio de 6,3 bolívares por dólar, mas representa apenas 49 dólares a uma taxa de câmbio do mercado negro oferecida em sites ilegais. De acordo com os últimos dados disponíveis, a taxa de inflação anualizada da Venezuela atingiu 63,4 por cento em agosto, com os preços ao consumidor subindo 3,9 por cento naquele mês, segundo o Banco Central. (Reportagem de Diego Oré)

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