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Verba federal turbina Fórum Social Mundial em Belém

Por CARLOS MENDES
Atualização:

O governo federal repassou ao Pará R$ 86 milhões para investimento no Fórum Social Mundial (FSM). Do total, R$ 50 milhões foram destinados à polícia para a compra de viaturas, armamento, munição e instalação de câmeras em toda a capital. O restante veio de cinco ministérios e duas estatais, das áreas de saúde, trabalho, educação e turismo. A governadora Ana Júlia Carepa, por conta do apelo que o Fórum exercia sobre o governo Lula, conseguiu antecipar a liberação de outros R$ 338 milhões para obras nos bairros do Guamá e Terra Firme, conhecidos pelos altos índices de miséria e violência. Na área vizinha à Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), que hoje concentra 60% das atividades do FSM, serão investidos R$ 112 milhões na construção de 2,3 mil casas para famílias carentes. O chefe da Casa Civil do governo paraense, Cláudio Puty, diz que a própria realização do FSM se deve a um esforço pessoal da governadora. Para Puty, não fosse ela o evento não teria se realizado em Belém e menos ainda recebido tantos investimentos em infraestrutura. Ele concorda que os recursos demoraram a chegar, provocando críticas, mas lembra que o Estado já vinha usando recursos próprios, embora modestos, no planejamento e logística do FSM, cuja responsabilidade era da prefeitura de Belém. O prefeito Duciomar Costa (PTB) tem sido muito criticado pelo pouco empenho em relação ao evento. A saúde é um exemplo: os hospitais e postos de atendimento do município não receberam nenhuma preparação para suportar a demanda de mais 120 mil pessoas que vieram para o FSM. "Tivemos que praticamente fazer uma intervenção na saúde em Belém para ajudar a prefeitura a dar conta do recado", diz Puty. Costa responde que a rede municipal de saúde está estrangulada pela demanda de pacientes vindos do interior do Pará. Ele reconhece que a situação é "dramática".

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