PUBLICIDADE

Vestibulandos acham Fuvest parecida com o Enem

Por Giuliana Vallone
Atualização:

A impressão predominante entre os vestibulandos que deixavam a prova da Fuvest logo após o final do horário obrigatório de permanência em sala, às 16h, na Escola Politécnica (Poli) da USP, foi de que o exame deste ano estava mais simples que o do ano passado - com destaque para as questões de Humanas, consideradas mais curtas e objetivas - e que em alguns pontos assemelhava-se ao estilo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do governo federal. Em termos de dificuldade, a principal queixa foi para as questões da área de Exatas, principalmente a prova de Química. A vestibulanda Tathyana Aparecida, 22, que presta a Fuvest pela segunda vez, em busca de uma vaga no curso de Administração de Empresas, Achou a prova um "pouco diferente". "Do modo como as questões foram formuladas, lembrou um pouco a prova do Enem", declarou. Priscila Parlagreco, 18 anos, que tenta uma vaga em História, achou o vestibular desde ano "mais fácil e melhor de fazer". "Humanas estava boa de fazer, com questões mais curtas e uma prova menos cansativa". O candidato a uma vaga no curso de Publicidade, um dos mais concorridos do vestibular da Fuvest, Rafael Amaral Rosa, de 19 anos, concordou e disse que a prova de Humanas estava "mais prática". Ele se queixou dos exercícios de Exatas, que lhe pareceram mais trabalhosos, e com menos espaço para a resolução. Interdisciplinares A comparação entre a Fuvest e o Enem foi mais forte no que diz respeito às questões interdisciplinares, introduzidas pela Fuvest no exame do ano passado. A mesma impressão dos candidatos que fizeram prova na Poli foi confirmada por vestibulandos que prestaram a Fuvest no Instituto de Matemática, também na USP. Renata Rodrigues da Silva, 18 anos, que disputa uma vaga no curso de Economia, considerou a prova mais fácil que a de 2006. "De modo geral, as questões interdisciplinares estavam bem formuladas e bastante parecidas com o Enem", disse. Vitor Shimada, 18, que busca uma vaga no curso de Letras, concordou que as questões interdisciplinares lembravam as do Enem. Ele acrescentou, ainda, que era possível "achar a resposta pelo enunciado" em diversas questões. Não só nas interdisciplinares, mas também em algumas questões da parte de Humanas. Segundo Renata, em algumas questões bastava "bater o olho e responder". A vestibulanda Layla Fiod, de 17 anos, candidata a uma vaga no curso de Relações Públicas, também ficou com a impressão de que, em algumas questões interdisciplinares, a resposta já estava no enunciado. A impressão geral dos vestibulandos ouvidos foi de que a prova de Humanas estava fácil - Jessica Finco, 17 anos, que disputa uma vaga em Publicidade, chegou a queixar-se do que viu como uma excessiva simplicidade da prova de inglês - e a de Exatas, mais exigente. Química e matemática foram os alvos principais das queixas dos vestibulandos.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.