13 de julho de 2012 | 09h09
Os corpos aparecem enfileirados, sobre cobertores, em cima de um piso de concreto. "Os mártires de Tremseh, 12 de julho de 2013, Deus é o maior", repetia uma voz no vídeo, movimentando a câmera sobre os corpos. Alguns haviam sido baleados no abdômen.
Se confirmado, o massacre de Tremseh terá sido o pior incidente em 16 meses de repressão do governo a grupos que tentam derrubar o presidente Bashar al-Assad. Pelo menos três outros massacres foram registrados no país neste período.
Nada no vídeo comprova que ele foi gravado em Tremseh. A Síria restringe fortemente o trabalho da imprensa internacional, e uma missão de monitoramento da ONU está atualmente suspensa, tornando quase impossível a verificação de afirmações feitas pelo governo ou pela oposição.
Ativistas disseram na quinta-feira que militares e milicianos da seita alauita, que domina o governo, invadiram Tremseh depois de um bombardeio contra a aldeia e da fuga das forças rebeldes instaladas ali. Testemunhas relataram que civis foram mortos a tiros e facadas, e que os corpos eram queimados e jogados nas ruas.
A oposição diz que as comunicações com Tremseh foram cortadas, e que isso dificulta a obtenção e divulgação de vídeos que mostrem o massacre. Até agora, não surgiram provas de que há mulheres e crianças entre os mortos, como disseram ativistas.
(Reportagem de Erika Solomon)
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