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Vídeo mostra momento em que polícia sul-africana abre fogo e mata grevistas

Episódio deixou mais de 30 mortos, em um dos casos mais violentos registrados no país desde o fim do apartheid

Por BBC Brasil
Atualização:

JOHANNESBURGO - A polícia sul-africana abriu fogo contra mineiros em greve e matou mais de 30 deles na última quinta-feira, em um dos piores episódios de violência no país desde o fim do regime do apartheid (1948-1994). Os mineiros, que estavam armados com paus e facões, pediam aumentos salariais e organizavam um protesto, em uma mina a 200 km de Johannesburgo.

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Veja o vídeo:

'Armados até os dentes' O ministro Nathi Mthethwa, ao qual a polícia é subordinada, confirmou que mais de 30 pessoas morreram no episódio e que este será investigado. Mas seu gabinete defendeu o direito de defesa dos policiais. "A polícia tem o direito de se defender se estiver sendo atacada (...). Eles (grevistas) estavam armados até os dentes", afirmou seu porta-voz, Zweli Mnisi. Os policiais também dizem ter sido alvejados pelos grevistas, com uma arma supostamente roubada da polícia que foi encontrada depois. O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, por sua vez, se disse "chocado e consternado pela violência sem sentido". Em comunicado, o presidente afirmou que "há espaço o suficiente em nossa ordem democrática para que qualquer disputa seja resolvida pelo diálogo, sem descumprimento da lei ou atos de violência". A mineração é uma das principais atividades econômicas da África do Sul.

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