Vítimas de Carajás-PA recebem indenização simbólica

Total da indenização, por danos morais e materiais, é de R$ 1,2 milhão; 19 foram mortos em confronto em 1996

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Por AE
Atualização:

As famílias das vítimas e os sobreviventes do massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, recebem nesta quinta-feira, 17, da governadora Ana Júlia Carepa (PT), simbolicamente, as indenizações determinadas pela Justiça. O governo também terá de pagar pensão vitalícia e garantir atendimento médico às famílias, segundo informações da Agência Pará. Em 17 de abril de 1996,  19 manifestantes dos Movimentos dos Trabalhadores Sem-Terra (MST)foram mortos em confronto com a Polícia Militar. Veja Também: MST invade ferrovia de Carajás no PA e ocupa 8 pedágios no PR O total da indenização, por danos morais e materiais, é de R$ 1,2 milhão, o que deve garantir indenizações individuais entre R$ 30 mil e R$ 90 mil. A entrega será durante a cerimônia de lançamento do Programa Pará, Terra de Direitos, um conjunto de políticas sociais do governo estadual, em Marituba, na região metropolitana de Belém. A ferrovia de Carajás foi invadida nesta quinta-feira, 17, pelo movimento.Cerca de 1300 sem-terra, segundo a polícia, ocupam a ferrovia desde as 7h30. Segundo o Movimento, são 2 mil. A ocupação da ferrovia já havia sido anunciada há uma semana, embora a Vale tenha obtido uma liminar da Justiça proibindo o fechamento da ferrovia. Segundo a Vale, a ação do MST interrompeu o transporte de cerca de 300 mil toneladas de minério e outras cargas, levando a uma perda diária de US$ 22 milhões para a balança comercial brasileira. O MST também invadiu pelo menos oito praças de pedágio nas rodovias do Paraná na manhã desta quinta. As manifestações fazem parte do Abril Vermelho, que pretende lembrar a morte de 19 sem-terra em Eldorado dos Carajás (PA), em 1996. As praças invadidas no Paraná são a da Ecovias, em direção ao litoral paranaense, duas da Viapar, na região noroeste, três da Rodonorte, na região central do Estado, e duas da Rodovia das Cataratas, no oeste. As cancelas foram liberadas e os motoristas passam sem pagar a tarifa. As concessionárias tentam na Justiça a reintegração de posse.  

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