Vitória não muda nada para a Ferrari, diz Fernando Alonso

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Por JOHN OBRIEN
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Fernando Alonso não está se deixando entusiasmar pelo momento, apesar de ter exibido todo o brilho que lhe deu dois títulos mundiais em um desempenho vencedor no chuvoso Grande Prêmio da Malásia deste domingo. Sua Ferrari ficou abaixo do ritmo nas duas primeiras etapas e sob condições normais teria custado a ficar entre os seis melhores, mas em um dia no qual a chuva deteve a prova durante 51 minutos, Alonso provou ser um mestre da arte de correr em pista molhada. O espanhol largou em oitavo e com calma tirou vantagem dos erros e excessos de seus adversários, abrindo caminho até assumir a dianteira na 17ª volta, o topo do pódio e o primeiro lugar do campeonato. "É uma grande surpresa. Não fomos competitivos na Austrália nem aqui, e nosso objetivo nas primeiras corridas era marcar tantos pontos quanto possível. Mas hoje fizemos 25, então é um resultado inacreditável", disse Alonso aos repórteres. Na prova inaugural em Melbourne, Alonso realizou façanha semelhante ao subir da 12ª à quinta colocação, mas admite que preferia disputar um lugar no pódio largando na frente do que ter que brigar por posições. "Acho que a vitória não muda nada, para ser honesto", declarou. "Estamos em uma posição na qual não queremos estar... suando para chegar à fase final da classificação e depois lutando para marcar pontos". "O objetivo nas duas primeiras corridas era não perder muitos pontos para os líderes. Acho que fizemos um bom trabalho na pista, mas há muita coisa chegando para melhorar o carro antes de China, Bahrein e Barcelona. Esse é o verdadeiro trabalho que temos a fazer". "Estamos muito unidos e esta vitória vai nos deixar felizes, mas não muda nossa determinação de melhorar o carro e continuar vencendo". A visão de Alonso encontrou eco em Stefano Domenicali, o chefe da escuderia, que anseia para que a Ferrari construa em cima de seu sucesso ao invés de repousar nos louros da vitória. "Com certeza estou muito feliz com o resultado de hoje, mas sabemos que há muito trabalho a fazer", disse. "Não mudamos nossa filosofia e nossa posição. Não fomos estúpidos ontem nem somos um fenômeno hoje".

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