Votação pacífica em eleição nigeriana é vista como teste para 2015

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Um grande número de nigerianos votou neste sábado em uma eleição local que as autoridades disseram que foi pacífica e justa, no que deverá ser visto como um sinal tranquilizador para as eleições nacionais do ano que vem. A eleição para governador do Estado de Ekiti, no sudoeste do país, é considerada um barômetro para o partido do presidente Goodluck Jonathan, o PDP – Partido Democrático do Povo, que deverá passar pelo seu teste mais severo em 2015 desde que chegou ao poder depois do fim do regime militar em 1998. Os eleitores começaram a formar fila bem antes do início formal da eleição, ao meio dia, disseram as autoridades, com os postos de votação encerrando suas atividades quatro horas mais tarde. O resultado deve ser anunciado no domingo. Os governadores estão entre as figuras mais poderosas da maior economia da África. Alguns controlam orçamentos maiores do que o de muitos países africanos e sua influência tem um enorme peso na seleção de candidatos presidenciais. Mais de 800 pessoas foram mortas e 65 mil desalojadas em três dias de violência após a eleição presidencial de 2011, disse o Human Rights Watch. Conflitos irromperam especialmente no norte, na região de maioria muçulmana, depois que Jonathan, um cristão do sul, venceu a eleição. "A eleição foi livre, justa, confiável e transparente. Não houve relatos de violência em nenhum lugar", disse Taiwo Gbadegesin, um porta-voz da comissão nacional de eleição em Ekiti, acrescentando que forças de segurança estavam patrulhando o Estado. Quase meio milhão de pessoas estavam registradas para votar, e a mídia local mostrou longas filas nos locais de votação. "No geral, foi tudo pacífico e sem violência", disse o eleitor Dele Ajani. "Espero que em 2015 em seja a mesma coisa." Porém, em um sinal de tensão, as autoridades disseram que o governador de oposição do Estado de Rivers, no sul do país, foi detido pelas forças de segurança na quinta-feira, quando estava a caminho de Ekiti para participar de um comício do seu partido. As autoridades não estavam disponíveis para comentar o assunto. (Por Anamesere Igboeroteonwo)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.