Xangai evacua 200 mil por causa de chegada de tufão

Tufão Wipha, com ventos de até 198 km/h, será o mais forte a varrer a região nos últimos dez anos

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Por Agências internacionais
Atualização:

Cerca de 200 mil pessoas estão sendo evacuadas de Xangai nesta terça-feira, 18, com a chegada do tufão Wipha à costa leste da China, segundo informou a BBC. Os moradores da cidade estão sendo alojados em abrigos temporários para se proteger contra o tufão, que deve passar por Xangai nesta quarta-feira. Veja também: China se prepara para um dos maiores tufões dos últimos anos Tufão Wipha paralisa o norte de Taiwan Tufão Wipha cancela jogo do Brasil no Mundial feminino De acordo com as previsões, este será o tufão mais forte a varrer a região nos últimos dez anos. Especialistas disseram que o tufão vem ganhando força e poderá soprar ventos de mais 150 km de velocidade. Nesta madrugada os ventos chegaram a até 198 km/h. O tufão passou nesta terça-feira pelo norte da Ilha de Taiwan, forçando escolas e escritórios a fecharem as portas. Na capital, Taipé, um homem morreu depois de ser atingido por estruturas de metal que desabaram num canteiro de obras. Os aeroportos foram fechados e os vôos tiveram de ser suspensos por causa do mau tempo. Xangai e as províncias costeiras de Zhejiang e Fujian emitiram alertas de emergência, segundo a agência estatal chinesa Xinhua. "Esta é a primeira vez em dez anos que o olho do furação deverá passar por Xangai" disse Ding Ruoyang, do escritório de meteorologia de Xangai. De acordo com Ding, moradores de áreas vulneráveis estão sendo deslocados. "A evacuação inclui moradores que vivem em casas velhas e perigosas, trabalhadores que vivem em abrigos temporários junto a canteiros de obras, bem como a população que está próxima da costa", explicou Ding. Nesta terça-feira o céu estava coberto de nuvens escuras e choveu intensamente durante a manhã, contou à BBC Brasil Fabiana Medeiros, assistente do consulado brasileiro em Xangai. "O tempo está feio, mas o comércio está aberto e as ruas estão cheias de gente. A vida segue normalmente", disse Medeiros. O consulado não pretende evacuar os moradores brasileiros de Xangai. "Apenas aconselhamos os cidadãos a seguirem as instruções dadas pelo governo chinês e evitar de sair nas ruas", disse Ricardo Portugal, cônsul-geral interino. "Temos plena confiança nas autoridades locais e no povo de Xangai, eles saberão lidar com qualquer emergência", disse à BBC Brasil. Autoridades chinesas da província de Zhejiang, vizinha a Xangai, também pediram aos moradores que tomem cuidado com possíveis deslizamentos de terra e se preparem para uma possível evacuação. Barcos e navios foram chamados de volta aos portos e travessias de barcos estão suspensas, segundo a imprensa estatal.   Se o Wipha entrar em Xangai, como se prevê, sua força deverá ser superior à do Saomai, de 2005, o mais forte na metrópole chinesa de 20 milhões de habitantes desde 1997. O Saomai matou 436 pessoas no sudeste chinês em agosto e foi classificado como a tempestade mais forte a atingir o país em 50 anos. Em 1997, o Winnie matou 236 pessoas.

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