O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, partiu na quinta-feira de Manágua dirigindo um jipe branco em direção à fronteira com o seu país, numa nova tentativa de regressar a Honduras e ao poder, do qual foi afastado por um golpe em 28 de junho. Zelaya decidiu-se a voltar depois de dar por fracassada a mediação do presidente da Costa Rica, Oscar Arias, que na quarta-feira apresentou às partes em conflito novas propostas para superar a pior crise das últimas duas décadas na América Central. "O trecho é até Estelí, de onde serão feitos os planos para amanhã avançar até Somoto ou Ocotal (municípios nicaraguenses na fronteira com Honduras)", disse Zelaya a jornalistas antes de partir acompanhado pelo chanceler da Venezuela, Nicolás Maduro, e pelo ex-comandante guerrilheiro nicaraguense Edén Pastora. "Posteriomente, no dia seguinte (sábado), para a fronteira. Na fronteira há muitos hondurenhos que estão chegando", disse Zelaya, vestindo seu chapéu característico e botas de vaqueiro. Zelaya já tentou voltar a Honduras em 5 de julho, mas o avião do governo venezuelano no qual viajava foi impedido pelo Exército de pousar em Tegucigalpa. Um jovem partidário de Zelaya morreu nos confrontos registrados naquele dia. (Reportagem de Iván Castro)