
05 de maio de 2012 | 03h07
Ativistas israelenses favoráveis ao processo de paz com os palestinos protestaram contra a libertação. Eles levaram faixas com a frase: "Não perdoamos e não esquecemos". Quando Hagai deixou a prisão em uma van branca, eles gritaram: "Vergonha!"
Hagai foi recebido por sua mãe em sua residência em um assentamento judaico na Cisjordânia. O militante fora condenado a 16 anos de prisão, mas teve sua pena estendida em 6 meses após ter ameaçado o premiê Ariel Sharon em 2006. "Passaram-se 16 anos e meio e sinto a dor e os insultos como se tivesse sido ontem", disse a neta de Rabin, Noa Rothman. "Quero gritar, mas o que posso dizer?"
Os irmãos Amir se opunham à política de negociações de Rabin com os palestinos. Em seu governo, o premiê assinou os Acordos de Oslo, que criaram a Autoridade Palestina, e estabeleceu um tratado de paz com a Jordânia. A morte de Rabin foi um dos fatores que contribuíram para o retrocesso nas negociações de paz, segundo a analistas. "Yigal Amir disparou três tiros nas costas de Rabin, mas os três tiros também atingiram o coração de Israel", declarou o deputado Danny Yatom, amigo do premiê, à Rádio Israel. "Não somos mais o mesmo país." / AP
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