
16 de junho de 2010 | 15h36
Uma fonte confirmou à Reuters o acordo preliminar, produzido após conversações entre Obama e os principais executivos da BP, na primeira negociação depois do início da crise, que já dura 58 dias.
Obama disse aos norte-americanos em discurso transmitido pela TV na terça-feira que no dia seguinte (quarta) exigiria da BP, na reunião na Casa Branca, que a empresa reservasse uma quantia em dinheiro num fundo administrado independentemente para pagar pelos pedidos de indenização, embora não tenha especificado o valor. Os parlamentares haviam pedido pela quantia de 20 bilhões de dólares.
As ações da BP em Nova York subiram mais de 1 por cento com a notícia do acordo, após caírem 5 por cento pela manhã. Os investidores estavam ansiosos por saber com clareza a conta final do prejuízo enfrentado pela BP.
Permanece incerto, porém, como a BP pagaria pelo fundo, também conhecido como uma conta vinculada ("escrow account"), e como seu dividendo trimestral será afetado.
Alguns parlamentares norte-americanos defenderam que a companhia suspendesse o pagamento do dividendo a fim de garantir que tinha dinheiro suficiente para pagar pelos danos, irritando os investidores.
Em visitas recentes à costa norte-americana do Golfo, Obama ouviu a reclamação dos moradores de que os processos de pedidos de indenização são muito demorados e complicados e que a BP estava pagando muito pouco.
Os executivos da BP - incluindo o presidente Carl-Henric Svanberg, o CEO Tony Hayward e o diretor da BP nos EUA, Lamar McKay - entraram na Ala Oeste da Casa Branca pouco antes das 11h (horário de Brasília) para conversar com Obama, na primeira reunião entre eles desde o início da crise.
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