
18 de maio de 2009 | 17h20
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin "Bibi" Netanyahu, disse nesta segunda-feira, 18, que Israel tem o direito de autodefesa contra o Irã, país que o Ocidente suspeita que esteja levando a diante um programa nuclear com fins bélicos. Nos Estados Unidos para reuniões com o presidente Barack Obama, Netanyahu afirmou ainda que os esforços diplomáticos de Washington para frear Teerã são bem-vindos, mas ressaltou que "o importante é a garantia de que o Irã não desenvolverá uma arma nuclear."
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As atividades atômicas do Irã foram um dos principais assuntos do encontro de Bibi com Obama na Casa Branca. O presidente americano disse esperar até o fim do ano uma resposta positiva à nova postura americana com relação a Teerã. Segundo ele, os EUA querem inserir o Irã na comunidade internacional, mas "não vamos ficar conversando para sempre."
Obama também que ressaltou que a opção de uma solução militar ao conflito com o Irã "não foi descartada". Antes da chegada de Netanyahu a Washington, o vice-ministro das Relações Exteriores israelense, Daniel Ayalon, afirmou que Israel quer que os Estados Unidos e a União Europeia (UE) reforcem as sanções contra o Irã, país que estaria "muito fraco", de acordo com o Estado judeu.
Por sua vez, o porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores do Irã, Hassan Qashghavi, pediu aos Estados Unidos que prestem atenção a seus próprios problemas e que não se deixem levar pelas ambições de Israel. Segundo Qashghavi, a visita de Netanyahu à Casa Branca não é mais que uma tentativa de transferir a outros países os problemas internos que tem com Israel e seu conflito com os árabes.
"Por isso, é muito importante que as autoridades americanas prestem atenção aos problemas do país e estejam atentas para que o regime sionista não os envolva em seus problemas", assegurou o porta-voz, citado pela imprensa local.
Qasghavi também se referiu mais uma vez às tentativas de reconciliação com o Irã feitas pelo presidente americano. "Consideramos esta aproximação realista, mas ainda esperamos para ver como acontecerá na prática. O Irã acredita que Obama deve ter a oportunidade de mudar", ressaltou.
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