
20 de outubro de 2009 | 20h02
Líderes judeus criticaram nesta terça-feira, 20, os planos do Brasil de receber no próximo mês, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, e pediram ao País que condene seu suposto apoio a terroristas. O Brasil, que tem defendido o diálogo com o Irã, receberá Ahmadinejad no final de novembro.
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"É muito triste para nós saber que o Brasil vai receber um homem que disse publicamente que quer destruir o nosso país", disse o grão rabino de Israel, Yoná Metzger, após se reunir com José Sarney (PMDB-AP), presidente do Senado.
Metzger, que participou de um seminário religioso na capital Brasília, pediu às autoridades brasileiras que cancelem a visita do presidente do Irã.
O Centro Simon Wiesenthal, uma organização judia de direitos humanos, disse que o Brasil deveria usar a visita para condenar o que descreveu como retórica antissemita de Ahmadinejad.
"O Brasil terá a oportunidade de condenar seus perigosos chamados à destruição de Israel, suas negações do Holocausto e seu apoio ao terrorismo internacional", disse Shimon Samuels e Sergio Widder, membros da divisão latinoamericana do Centro Simon Wiesenthal em Buenos Aires, em uma carta enviada ao chanceler brasileiro, Celso Amorim.
Ambos os ativistas asseguraram por meio de um e-mail que o Irã acolheu terroristas envolvidos em um ataque terrorista a um centro comunitário judeu em Buenos Aires em 1994.
O Brasil está com seu poder diplomático em alta e busca um posto permanente no Conselho de Segurança da ONU. O país tem adotado um linha muito mais conciliadora em relação ao Irã que seus aliados ocidentais, incluindo os Estados Unidos.
No mês passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conclamou líderes ocidentais a parar de pressionar o Irã por causa de seu programa nuclear e, ao invés disso, conversar com o país do oriente médio para buscar a paz.
Espera-se que o presidente de Israel, Shimon Peres, visite o Brasil este ano.
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