
06 de setembro de 2013 | 10h31
RIO - Depois de 36 dias, o grupo que acampava nas proximidades da residência do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), deixou o local na madrugada desta sexta-feira, 6. Intitulado de "Ocupa Cabral", o movimento anunciou em redes sociais que seus membros vão "descansar" para os protestos convocados para este sábado, 7, feriado do Dia da Independência.
Os ativistas recolheram barracas e outros objetos do acampamento, que havia sido montado na esquina da rua do prédio de Cabral, a Aristides Espínola, com a Avenida Delfim Moreira, na orla do Leblon, na zona sul do Rio.
Os protestos contra Cabral têm sido quase diários e com registros frequentes de tumulto e violência. Pressionado, o governador mobilizou os aliados para tentar impedir a presença de mascarados nas manifestações e com isso diminuir as depredações e os confrontos com a Polícia.
As manifestações cobram desde uma solução para o sumiço do pedreiro Amarildo de Souza - morador da Rocinha levado por policiais militares à Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) - até explicações sobre o patrimônio de Cabral. Em razão do desgaste político, o governador já estaria decidido a deixar o cargo para dar lugar ao vice, Luiz Fernando Pezão (PMDB), possível candidato ao governo do Estado.
No PMDB, a expectativa é que Cabral deixe o governo no último dia do ano, mas a avaliação é que é preciso que o governador tenha recuperado parte da popularidade, para que a renúncia não soe como concessão aos protestos, que pedem o impeachment de Cabral, sob o mote "Fora, Cabral".
Protestos. Neste sábado, estão previstos protestos em ao menos 135 cidades brasileiras de todos os Estados. Nas redes sociais, grupos combinam atos que vão pedir desde o combate à corrupção à reforma tributária.
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