
17 de dezembro de 2009 | 09h34
A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, propôs nesta quinta-feira, 17, que os países industrializados levantem US$ 100 bilhões por ano para um fundo destinado a ajudar os países pobres a combaterem os efeitos do aquecimento global.
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A proposta de Hillary vem à tona em um momento no qual negociadores de mais de 190 países promovem os últimos esforços em busca de um acordo durante a conferência climática promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) na capital dinamarquesa.
Horas depois de chegar a Copenhague, Hillary disse que o plano envolveria dinheiro público e provado. A quantia sugerida por Hillary está bem acima do inicialmente proposto pelos países ricos.
A chanceler americana ressalvou, no entanto, que os EUA participarão desse fundo somente se todas as grandes economias do mundo se ativerem a uma série de condições, entre elas a redução transparente e verificável das emissões de gás carbônica.
"Se não houver compromisso de transparência em alguma escala, não haverá acordo", declarou Hillary a jornalistas. "Cem bilhões de dólares é muito dinheiro. Isso pode proporcionar efeitos tangíveis", afirmou.
Mais cedo, um delegado dinamarquês declarou que as negociações de um novo acordo climático global em Copenhague estão emperradas e as chances de um acordo são pequenas, mas ainda há esperança de que um pacto seja alcançado.
Obama procura Lula para buscar acordo
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, falou nesta quarta-feira por telefone com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como parte de seus esforços para impulsionar um resultado positivo da cúpula sobre mudança climática.
"O presidente Obama destacou ao presidente Lula a importância de os dois países continuarem trabalhando para conseguir um acordo concreto que signifique um verdadeiro progresso e determinar uma ação global para enfrentar a ameaça da mudança climática", destacou a Casa Branca.
Obama também ressaltou o papel-chave do Brasil, e explicou tanto as medidas tomadas pelos EUA como seu compromisso para um acordo em Copenhague, em respeito à redução das emissões, o financiamento e um regime de cumprimento transparente e internacionalmente observável, acrescentou.
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