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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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9 min de leitura

Guerra comercial

Arroubos trumpistas

Grandes siderúrgicas perdem com tarifaço ao aço imposto por Trump (Estadão, 11/2, B1). O que será que o presidente Donald Trump pensa, pela manhã, ao fazer a barba e após chupar seu limão matinal? Quem vou prejudicar hoje? Ou a qual instituição, nacional ou não, posso fazer mal? Sim, o único presidente eleito com condenação por crimes federais nos EUA agora tenta desferir implacavelmente sua raiva e seu ódio contra tudo e contra todos, não importa o que aconteça. A inflação vai subir mundialmente e também para os americanos? Não importa. Haverá crise no comércio internacional? Não importa. Só o que importa agora parece ser a sua revanche. Infelizmente. O que será que pensam, hoje, os americanos que o reconduziram ao cargo mais importante do mundo? Será que dormem tranquilos? Eu não diria isso. Eu só lamentaria profundamente e diria God bless America!

José Claudio Bertoncello

São Paulo

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Inconsequente

Trump acentua sua estratégia de governo para tornar os EUA “grande novamente” no protecionismo que freia e coloca de escanteio o livre-comércio. A megalomania trumpista desforra canetadas sem medir com cautela as consequências locais e globais de uma guerra tarifária. Fico me perguntando: no século 21, é possível uma nação prosperar sem fortalecer justas relações comerciais e demais interesses mútuos com outros países? Infelizmente, o andar dessa carruagem dá provas de que o sonho americano de manter-se como potência mundial revela-se muito mais uma espécie de prepotência de herança imperial.

Luís Fabiano dos S. Barbosa

Bauru

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A América de Trump

Parece claro que, dentro do objetivo de uma América great again, a estratégia do presidente Trump é que o mundo o considere um louco inconsequente. Enquanto isso, a taxa de 25% sobre o aço canadense vai produzindo os seus efeitos, ao abalar a economia do país vizinho com depreciação cambial e desemprego. Aí entram os movimentos canadenses favoráveis à anexação, iniciando pelos empresários beneficiários, políticos oportunistas e até com apoio popular, os desempregados. Na Áustria nazista de 1938 não foi diferente.

Nilson Otávio de Oliveira

São Paulo

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COP-30

Salvação

A jornalista Eliane Cantanhêde, em sua coluna A COP-30 e o fator Trump (Estadão, 11/2, A7), disse que o objetivo da COP-30 é “salvar o mundo”. Se a reunião salvasse Belém da falta de saneamento básico, já estaria de bom tamanho.

Ronni Santos Paul

Uberlândia (MG)

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Judiciário

Venda de sentenças

PF indicia 5 magistrados do Maranhão por venda de sentenças (Estadão, 11/2, A6). Eles são magistrados do Estado mais miserável do Brasil. População sem saúde, educação, sem segurança e sem justiça. Ganham salário invejável, com muitos penduricalhos (incluindo o imoral auxílio-moradia). Precisavam ganhar muito mais dinheiro? É a maldita ganância. Mas logo serão perdoados. O que eles representam (a Justiça) está em falta no País.

Emerson Luiz Cury

Itu

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Dengue em 2025

‘Hora do alarme’

Sobre o editorial Hora do alarme (Estadão, 11/2, A13), não parece que o governo Lula esteja preocupado com a dengue. Apesar dos alertas que vêm sendo dados, as pessoas parecem que se acostumaram com o assunto, e não se vê mobilização do Ministério da Saúde para encarar o perigo. Sem querer ser alarmista ou pessimista, o infectologista Alexandre Naime Barbosa (Estadão, 3/2) assegura que 2025 será muito pior do que 2024, quando houve mais de 6 milhões de casos e quase 6 mil mortes. O mais grave: não tem vacina que dê conta. Infelizmente, no Brasil só se tomam providências quando o incêndio bate à porta. O momento é grave e os riscos, elevadíssimos. Médicos recomendam repelentes. Com tudo no mercado já tão caro, daqui a pouco, além de faltar repelente nas prateleiras, os que sobrarem custarão uma fortuna.

Izabel Avallone

São Paulo

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Correção

Diferentemente do que diz o editorial O impressionante déficit das estatais (10/2, A3), do conjunto de 20 empresas estatais acompanhadas pelo Banco Central, 16 caminham para encerrar 2024 com lucro, e não somente 9.

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

BALANÇA CAPENGA

Com relação à anistia ou não dos baderneiros do 8/1, à população fica uma dúvida: Como podem os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) inocentarem centenas de réus confessos da Lava Jato que roubaram descaradamente o erário da Nação, jogando o País na pecha de mais corrupto do mundo e condenar baderneiros a 17 anos de prisão, que sem chefe, cavalaria e armas de grosso calibre foram classificados como golpistas? Não apequena demais nossa Suprema Corte essa balança de Justiça capenga? Existe ou não uma descompensação? Ou condena todo mundo ou não condena ninguém.

Beatriz Campos

São Paulo

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FAVORES E RIGORES

Há resistência quanto à anistia aos envolvidos na depredação da Sede dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. As prisões e condenações foram transgressões à Constituição, sem que tenham foro privilegiado, pois tudo aconteceu sob o guarda-chuva do Supremo Tribunal Federal. Muito mais grave foi a soltura dos apenados pela Operação Lava a Jato, com ampla defesa dos confessos corruptos, mas devido ao CEP indevido, desmontou-se a Lava Jato e foi inocentada a bandidagem. A destruição em 8 de janeiro foi grave, mas o livramento dos envolvidos na Lava Jato foi muito mais grave, gravíssimo. Aos amigos, os favores, aos inimigos, os rigores.

Humberto Schuwartz Soares

Vila Velha (ES)

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TRANSPARÊNCIA

Brasil cai em ranking de corrupção da Transparência Internacional e chega a pior nota da série histórica (Estadão, 11/2). Pelo andar da carruagem, será hors-concours fácil fácil.

Panayotis Poulis

Rio de Janeiro

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OUTRAS BASES

O Brasil segue afundando na lista da Transparência Internacional de países mais corruptos do planeta. A análise sita retrocessos, o desmonte da luta contra a corrupção e a presença cada vez maior do crime organizado nas instituições do Estado. O ex-presidiário Lula da Silva, que preside a República, não falou a palavra corrupção desde que reassumiu o poder. Para Lula a corrupção não existe e segue tudo as mil maravilhas em seu governo. O novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, tem um sólido histórico de má gestão, desvio de dinheiro público e emendas parlamentares que nunca saíram do papel, talvez por isso mesmo foi aclamado pelos seus pares para dar continuidade a roubalheira generalizada das emendas parlamentares. Nenhuma solução de continuidade a vista, o Brasil precisaria de uma revolução que acabasse como todo o sistema político partidário e refundasse as instituições em outras bases.

Mário Barilá Filho

São Paulo

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NÃO DEVIA

Tem uma poesia de Marina Colasanti – infelizmente ela nos deixou dias atrás – que diz o seguinte: “A gente se acostuma, mas não devia”. Tem muita coisa no nosso Brasil que a gente se acostuma e não devia. De tanto acontecer, as balas perdidas, os assaltos, os assassinatos se repetindo numa velocidade frenética, que a gente se acostuma com a violência. Mas não devia. A democracia é, sem dúvida, a melhor forma de governo, mas são tantos os desvios cometidos por aqueles que não sabem viver numa democracia, que a gente se acostuma. Mas não devia. E o que falar do preconceito, seja ele de cor, de raça, de gênero, de religião, que está tão enraizado na sociedade, que a gente se acostuma. Mas não devia. A corrupção está disseminada a tal ponto que às vezes acontece até debaixo dos nossos olhos, e, por vezes, nem achamos assim tão corrupto quem rouba pouco, e a gente acaba se acostumando. Mas não devia. O Brasil é um país com um potencial enorme, mas o brasileiro se acostumou com a violência, os maus políticos, a injustiça, o preconceito, a corrupção, a falta de educação, os crimes contra o meio ambiente, a politicagem, as falsas promessas. Mas não devia.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

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DISSE AO QUE VEIO

Ao declarar em alto e bom som com todas as letras que o 8 de Janeiro não foi uma tentativa de golpe de Estado e crime gravíssimo de lesa-democracia, mas apenas e tão somente um mero e fortuito ato de vandalismo contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília, sem nenhuma articulação ou coordenação estratégica superior, e que os participantes não merecem penas tão severas como as aplicadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse a que veio, começando muito mal o seu mandato. Já está claro e evidente o seu viés político e o que deverá vir pela frente. A propósito, cabe citar os dois parágrafos finais do oportuno editorial Não se transige com o golpismo (Estadão, 11/2, A3): “A decisão sobre a tipificação do 8 de Janeiro, portanto, está nas mãos da PGR e da Justiça. Dito isso, seria ingenuidade desconhecer que os terríveis atos havidos em 8 de janeiro de 2023 não representaram, no mínimo, uma clara ameaça à estabilidade institucional do País, mal saído de uma eleição muitíssimo acirrada. Os danos causados à democracia não estão circunscritos à destruição material dos prédios públicos, mas se estendem ao ataque frontal ao processo eleitoral, algo que Bolsonaro estimulou desde o início de seu tenebroso mandato presidencial. O País não pode, a quaisquer pretextos, relativizar o 8 de Janeiro. É de uma Justiça equilibrada, porém implacável, que advirá a garantia de que uma violência como aquela jamais se repetirá”.

J. S. Vogel Decol

São Paulo

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TROCAR POR OUTRO

Se o alimento estiver caro, troque por outro. Se o presidente estiver tão caro (e gastando demais), troque por outro.

Carlos Gaspar

São Paulo

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LULA DA SILVA

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, poderia, um dia, acordar e olhar no espelho e dizer para si mesmo: hoje só vou pensar no Brasil. Ou também, poderia dizer: hoje vou renunciar a esse honroso cargo, que não consigo exercer na plenitude. Será? Quem sobreviver verá.

Arcangelo Sforcin Filho

São Paulo

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ATRASO

Suspender aula por causa do calor? Essa é um demonstração de como o direito do estudante às aulas é uma afronta. Se as temperaturas estão altas, e não é de hoje que se fala, por que não se investiu em ventiladores nas escolas? O sistema educacional brasileiro não atende as necessidades dos alunos. A temperatura aumenta, cancelam-se as aulas. E ainda Lula acha que a melhora de vida das pessoas se dá nas escolas públicas. Vê-se que a população está conformada e nada de cobrar daqueles que nos assaltam no dia a dia, e na hora de investir, alegam não ter dinheiro. Como é possível um atraso tão grande a ponto de tirar das pessoas a capacidade de se indignar?

Izabel Avallone

São Paulo

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DECEPÇÃO

Tá tudo muito bom, tá tudo muito bem, Marina Silva, como dizia uma antiga canção. Votei em você na última eleição para deputada federal por São Paulo, mas como ministra do Meio Ambiente permite que continue o desmatamento da Amazônia, do Cerrado, o garimpo ilegal em terras indígenas e a poluição dos rios pelo mercúrio dos garimpos. Decepção total. Pelo andamento, creio que o COP-30 não terá negociações importantes, conforme afirmação sua, e sim, será um grande climapalooza.

Vital Romaneli Penha

Jacareí

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POUCO FAZ

A COP-30 e o fator Trump (Estadão, 10/2, A7). Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, que afirmou, categoricamente, em vídeo disponível na internet, que não tinha nenhuma dúvida que Lula praticou corrupção, e hoje, provavelmente, persuadida pelo belo salário e demais mordomias que recebe, tornou-se fiel escudeira do presidente, ignora que, ela própria, pouco faz pelos avanços no meio ambiente do Brasil. Hipócritas, entre muitas outras subcelebridades, lamentavelmente, não faltam neste governo medíocre.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

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DUPLA

Quem está com saudades de Jair Bolsonaro basta se atentar para as atitudes de Donald Trump e se deliciar. O ex-presidente conseguiu com esmero um feito fantástico para o seu currículo: acabar com o horário de verão. Já seu ídolo Trump determinou a volta dos canudinhos de plástico, porque os de papel não duram como os de plástico, que jamais serão diluídos com o tempo. Decretou o fim do penny – moeda de 1 centavo. Esses são os mais infames exemplos das barbaridades que a dupla é capaz de fazer, e, depois, se gabar das próprias leviandades. Já quanto às invasões e quebradeiras do Capitólio e da Praça dos Três Poderes, se calaram. A humanidade não pode continuar refém desses malucos de pedra. O mundo inteiro não precisa dessa dupla.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

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BIZARRA GOVERNANÇA

Enquanto nos EUA Donald Trump replica em sua governança o que pregava no reality show televisivo O Aprendiz, nós aqui, após vivenciarmos uma presidência democraticamente sombria com Jair Bolsonaro, experimentamos a atual com Lula da Silva governando de forma amorfa e sem rumo definido. Embora o comportamento do presidente americano aparente uma conduta disruptiva, na verdade, se utiliza estrategicamente do poder militar e econômico daquela nação para formular exigências extremadas, e, ao final, obter resultados avantajados. Já nós, mesmo tendo a quinta maior extensão territorial do planeta e abastecermos o mundo de alimentos, continuamos concentrando a renda entre uns poucos, sedimentando a pobreza e convivendo com um desenvolvimento pífio, graças a pequenez de nossos políticos que têm um único objetivo: o domínio do Orçamento público, aquele que trabalhamos quatro meses do ano para abastecê-lo. E assim, enquanto os líderes americanos aplicam métodos de governança que atendem ao seu povo, os nossos, no afã do poder, insistem na bizarra governança errática.

Honyldo Roberto Pereira Pinto

Ribeirão Preto

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ATÉ QUANDO

Será que o presidente dos EUA, Donald Trump, está deportando os imigrantes ilegais para receber os palestinos? Será que Trump já separou uma pequena área do território americano para criar um novo país, habitado por palestinos? Claro que não, pois ele é só um babaca que acredita que pode ser melhor que Hitler. Até quando o povo vai eleger esses babacas? Fora Trump, Fora Lula, Fora Bolsonaro, Fora Putin. Fora eleitores ignorantes. É impossível expulsar eleitores ignorantes, pois já sofreram lavagem cerebral. E vamos que vamos, caminhando como gados, para o inferno.

Maria Carmen Del Bel Tunes

Americana

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ACORDO POSSÍVEL

Com a libertação dos últimos três reféns israelenses pelo Hamas e pelo estado lamentável que se encontram, inclusive lembrando os sobreviventes dos campos de concentração, e como o grupo terrorista vive de narrativas enganosas, fica claro que para eles que é melhor não cumprir os compromissos de cessar-fogo soltando os outros sequestrados do que expor a realidade. Não haverá nenhum acordo possível com os, infelizmente, líderes do sofrido povo palestino.

Luiz Frid

São Paulo