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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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Por Fórum dos Leitores
10 min de leitura

Dinheiro público

Benefício privado

O sinistro ministro Juscelino Filho volta a ser notícia, por ter mantido durante anos um faz-tudo nas fazendas de sua família pago pela Câmara dos Deputados (Estado, 11/4, A8). Até quando ele será mantido no cargo pelo presidente da República, que se diz defensor do povo brasileiro?

José Ricardo de Carvalho

ecoarq@uol.com.br

Carapicuíba

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Governo Lula, 100 dias

‘O Brasil voltou’

O que nós, brasileiros, estamos sentindo após os 100 dias de Lula na Presidência da República, comemorados com o slogan O Brasil voltou? Voltou a alta da inflação; voltaram as invasões de terras produtivas; voltou a anulação dos progressos de governos anteriores; e voltou-se a desmerecer a função do Banco Central. O presidente não consegue se concentrar em sua função e, em seus discursos, perde tempo atacando o governo anterior, o que leva muitas pessoas a ainda valorizarem Jair Bolsonaro. O Brasil voltou... ao retrocesso.

Leila Elston

leilaelston@uol.com.br

São Paulo

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O Brasil voltou ao passado, infelizmente, com um Estado cada vez mais inchado e ineficiente.

Manuel Pires Monteiro

manuel.pires1954@hotmail.com

São Paulo

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O Brasil submetido ao fundamentalismo do PT se alinhou ao bloco das autocracias mundiais. Eis o verdadeiro resumo destes 100 dias de desgoverno.

Bruno Fernando Riffel

brunofriffel@gmail.com

Araxá (MG)

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No discurso de comemoração dos seus 100 dias de governo, dizendo que “o Brasil voltou”, Lula falou muito contra o governo Bolsonaro. É triste pensar que o atual presidente só está concentrado no passado. Ele parece não ter percebido que o que interessa é o futuro de nosso país. Parece que estamos de novo no mato sem cachorro.

Aldo Bertolucci

aldobertolucci@gmail.com

São Paulo

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Passados 100 dias do novo governo do presidente Lula, seu maior feito continua sendo ter nos livrado do indigesto e malfeitor governo Bolsonaro.

Abel Pires Rodrigues

abel@knn.com.br

Rio de Janeiro

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São Paulo

Abandonada

Faz dois anos que o prefeito Ricardo Nunes assumiu o cargo após a morte de Bruno Covas. É tempo mais do que suficiente para definir diretrizes e políticas públicas voltadas para o bem-estar da população. Porém a realidade com que convivemos no dia a dia é outra: uma cidade completamente abandonada, com buracos e mato alto para todo lado, e, ainda, com inúmeras famílias morando embaixo da ponte – famílias que não escolheram viver ali, mas que parecem incomodar o prefeito, que, num truque de limpeza de paisagem, resolveu recolher os pertences e as barracas dessas pessoas marginalizadas pelo próprio poder público. E, para completar, uma onda de violência começou a se alastrar pelo centro da cidade, tornando impraticável a ocupação civilizada do espaço. Tudo isso é reflexo da incompetência do prefeito da maior cidade do País. São Paulo está abandonada.

Giovani Lima Montenegro

giovannilima22@icloud.com

São Paulo

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A conhecida Cidade da Garoa virou terra dos noias, dos moradores em situação de rua, das carroças, dos limpadores de para-brisas, dos buracos sinalizados com cones, do IPTU extorsivo e, infelizmente, com um prefeito cujo nome muitos moradores desconhecem. Estamos perdidos.

Carlos Gaspar

carlos-gaspar@uol.com.br

São Paulo

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‘Uma boa história’

Exemplo de resiliência

Merece aplausos a publicação da história de Moha Alshawamreh (Palestino de startup de IA vira exemplo na Cisjordânia, Estado, 11/4, A20). Principalmente, pela coragem deste jornal em mostrar como um palestino pôde ter acesso a formação e a trabalho em Israel, enquanto só lemos que Israel ataca o povo palestino. A descoberta da existência do Holocausto por Alshawamreh, “um tema por vezes excluído do discurso palestino”, fez com que ele visse o mundo e Israel com outros olhos. Tenho certeza de que deve haver outros casos como o dele, mostrando Israel e seu povo de forma mais humana e positiva.

Teresa M. Nigri

tnigri@uol.com.br

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

POLITIQUICE DE ALDEIA

Empresa de irmão de assessor especial de Tarcísio usa PMs em segurança privada (10/4, A7). Não demorou muito para a politiquice de aldeia tentar se instalar em SP. Por que será que não estou surpresa? Quando começarão os trabalhos para administrar este Estado? Viagens ao exterior, como de praxe, já foram feitas, e esperamos que depois desse lindo passeio terá chegado a hora de encarar a realidade dos problemas sociais, como segurança pública, e tantos outros que são comuns a um Estado. Mudar a sede do governo de endereço realmente não vai ajudar. Precisamos de planejamento e coragem para, como se diz vulgarmente, colocar a mão na massa.

Vera Bertolucci

veravailati@uol.com.br

São Paulo

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MARCAS DO GOVERNO TARCÍSIO

Será que a única marca do governo Tarcísio de Freitas será a mudança de sede do Palácio dos Bandeirantes, ferrovia para o interior e términos da Linha 13-Jade do Metrô e do Rodoanel? E os demais assuntos importantes para o Estado, como saúde, hospitais, moradia, escolas, Etecs, Fatecs, universidades, dentre tantas outros? Pois é isso que vemos todo dia no Estadão. Essas obras, que na visão do governador são importantes, demorarão muito a serem feitas e não terão resultados neste governo. Acorda, SP.

Alberto Utida

alberto.utida0926@gmail.com

São Paulo

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PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA

O editorial neste dia de Páscoa sobre os moradores de rua em São Paulo é de dar engulhos em quem tem um mínimo respeito por um ser humano (Estado, 9/4, A17). O atual prefeito já demonstrou por diversas vezes que não se atém às leis em vigor quando resolve implantar o que decidiu, esteja correto ou não. Até resolveu utilizar para os seus propósitos o ilegal e imoral “jabuti” – artigo incluído em projeto de lei, na ocasião da votação final, ainda que sobre assunto diferente – para aumentar o limite de ruídos em São Paulo, o que foi derrubado por decisão judicial. Agora caprichou, desobedecendo à própria Carta Magna, em particular o parágrafo único do Art. 6°do Capítulo II – Dos Direitos Sociais. Inclusive os Direitos Humanos da ONU. É sua obrigação acatar a Lei Maior e tomar providências para que a Prefeitura acolha essas pessoas, evitando que tenham de dormir na rua. Existe a lenda de que essas pessoas não aceitam ir para um abrigo, com receio de serem roubados. Porém, isso seria corrigido com uma vigilância do local. Tal atitude é uma visão abominável do que significa respeito a um ser humano. Não é preciso nenhuma dissertação para explicar o que é morar na rua. Levei apenas alguns segundos, imaginando-me em tal situação, para entender quão abjeta é essa atitude do prefeito, que ainda pretende se reeleger. É estranho que o Tribunal de Justiça de São Paulo tenha derrubado uma liminar proibindo a remoção de barracas instaladas em locais públicos.

Gilberto Pacini

pacini0253@gmail.com

São Paulo

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CIDADE DENTRO DA CIDADE

Estarrecedora a situação dos moradores de rua da cidade de São Paulo, apontada no editorial do Estadão. É uma cidade dentro da maior e mais rica cidade do País. Utilizando-se dos dados do IBGE, das 5.570 cidades do País, apenas 662 delas possuem uma população maior que as 52 mil pessoas que se encontram em situação de rua da capital.

Jorge de Jesus Longato

financeiro@cestadecompras.com.br

Mogi Mirim

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PRIVATIZAÇÃO DA SABESP

Por que mesmo nosso forasteiro governador quer privatizar a Sabesp? Para baratear a tarifa? Será que ele já olhou sua conta de água? Achou cara? Sabe que o valor inclui o esgoto? Notou que o preço é menor para quem consome menos, isto é, para as pessoas de baixa renda? Qual é o real motivo de privatizar uma empresa competente que leva água e esgoto para pessoas de baixa renda? Uma empresa privada vai fazer isso? Ou essa conta continuará do Estado?

Elisa Maria Andrade

elisampcandrade@gmail.com

São Paulo

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VILA JAGUARA

As ruas de Vila Jaguara, zona oeste da capital, e bairros vizinhos estão esburacadas. Na Praça Petrolândia só faltam aparecer onças, tal o volume de mato e árvores precisando de podas, e outras precisando ser substituídas. A Rua Paúva, em sua parte onde tem mais comércio e serviços, precisa ter sua velocidade máxima revista, agora que tem uma esdrúxula pista para bicicletas.

Osnir Geraldo Santa Rosa

osnirgeraldosantarosa@gmail.com

São Paulo

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EDUCAÇÃO SOCIOEMOCIONAL

O clamor que emerge de Blumenau pede que voltemos nossa atenção à educação que se vive nas famílias e nas escolas, na sociedade como um todo. Nas discussões de currículos e da função da escola muito se fala na “educação socioemocional”, mas pouco se explicita como colocar em prática esse conceito. Professores e pais não estão preparados para essa tarefa e o que vemos são atividades rasteiras que não atingem nem o verniz que recobre o conceito. Equipes de escolas necessitam urgentemente de psicólogos, psicopedagogos e filósofos bem formados e preparados para trabalhar as nuances do aprender e do viver consigo mesmo e com a sociedade. A “felicidade” almejada implica absorver frustrações, superar obstáculos, ter respeito às regras e limites estabelecidos com clareza e objetividade. Enquanto estivermos atentos somente à satisfação dos desejos e ao policiamento externo não teremos pessoas que saibam viver em grupo, mas terão na violência o instrumento de mostrar suas insatisfações. A criança necessita saber que é amada, acolhida, mas não é o centro do universo familiar ou social. Saber se conter faz parte do crescimento e da trilha que conduz a vida repleta de momentos de sofrimento, de dor física e emocional, de alegrias, de celebrações e de felicidade. Este é o novo homem sonhado por Maria Montessori e muitos outros pensadores que buscaram o equilíbrio entre o desejo e o dever, entre o ser e o ter, entre servir e ser servido.

Edimara de Lima

lima.edimara@gmail.com

São Paulo

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SEMENTES PARA NOVAS TRAGÉDIAS

Como evitar ataques como o que matou quatro crianças em uma creche em Blumenau? Medidas de segurança como policiamento nas escolas, contratação de vigilantes e maior controle dos acessos não podem ser dispensadas. São necessárias, mas não suficientes. Inibir a formação de potenciais agressores e reconhecer jovens com mudanças de comportamento graves, alguns dos quais infelizmente precisam ser mantidos sob um regime de supervisão durante 24 horas até deixarem de representar perigo para a sociedade. Com uma política leniente em relação a indivíduos com personalidade em formação, cuja agressividade se expressou em sucessivos eventos, o País está cultivando as sementes para novas tragédias e as espalhando por toda parte.

Jorge Alberto Nurkin

jorge.nurkin@gmail.com

São Paulo

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CPMI COM OS DIAS CONTADOS

Três meses após a insana invasão às sedes dos Poderes em Brasília, as controversas continuam e com uma certa relutância do governo em apurar toda a verdade. A barbárie é tratada pelos governistas como tentativa de golpe da direita contra as instituições democráticas. Oposicionistas por sua vez acreditam que não passou de “armação” do governo para “matar no ninho” manifestações e protestos futuros. Quem se habilita a protestar após as 2.182 prisões ocorridas pelo ato? Embora contra Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) que invariavelmente terminam em pizza, essa do dia 8/1 faz-se necessária para “tentar” elucidar o imbróglio. Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, já tem o número suficiente de assinaturas, 192 na Câmara e 34 no Senado, ou pelo menos tinha para os trâmites iniciais da instalação da CPMI, no entanto, a protela como pode. Agora, a leitura do requerimento, após adiamentos, ficou para o próximo dia 18/4, porém, poderá ser “empurrada com a barriga” outra vez. Idas e vindas dos presidentes do Senado e da Câmara ao Palácio do Planalto nos últimos dias, a provável viagem de Pacheco à China, junto com comitiva presidencial, e declarações do ministro da Justiça, Flávio Dino, de que o governo não tem nada o que temer, colocando como prioridades a reforma tributária e o arcabouço fiscal, denunciam que essa CPMI está com os dias contados e poderá virar fumaça, de vez. E por falar em fumaça, a CPI das ONGs da Amazônia foi aprovada pelo Senado. Melhor “cortina de fumaça” do que essa é impossível.

Sérgio Dafré

sergio_dafre@hotmail.com

Jundiaí

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DIA DA VERGONHA

Oito de janeiro de 2023, no Brasil, e 6 de janeiro de 2021, nos Estados Unidos, deveriam ser nomeados Dia da Vergonha Nacional, em ambos os países. Assim como se comemora a data da independência da nação, deveríamos lastimar a data em que presidentes, candidatos a ditador, e inconformados com sua derrota nas urnas fomentaram insurreição e conspiração contra os Poderes constitucionais da nação. Um dia para não ser esquecido e jamais repetido por totalitários antidemocratas.

Paulo Sergio Arisi

paulo.arisi@gmail.com

Porto Alegre

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CPI DO MST

É mais que hora de o presidente da Câmara, Artur Lira, abrir a CPI para investigar o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST). Esse movimento que há anos atua à margem da lei conta com o apoio explícito do presidente Lula. O MST é, sem sombra de dúvida, um braço do partido dos trabalhadores. Infelizmente, nossa Justiça parece seletiva. Quando da invasão dos prédios públicos, ocorrida em Brasília no 8 de Janeiro, foi célere e, em poucas horas, prendeu centenas de pessoas. Mas, quando é para defender a propriedade privada das invasões do MST, essa mesma Justiça inexiste.

Deri Lemos Maia

derimaia@yahoo.com.br

Araçatuba

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PROGRESSISTAS

Não entendo por que as ideias de esquerda são chamadas de progressistas. Além de a maioria dos governos de esquerda usarem o esquema ditatorial, as ideias que apresentam, salvo exceções de praxe, causam prejuízo às populações que governam, por exemplo, Cuba, Venezuela, Nicarágua, Argentina, entre outros. Alguém explica?

Carlos T. Schibuola

cschibuola@gmail.com

São Paulo

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A VOLTA DO CARRO POPULAR

A indústria automobilística brasileira parece estar entrando cada vez mais numa realidade paralela, desconsiderando a necessidade de alta inovação, produtividade e competitividade internacional. Pelo jeito, ainda acredita num modelo obsoleto e fracassado em que o governo fazia o papel de pai tolerante e bondoso, que lhe concedia generosos subsídios, isenções e proteção de mercado, exigindo pouco ou nada em troca. Pois bem, é hora de acordar: esse modelo antiquado se esgotou, o governo ficou sem dinheiro e o mundo a nossa volta mudou drasticamente. Ideias exóticas como essa da volta do carro popular só deixarão o Brasil mais distante da realidade internacional do setor automobilístico. Não é à toa, portanto, que a nossa indústria nacional parece fadada a continuar esse lento e aparentemente inexorável declínio em que se encontra atualmente. Tristes trópicos.

Fernando T. H. F. Machado

fthfmachado@hotmail.com

São Paulo

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CAI PRODUÇÃO DE VEÍCULOS

Um dado importante para medir o andamento da economia de um país pode ser o índice de produção e comercialização de veículos automotores. E o Brasil, que vai de mal a pior desde 2014, vem, infelizmente, apresentando PIBs medíocres, como 7.º produtor mundial de veículos produzidos. Do recorde de 3,74 milhões em 2013, caiu para 2,37 milhões em 2022. De vendas de veículos novos, do recorde de 3,634 milhões em 2012, teve apenas 1,958 milhão no ano passado. Já a preferência hoje é por carros usados, cujas vendas cresceram significativamente desde 2012. E a preferência recai sobre os carros de 11 a 15 anos de uso, que em 2022 representaram vendas de 25,4%. Os de quatro a sete anos de uso, que em 2012 o índice de vendas foi de 30,7%, em 2022, pelo alto preço, caiu para 19,80%. Essa situação descrita, infelizmente, vem ocorrendo também no País, no consumo geral, no aumento do índice da pobreza e na brutal queda nos investimentos. Ou seja, governo que não respeita equilíbrio fiscal, menos ainda a austeridade com os recursos dos contribuintes, e não tem coragem de enfrentar a realidade e regras de mercado certamente vai sucumbir. E quem sofre como sempre é o povão.

Paulo Panossian

paulopanossian@hotmail.com

São Carlos