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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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Por Fórum dos Leitores
7 min de leitura

Política econômica

Novo consignado

O crédito consignado para os empregados com carteira assinada – são 47 milhões de pessoas nessa condição no Brasil –, uma medida populista do governo, vem para “trocar a dívida” do endividado, de uma dívida cara para outra mais barata. O governo, por não conseguir reduzir seus gastos nem fazer o que é devido, não colabora para a redução dos juros pelo Banco Central e agora vai enxugar gelo para se dizer eficiente: o remédio diminui a dor, mas não trata a doença. E assim seguimos, com a inflação em alta e as empresas endividadas, sem capacidade de investir e gerar emprego. Triste Brasil.

Roberto Solano

Rio de Janeiro

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Crédito do Trabalhador

Empréstimos mais baratos servirão para o povo comprar a comida mais cara. Estranho os bancos cobrarem juros altos no consignado, uma vez que é ganho certo: a prestação entra antes de o funcionário sacar o salário. Assim, por que o trabalhador daria ainda o seu FGTS como garantia? Tomara que os banqueiros aproveitem o momento para baixar o escandaloso juro de 450% ao ano que cobram no cartão de crédito.

Paulo T. Juvenal Santos

São Paulo

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Inflação de fevereiro

A inflação de fevereiro, com alta de 1,31%, é a maior para o mês em 22 anos (o acumulado em 12 meses chegou a 5,06%). Enquanto isso, Lula confessa que não tem a menor ideia de qual é a razão do aumento do preço do café e do ovo, uma vez que “a galinha não está cobrando caro”. O Brasil está sem comando.

Milton Cordova Junior

Vicente Pires (DF)

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São Paulo

Imposto sem retorno

O IPTU do comércio em São Paulo aumentou 15% este ano. Mas basta chover para os bueiros transbordarem, os semáforos pararem de funcionar, as árvores caírem, deixando grande parte da cidade sem energia e o trânsito caótico. O imposto é alto, mas falta devolver ao contribuinte serviços básicos que funcionem quando necessário.

Sergio Kupferman

São Paulo

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Poder Judiciário

Avacalhação

A propósito do editorial Ainda há Ministério Público em Brasília (Estadão, 13/3, A3), as decisões monocráticas do ministro Dias Toffoli que anulam provas e extinguem processos da Operação Lava Jato desmoralizam o colegiado do Supremo Tribunal Federal (STF). Já passou da hora de o próprio Supremo, em seu Regimento Interno, acabar com as decisões monocráticas que anulam provas e extinguem processos de qualquer natureza, sob pena de consumar-se a avacalhação a que assistimos naquela Corte.

Adel Feres

Goiânia

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Recurso meritório

O editorial Ainda há Ministério Público em Brasília complementa com exatidão a vigorosa indignação registrada no editorial O Supremo precisa se ajudar (Estadão, 24/2, A4). O meritório recurso da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a decisão monocrática de Dias Toffoli que livrou Antonio Palocci de condenações na Lava Jato, além de se constituir numa crítica ao silêncio dos seus pares, parece dar resposta à contundente crítica, com repercussão mundial, da Transparência Internacional, com sede em Berlim, que afirma que depois de exportar corrupção o Brasil, via STF, exporta hoje impunidade. “Ainda há juízes em Brasília” pode ser a grande chamada para o Brasil se encontrar no concerto das grandes nações. A atitude do Ministério Público neste episódio pode ser o seu ponto de partida. O País precisaria, com urgência, ter eficientes mecanismos que possam permanentemente avaliar e, se for o caso, extrair da sua Suprema Corte figuras que aos olhos da sociedade aparentem parciais e/ou comprometidas com casos de corrupção. A credibilidade das instituições não só é fundamental à democracia, como determinante nas decisões dos investidores na alocação de seus recursos. É simples, mas atitudes como esta da PGR e mecanismos como o aventado é que constituem a grande riqueza de uma nação e a levam à prosperidade.

Nilson Otávio de Oliveira

São Paulo

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Escárnio

Senti-me representada pelo Estadão com o editorial Ainda há Ministério Público em Brasília. Escárnio é o mínimo do que se pode chamar a anulação de processos relativos à Lava Jato. O povo brasileiro, por ignorância ou desinteresse, tem sido abusado pelos poderosos da lei.

Rita de Cássia Guglielmi Rua

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

EXTREMA DIREITA

É um tapa na cara da democracia Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto se reunirem para discutir a anistia aos criminosos golpistas (Estadão, 13/3, A8). O câncer da extrema direita se espalha pelas mais estreitas fendas da liberdade concedida e sua metástase será incontrolável, como já vimos e vivenciamos há um século. Quando morei na Alemanha, nos anos 1990, não entendia como aquele povo educado, altivo e saudável permitiu a ascensão do nazismo. Infelizmente, hoje eu sei.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

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INFLAÇÃO

A inflação em fevereiro foi a mais alta para o mês em 22 anos. Se o governo Lula, ou o próprio Lula, tivesse dito isso antes, eu tinha evitado de ir no supermercado no mês passado. Agora é tarde.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

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LULA E GLEISI

Ao dizer com inconveniente e descabido viés machista que colocou Gleisi Hoffmann, uma “mulher bonita”, na Secretaria de Relações Institucionais para manter bom diálogo e relacionamento com o Congresso, o presidente Lula demonstrou mais uma vez que nunca perde uma boa oportunidade de ficar calado. Sua já folclórica incontinência verbal, manifestada sobretudo quando está diante do público num palco, num palanque, ou em um microfone de rádio e TV, parece mesmo incurável. Não à toa, sua popularidade despenca a cada nova pesquisa de opinião. Patético.

Vicky Vogel

Rio de Janeiro

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NARRATIVAS IMPRUDENTES

No romance intitulado O idiota, Dostoiévski, se afirma: “a beleza salvará o mundo”. Nosso não graduado presidente, que não é O idiota, parece sugerir que a boniteza salvará seu governo via relações institucionais. Atenção: não questiono a beleza de ninguém, nem mesmo de Gleisi Hoffmann. Pergunto-me apenas se a estética é o melhor critério de escolha para um cargo político. Não sei se a beleza salvará o mundo. Duvido muito que a boniteza da nova ministra das Relações Institucionais melhorará a relação entre governo e Congresso. Mas me questiono: quem nos salvará da feiura dos discursos improvisados de um presidente que quer barganhar com narrativas imprudentes?

Luís Fabiano dos Santos Barbosa

Bauru

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PALAVREADO CHULO

Há uma concorrência enorme para saber qual governo possui um palavreado mais chulo. O atual presidente Lula – com o microfone nas mãos – disse que colocou Gleisi Hoffmann, uma “mulher bonita”, no Ministério das Relações Institucionais, para articular com a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, como se a beleza fosse uma condição sine qua non para colocar ordem nas péssimas relações entre os Poderes e o Planalto do Palácio. Na mesma esteira, segue o inelegível Jair Bolsonaro dizendo que as mulheres petistas são “feias” e “incomíveis”. Na verdade, a que ponto o Brasil chegou nas mãos deploráveis de pessoas cafajestes que se julgam capazes de comandar o País. Basta de Lula e de Bolsonaro!

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

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NOVO POETA

Vinicius de Moraes é o conhecido poeta da célebre frase: “me desculpem as feias, mas beleza é fundamental”. O poetinha amou, sobretudo, as mulheres. O novo poeta, Lula da Silva, introduz a beleza do mundo feminino na política em detrimento das outras qualidades intelectuais. Se esta fosse uma frase dita pelo Bolsonaro, ele já estaria sendo condenado pelas feministas do PT.

Roberto Solano

Rio de Janeiro

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‘MINISTÉRIO BELEZURA’

Agora vai. Botando “mulher bonita”, tem tudo pra dar certo. Além de coerência, o Ministério Belezura tem uma vantagem: não faltará apoio com a ajuda caseira do Lindinho.

Ademir Fernandes

São Paulo

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MACHISMO RAIZ

O ministro da Reeleição, Sidônio Palmeira, vai ter de tomar uma medida drástica com o presidente Lula. Nada de discursos de improviso depois de dizer que indicou Gleisi Hoffmann para titular da Secretaria das Relações Institucionais destacando como qualidade para a indicação a sua beleza. Chega de machismo. Imagina o que o presidente Lula deve falar sobre os temas de machismo, etarismo e misoginia em conversas particulares. Não é bom nem imaginar.

Vital Romaneli Penha

Jacareí

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MULHERES BONITAS

O presidente Lula falou besteira, e se deu mal, quando exaltou a escolha de uma “mulher bonita” para a articulação política. A reação foi imediata e merecida. O mesmo não ocorreu quando o misógino e golpista Jair Bolsonaro disse que as mulheres do PT são “feias e incomíveis”. Aí pode?

Sérgio Barbosa

Batatais

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FALAS DE LULA

Neste último discurso de Lula, ele desmerece as competências dos seus escolhidos. Gleisi Hoffmann é competente ou vai enfeitar o ministério? Alfineta Haddad, enquanto este tenta arrumar a economia. As falas de Lula lembram o humorístico Sai de Baixo. Cala a boca, Magdo.

Tania Tavares

São Paulo

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LENÇOS DO SUPREMO

Depois de encomendar cem gravatas personalizadas com a imagem do Supremo Tribunal Federal, a um custo de R$ 38,4 mil, o STF acaba de adquirir, por R$ 7 mil, cem lenços femininos “de alta qualidade”, “com toque de seda”, “textura macia”, “excelente caimento” e “acabamento impecável” para presentear autoridades que visitarem a Corte. De fato, parece claro que o STF vive numa espécie de metaverso, uma realidade paralela isolada da grave crise que atravessa o País, como a corte de Versailles, nas cercanias de Paris, nos áureos tempos do Rei Sol (Luís XIV), no século 17. Pobre Brasil.

J. S. Vogel Decol

São Paulo

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DONALD TRUMP

A maior democracia do mundo permitiu que um criminoso condenado se elegesse presidente. Os americanos pagaram para ver e estão vendo uma devastação sem precedentes: prejuízos de trilhões de dólares, Constituição jogada no lixo, aliados sendo traídos, inimigos recebendo apoio e, principalmente, muitas bobagens sendo cometidas por Donald Trump. Faltam mecanismos para uma rápida mudança nesse cenário catastrófico. Trump precisa ser rapidamente apeado do cargo para o bem de todo o mundo civilizado.

Mário Barilá Filho

São Paulo

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EGOS

“Duvido que no Salão Oval cabem dois egos daquele tamanho”, diz Mendonça de Barros sobre Elon Musk e Donald Trump. (Estadão, 13/3). Correto. Entretanto, são pessoas úteis, importantes e, ao que tudo indica, tornaram-se multimilionários sem roubar ou praticar corrupção, diferentemente de Luiz Inácio, que também tem o ego que não cabe no País – nada justificável – e ainda conta com uma ficha corrida mais suja que pau de galinheiro.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

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CIVISMO

A designada escola cívico-militar não faz jus ao seu nome, pois só tem de militar o nome e um servidor policial militar da reserva subordinado à administração da escola, que vai monitorar as matérias extracurriculares que serão definidas pela Secretaria de Educação em articulação com a Secretaria de Segurança Pública. Para ministrar a aula de valores do cidadão, como civismo, dedicação, excelência, honestidade e respeito, a Secretaria de Educação não necessita de um policial militar, desarmado, que em ambiente escolar não vai sequer melhorar a segurança das escolas. Além do cívico, o que de militar tem na proposta didático-pedagógica do programa Escola-Cívico Militar no Estado de São Paulo para ser chamado de cívico-militar? Civismo deve ser ensinado em todas as escolas da rede pública.

Paulo Marcos Gomes Lustoza

Rio de Janeiro

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RESORT DO TRÁFICO

Impressionante como os bandidos do narcotráfico construíram um luxuoso resort no meio de uma comunidade próxima a Avenida Brasil, aqui no Rio de Janeiro. O ambiente, que tinha um lago e uma praia, onde carpas eram criadas, foi destruído pela polícia. O marginal deste local está foragido, mas aguarda-se que logo ele seja preso para pagar pelos crimes que cometeu.

José de Anchieta Nobre de Almeida

Rio de Janeiro