Guerra Hamas-Israel
Reféns em Gaza
É triste a situação dos palestinos de Gaza, mas será que eles se dão conta de que a atual crise existe unicamente por causa do ataque terrorista do Hamas contra Israel? O mundo condena Israel pela falta de água, luz, etc., em Gaza, mas acaso não se dá conta de que Israel, como afirmou, voltaria a fornecer tudo o que foi temporariamente retirado de Gaza em troca dos reféns que o Hamas mantém presos? A solução, portanto, seria simples, se o Hamas terminasse sua chantagem e libertasse os reféns.
Sydney Bratt
São Paulo
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Guerra na Ucrânia
Acabou?
Vocês se lembram da guerra na Ucrânia? Imagino que ela tenha parado para assistir à guerra no Oriente Médio, porque não se tem mais notícia do que acontece lá. Será que Vladimir Putin devolveu as crianças ucranianas que foram levadas para a Rússia? E Volodmir Zelenski, será que seguiu o conselho de Lula e entregou territórios ucranianos à Rússia para cessar o conflito?
Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva
Salvador
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Poderes da República
Mandato limitado
Já que o Senado brasileiro sente que é hora de discutir um limite para o mandato de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), penso que seja hora, também, de discutir um limite de tempo para parlamentares no Congresso Nacional. Que tal um máximo de 12 anos para todos? Assim, um deputado teria apenas três mandatos ou um de deputado e outro de senador. Um prefeito poderia ser reeleito e, depois, tornar-se deputado, e assim por diante. Essa medida garantiria mais renovação na arena política.
Marcelo Kawatoko
São Paulo
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Debate em Paris
Apenas uma dúvida: por que assuntos de interesse nacional têm de ser debatidos fora do Brasil – como ocorreu no fim de semana, em Paris, em evento do Grupo Esfera Brasil –, com o deslocamento de personagens relevantes dos Poderes da República sendo custeado sabe-se lá como e por quem, e cuja companhia é usufruída por poucos com cacife e intimidade suficientes para participarem desses eventos?
Domingos Fernando Refinetti
São Paulo
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Educação profissional
Desde a educação básica
A nova educação profissional, de que tratou Simon Schwartzman no Estadão de 13/10 (A4), procura recolocar o tema na ordem do dia do setor educacional. Quem aborda o assunto procura mostrar o atraso em que o Brasil se encontra, muito longe do que se pratica em países europeus onde a qualificação da mão de obra é excelente. O importante seria rever toda a educação básica, pois desde a educação infantil os alunos precisam de ensino prático, não só conceitual. Não adianta tratar do assunto apenas no ensino médio e esperar que os jovens escolham itinerários formativos que serão oferecidos pelas escolas, públicas e particulares. Elas não estão preparadas para atender a essa demanda, pois carecem dos instrumentos adequados para isso e de profissionais capacitados.
Sylvia Figueiredo Gouvêa
São Paulo
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Segurança pública
O sumiço das armas
A situação é digna de um filme de suspense, daqueles em que até o mais valente dos heróis se veria enredado. Nada menos do que 21 metralhadoras sumiram do arsenal do Comando Militar do Sudoeste, em Barueri, na Grande São Paulo (Estadão, 13/10). Não é preciso ser um estrategista militar para perceber que isso é, no mínimo, catastrófico. É o que se pode chamar de mágica militar. Como é possível que essas armas tenham desaparecido de um lugar supostamente dos mais seguros? Será que os ratos da Granja Comary decidiram adotar um exército? Ou seria uma desastrada confusão, e as metralhadoras foram parar no estoque de brinquedos de um parque de diversões? Seja como for, a verdade é que esta história merece uma investigação digna de Sherlock Holmes, pois estamos falando de 21 metralhadoras nas mãos erradas. Ou, quem sabe, estejam guardadas em algum lugar secreto, aguardando o momento certo para brilhar nos palcos da comédia nacional. Só o tempo dirá.
Luciano de Oliveira e Silva
São Paulo
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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br
ATAQUE A PROFESSOR
A França leva a sério os ideais da República. O país inteiro prestou um minuto de silêncio ao professor assassinado em Arras, capital do departamento de Pas-de-Calais. Professores, alunos e funcionários dos liceus renderam tributo a mais uma vítima do extremismo e da radicalização islâmica. A educação laica, universal e gratuita enfrenta a intolerância que ameaça o sistema de educação. O terrorismo não pode triunfar ao provocar medo e tentar produzir o caos na sociedade.
Luiz Roberto da Costa Jr.
Campinas
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INDÚSTRIA DO ENSINO
Já houve tempo em que o ensino básico praticado em escolas públicas exibia nível comparável e muitas vezes superior ao da rede particular. Contudo, a chamada indústria do ensino, turbinada por poderosos lobistas e políticos ligados ao setor, associada ao desinteresse dos governantes que nunca transformam a educação em questão de Estado mas sempre fizeram dela trampolim de campanha eleitoral, vem lentamente, ao longo das últimas décadas, esvaziando a qualidade da contrapartida pública e aviltando os salários dos profissionais dedicados. Tal cenário elitizou o acesso a um bom patamar pedagógico, obrigando as famílias que dispõem de alguma renda a drenar boa parte de seus recursos à educação fundamental dos filhos, caminho negado às menos favorecidas. Hoje são considerados heroicos os esforços de jovens profissionais vencedores em suas áreas que, ao resumir sua saga, apresentam como marca o fato de terem frequentado escolas públicas. Lamentável inversão de paradigmas.
Paulo Roberto Gotaç
Rio de Janeiro
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FORMAÇÃO PRESENCIAL DE PROFESSORES
Agora todos se voltaram contra a formação inicial docente EaD. Grande parte da prática docente é determinada pelas condições de trabalho. Há professores formados presencialmente por USP ou PUC que não aguentam a realidade da escola pública e fogem da sala de aula, virando “pesquisadores” para ensinar aquilo que eles não conseguiram, que é lecionar. Com salas superlotadas de estudantes sem acompanhamento familiar e acesso à saúde, moradia, segurança e demais direitos sociais, não tem formação presencial que resolva.
Eliel Queiroz Barros
monoblocosantoandre@hotmail.com
Santo André
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MOTIVAÇÃO E RETENÇÃO DE ALUNOS
Atuo, desde 2009, como professor-tutor convidado no sistema FGV Online, com turmas de pós-graduação online em Gestão Financeira. Cursei o profissionalizante Formação de Professor Primário nos idos dos anos 1960. Ali aprendi os rudimentos da prática de ensino, psicologia, sociologia, filosofia e outras ciências indispensáveis a quem pretende se dedicar à tarefa de instrução. Essa é uma atividade que não se confunde com educação, como sempre apregoou o professor Pierluigi Piazzi, de saudosa memória. A educação compete sobretudo à família, responsável direta por “mostrar caminhos” à criança, desde a sua mais tenra idade. A instrução a ser obtida nos bancos escolares é resultado da transferência de conhecimento e experiência prática e analítica de profissionais dedicados ao ramo que se pretende repassar para os mais jovens. Requer, portanto, mais do que um bacharelado. Exige criatividade, interesse, entusiasmo – deixar o nosso deus interior conversar com o deus interior do outro. Principalmente nos dias de hoje, em que a tecnologia nos proporciona acesso à informação, boa ou má, em quantidade beirando o infinito, disputando cada segundo o tempo que o aprendiz se dedica às tarefas do seu cotidiano escolar. É quando a metodologia ativa entra em cena, aproximando esse aprendiz do objeto a ser percebido como ferramenta para a solução de problemas que, de uma forma ou de outra, surgirão no caminho a ser trilhado num futuro não muito distante. Compete à sociedade, mais do que uma fiscalização das instituições que se dedicam à educação a distância, o desenvolvimento de técnicas para a motivação e retenção do aprendiz no caminho de sua formação, qualquer que seja o nível acadêmico. Que sejam premiadas as atitudes em prol dessas inovadoras técnicas de formação, que exigem tempo, dedicação e investimento qualificado, tanto ou até mais do que no ensino presencial.
Fauzi Timaco Jorge
São Paulo
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BOLSA DE PERMANÊNCIA ESTUDANTIL
À parte do estabelecimento quantitativo de horas dedicadas ou necessárias para o aprendizado, sempre objeto de controvérsias, a proposta de especialistas da educação Sugestões para a melhoria do ensino médio brasileiro (Estado, 16/10, A4) já encontra respaldo em muitas unidades de ensino, especialmente os institutos federais de educação técnica. Lá a bolsa de permanência estudantil é uma realidade de forma ampla e comprova a tese da necessidade de apoio financeiro para reduzir a evasão. Além disso, órgãos federais de apoio à ciência e tecnologia oferecem bolsas de pesquisa para que os alunos possam, além da formação na escola, ter acesso a laboratórios de pesquisa de universidades, principalmente as públicas de excelência acadêmica, para desenvolver projetos científicos.
Adilson Roberto Gonçalves
Campinas
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MANIFESTAÇÃO PRÓ-PALESTINA
Os manifestantes de domingo, 15/10, na Avenida Paulista, com famílias descendentes de palestinos, levaram cartazes com os dizeres “Palestina livre” e afins. E fizeram questão de afirmar que não estavam defendendo o grupo extremista Hamas. Pena que a maioria dos políticos e jornalistas de esquerda no Brasil não adotem a mesma postura e não sintam vergonha de continuar defendendo o grupo terrorista.
Jorge A. Nurkin
São Paulo
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LEI DE TALIÃO
Aos que criticam a forte e massiva contraofensiva do exército de Israel diante do covarde e criminoso ataque terrorista do Hamas contra inocentes e indefesos alvos civis, cabe dizer que o único judeu que deu a outra face pregava como rabino na sinagoga há mais de 2 mil anos na Judeia e foi condenado e crucificado pelo Império Romano a mando de Pôncio Pilatos. Desde então, vale a Lei de Talião: “Olho por olho, dente por dente”. Bala por bala e bomba por bomba, até que se possa viver em paz.
Vicky Vogel
Rio de Janeiro
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EQUIVALÊNCIA MORAL
Aqueles que tentam estabelecer alguma forma de equivalência moral entre um grupo cujo objetivo primordial é assassinar civis inocentes, inclusive crianças, mulheres e idosos, e outro grupo cujo objetivo é perseguir terroristas sanguinários e no embate acabam morrendo civis inocentes como dano colateral, além de moralmente torpes, são intelectualmente degenerados e não têm condições de viver em sociedades civilizadas.
Ely Weinstein
São Paulo
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UM CONHECIDO NA GUERRA
Acompanho os noticiários e as redes sociais desde o início desta guerra. Vejo todos os tipos de comentários: pessoas que justificam a ação do Hamas, outras em cima do muro e as que aprovam a ação de Israel. A pergunta é a seguinte: se nesse massacre a civis tivéssemos um filho, um neto, um pai, um amigo, enfim, um conhecido, qual seria a sua reação?
Dario José Del Carlo Romani
São Paulo
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POPULAÇÃO DE ESCUDO
Falar em regras de guerra, como se guerra fosse um jogo, é, em si, de uma estupidez descomunal. Certas atitudes ultrapassam de longe os limites mínimos da compreensão e da civilidade. Tal qual o governo sírio, que durante a guerra daquele país bombardeava sem dó áreas civis do próprio país controladas pelos rebeldes, o Hamas sempre manipulou e fez de escudo a população palestina de Gaza, a quem deveria, supostamente, proteger. Não há reflexão moral que explique tamanha selvageria. À semelhança de homens-bomba que se imolam, o Hamas imola o povo palestino.
Luciano Harary
São Paulo
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DISPUTA POLÍTICA
O fato de Lula não chamar o Hamas de terrorista, junto ao fato de Paulo Pimenta e Alexandre Padilha terem assinado em 2021 carta contra a caracterização do Hamas como organização terrorista, agora causa uma bela saia-justa no governo. Paulo Pimenta disse que o episódio da nota em apoio ao Hamas que ele assinou é utilizado de forma equivocada por pessoas que tentam transformar qualquer coisa em disputa política. Pois é, o atual ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) está provando do próprio veneno. Não são os petistas que transformam tudo o que é dito em disputa política? Basta voltar no tempo e verificar o quanto de notícias foram transformadas em disputas políticas a cada vez que Jair Bolsonaro abriu a boca e não só ele, mas qualquer cidadão que não reze na cartilha esquerdista. Agora é a vez de a oposição explorar o assunto. Espero que saibam cobrar à altura. Basta dar um Google, as falas estão disponíveis. Ontem você era pedra, hoje é telhado. Assim funciona a política.
Izabel Avallone
São Paulo
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INTERMEDIÁRIO DA PAZ
Quando sequer consigo sair nas ruas ou viajar pelo meu país dada a insegurança urbana, suburbana e rural, e, ao mesmo tempo, meu governo se coloca como o intermediário da paz na guerra da Ucrânia e no ataque do grupo terrorista Hamas, me sinto um otário diante de hipócritas. Quando vejo um povo palestino passando fome e sede enquanto nossos políticos e membros da Justiça comem lagostas, degustam vinhos superiores e fazem turismo, a título de “encontros importantes e busca de conhecimento”, me sinto um otário diante de hipócritas.
Jose Rubens de Macedo Soares
São Paulo
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CÉLERE RESGATE DE BRASILEIROS
É justo reconhecer a elogiável a atuação do governo Lula e a competência da FAB e do Itamaraty pelo célere resgate de 916 brasileiros que estavam em Israel, sob o intenso ataque do grupo terrorista Hamas, que já deixou 1,4 mil mortes de israelenses e, com resposta do exército de Israel, outras 2,6 mil mortes de palestinos na Faixa de Gaza. Agora, tão importante quanto, é Lula e seu PT reconhecerem de peito aberto que esses facínoras são realmente um grupo terrorista. Como governo, a sua obrigação é estar alinhado com o que pensa a maioria do povo brasileiro sobre esse grupo de genocidas.
Paulo Panossian
São Carlos
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FREIO DE ARRUMAÇÃO PARA O STF
Em contraponto ao artigo de Carlos Alberto Di Franco (Estado, 16/10, A6), acredito que seja necessário mais que freio de arrumação para tornar o Supremo Tribunal Federal (STF) funcional. Seria necessário trocar as pastilhas de freio para o veículo possibilitar mais segurança aos usuários. Sabem quando isso vai ocorrer? Nunca! Os cargos são os mais privilegiados da Nação. É óbvio que não vão deixar a posição e estabelecer um prazo de fruição das benesses. Querem continuar a vida toda na situação reinante.
Ademir Valezi
São Paulo
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SUPREMA CORTE
O artigo do professor Celso Lafer Em torno do STF (Estado, 15/10, A4) discorre brilhantemente sobre a instituição STF, chamando a atenção para a existência de críticas válidas e outras não válidas sobre a atuação do Supremo Tribunal Federal, todavia, sem denominá-las. Uma pena. Afinal, ultimamente o notável saber jurídico não tem sido o forte nas nomeações. Sem contar as afirmações recentes do decano Gilmar Mendes de que, se hoje nós temos a o presidente Lula eleito, isso se deve a uma decisão do Supremo. E mais: se a política deixou de ser criminalizada, isso se deve ao Supremo Tribunal Federal, se esquecendo de que o que ficou evidente na Lava Jato foram os desvios criminosos de recursos públicos por parte de políticos.
José Elias Laier
São Carlos