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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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Por Fórum dos Leitores
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Governo Lula

Foi sem ter sido

Aprovação de Lula cai para 24%, segundo pesquisa Datafolha. Reprovação vai a 41%. É o estranho caso de um governo que acabou sem jamais ter começado, que foi sem nunca ter sido.

Milton Córdova Junior

Vicente Pires (DF)

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Reinvenção

A situação em que está o atual governo é paradoxal: se a aprovação do presidente cai, como apontou o Datafolha, os indicadores do mercado financeiro melhoram, pois estamos diante de uma possível não reeleição de Lula. São dados opostos, mas que convergem para o mesmo fim: o País só se tonará melhor se se livrar do lulopetismo. O resultado da pesquisa mostra que a população não se deixa mais enganar por discursos demagógicos e pelo populismo barato do sr. Lula da Silva, como quando ele fala da construção de varandas em casas populares para as pessoas “soltarem pum”. A sua reeleição não será tarefa fácil para o marqueteiro Sidônio Palmeira, que assumiu a Secom para melhorar a comunicação do governo, mas que só fez piorar sua aprovação. Lula da Silva não tem mais liderança política nem popular. Para se reeleger, precisará se reinventar.

Deri Lemos Maia

Araçatuba

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Conflito em Gaza

Qual é o limite?

No artigo intitulado Genocídio e crimes de guerra (Estadão, 15/2, A6), sobre o conflito em Gaza e o episódio envolvendo o soldado israelense em solo brasileiro em dezembro passado, os professores Paulo Borba Casella e Paulo Sérgio Pinheiro afirmam que “a resposta do atual governo de extrema direita de Israel aos ataques de 7 de outubro foi além de todos os limites – mortes de mais de 50 mil palestinos (...) nem sequer poupando escolas, hospitais (...)”. Sendo um artigo de caráter técnico, é pertinente questionar: qual deveria ser exatamente a resposta de Israel, considerando as barbaridades e atrocidades cometidas em 7 de outubro de 2023? Além disso, qual a fonte confiável utilizada para sustentar o número de vítimas mencionado? Os professores têm acompanhado, nas últimas semanas, a devolução de reféns severamente desnutridos, submetidos a torturas físicas e psicológicas por quase 500 dias, enquanto os terroristas que os mantinham em cativeiro apareciam bem alimentados, uniformizados e armados, mas que, no auge do conflito, eram todos classificados como civis? Ademais, lembram-se de que há provas irrefutáveis da utilização de hospitais e escolas por grupos terroristas para armazenamento de armas e munição, bem como para o lançamento de mísseis contra a população israelense? Muito se discute sobre a proporcionalidade em guerras. No entanto, como o texto pretende ser técnico e objetivo, retomo a questão: qual é o limite?

Ivo Kutner

São Paulo

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Falta de informação

A propósito do artigo Genocídio e crimes de guerra, é muita hipocrisia ou falta de informação afirmar que as Forças de Defesa do Exército de Israel atacaram hospitais e escolas de Gaza não informando que o Hamas se esconde nesses lugares de propósito, usando civis como escudo humano. Quem atacou no dia 7 de outubro de 2023 foram os terroristas, matando 1.200 civis, entre eles muitos jovens que estavam curtindo um festival de música. Bateram, estupraram, queimaram crianças no forno. Onde estavam as instituições globais que não condenaram essa ação? Onde estavam a ONU e a Cruz Vermelha, depois, para saber do estado físico dos reféns levados para Gaza? Chega de cinismo! Quem quer praticar um genocídio são eles, os terroristas que desejam que Israel suma do mapa.

Elisabeth Ingberman

Curitiba

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Manipulação

Não me surpreende o artigo assinado por Paulo Sérgio Pinheiro no Estadão de 15/2. Não conheço seu coautor, mas Pinheiro é cego pela ideologia e qualquer coisa que não venha da esquerda ele repudia. Ignorar que Israel atacou apenas escolas e mesquitas transformadas em bases terroristas é vil. Omitir que 20 mil dos mortos eram terroristas é vil. Omitir que cerca de 8 mil civis eram escudos humanos, que o líder máximo do Hamas qualificou como “mortes necessárias”, é vergonhoso. E designar como genocídio uma guerra que matou 0,4% não envolvido por terrorista morto é uma vergonha. Trata-se do menor índice de não envolvidos mortos em guerras nos últimos 125 anos. Infelizmente, o que Pinheiro escreve tem o valor de uma nota de R$ 3,50. O artigo não se equivoca, ele manipula.

Marcos L. Süsskind

Holon, Israel

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

TRAQUEJO NO JOGO POLÍTICO

Pablo Marçal cogita lançar-se candidato à presidência da República em 2026, tendo como vice em sua chapa o cantor sertanejo Gustavo Lima. Chegou a dizer em redes sociais que “em poucos dias anunciaremos algo que vai abalar as estruturas da política nacional e virar uma chave absurda no povo, começando pelo Nordeste”. Ocorre que o ex-coach está na mira da Justiça eleitoral que poderá torná-lo inelegível por oito anos, por ter divulgado um falso prontuário médico contra Guilherme Boulos (PSOL) às vésperas do primeiro turno. Além do que, tanto o influenciador, como o cantor, precisam explicar a que vieram. Para se chegar a presidência não basta ter dinheiro e fama. O cargo exige, além dos requisitos legais de ser brasileiro nato e ter mais de 35 anos, experiência em gestão pública e muito traquejo no jogo político, coisa que nenhum dos dois possui.

Deri Lemos Maia

Araçatuba

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FICHA LIMPA

O deputado federal Bibo Nunes (PL-RS) apresentou um projeto para reduzir o tempo de inelegibilidade de políticos condenados pela Justiça, conhecidos também como ficha suja, e nem ficou vermelho de vergonha. Na verdade, e com a maior cara de pau, o gaúcho visa afrouxar as regras impostas à Jair Bolsonaro, e já encontrou eco na fala do novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta. Que os brasileiros de bem não se enganem se Bolsonaro, com sua empáfia, volte aos certames eleitorais. Afinal, condenados, réus confessos e trambiqueiros de plantão estão sempre livres, leves e soltos e sempre acolhidos pelos interessados no quanto pior, melhor. Quem viver verá.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

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BRIGA DE EGOS

O projeto que reduz a inelegibilidade pela Justiça no Brasil visa proteger Bolsonaro? Não é exagero torná-lo inelegível por oito anos, condenado por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação? Com Lula aconteceu pior, condenado em várias instâncias e por diversos tribunais, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, saiu da prisão para presidir o Brasil. De que adiantam as brigas? Sempre se dá um jeitinho para salvar companheiros, e, pior, submetidos ao escrutínio das urnas, o povo elege. Será que o problema não está na compra de votos? Sinceramente, não sei onde vai esse imbróglio, uns prendem, outros soltam. Para quem está de fora mais parece uma briga de egos.

Luciana Lins

Campinas

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EMENDAS PARLAMENTARES

Emendas parlamentares são corrupções oficializadas, com uma ou outra possível exceção. Somos uma sociedade extorquida, defraudada, sugada, explorada, e tudo sob a rubrica de democracia. E, também com exceções, os parlamentares brasileiros formam verdadeiras quadrilhas de bandidos engravatados, presunçosos, ardilosos, mas verdadeiros sanguessugas, parasitas e covardes.

Marcelo Gomes Jorge Feres

Rio de Janeiro

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TRANSFORMAÇÃO NO RIO DE JANEIRO

Nota-se o esforço de transformar o Rio de Janeiro novamente em um centro financeiro. Já foi no passado, pois tinha sede de grandes bancos, era praticamente a única bolsa de ações do País. Na época do open, foi o grande centro dessas operações com corretoras enormes, mas tudo isso ficou no passado. A Bolsa de São Paulo aprimorou tecnologicamente e se somou a bolsa de futuros, teve uma enorme internacionalização após o presidente Álvaro Augusto Vidigal ter mostrado no exterior – com muita competência – as qualidades da Bolsa paulista e das empresas ali negociadas. O Rio deveria esquecer esse sonho e trabalhar em cima da nova realidade. Tornar o Rio um grande centro turístico – como tentar trazer a Disney. Transformar o Rio em um grande centro da moda feminina e trazer os grande espetáculos de Nova York. Criar condições para se tornar um grande produtor cinematográfico. Enfim, seguir fortemente no setor de serviço, principalmente voltado para o turismo. Deveria também criar condições para que o Rio se transforme em um grande centro de tecnologia.

Marco Antonio Martignoni

São Paulo

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ALIANÇAS INIMAGINÁVEIS

Um acordo entre os Brics e a União Europeia pode se tornar realidade para conter os avanços de Donald Trump. A implosão da OMC e da OMS, e de vários outros organismos internacionais por Trump, pode levar a alianças antes inimagináveis. O isolamento que Trump está impondo à América pode ter o mesmo resultado prático que o Brexit teve para os ingleses: nada, zero. Uma grande bobagem e prejuízos bilionários para todos os lados.

Mário Barilá Filho

São Paulo

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GUERRA COMERCIAL

A respeito da imposição de tarifas do governo Donald Trump a vários países, entre eles o Brasil, dentro do mote America First, cabe, por oportuno, citar o que bem disse Eswar Prasad, professor de política comercial da Universidade Cornell (EUA): “A proposta de Trump equivale a uma declaração de guerra comercial total contra praticamente todos os principais parceiros comerciais dos EUA. É decepcionante ver o país que foi o principal proponente do livre comércio agora envolvido em um ataque direto aos princípios desse sistema”. No mesmo diapasão, o advogado tributarista Timothy Brightbill disse que “a medida é uma das maiores mudanças na política comercial dos EUA em mais de 75 anos, desde a criação do atual sistema de comércio multilateral ,em 1947”. Como se sabe, em uma guerra comercial, todos acabam perdendo. God bless America and the world.

J. S. Vogel Decol

São Paulo

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TARIFAS DE IMPORTAÇÃO

A postura brasileira de ver espaço para negociar com os EUA sobre tarifas a aço para evitar uma guerra comercial – que não faria bem a ninguém –, é uma forma comportamental mais adequada que podemos apresentar. O comportamento do líder americano, em querer taxar em 25% essa matéria-prima de todos os países que lhe fornecem esse material, é, como disse nosso ministro Fernando Haddad, uma postura de tentar uma desglobalização e é contraproducente para a economia global, podendo criar uma enorme crise para todos que produzem e utilizem tal material fundamental para os tempos atuais.

José de Anchieta Nobre de Almeida

Rio de Janeiro

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CORTINAS DE FUMAÇA

Este desgoverno federal não tem nada de bom para mostrar, tanto que trouxe um marqueteiro para a Secom. Lula esquece que não há marketing que venda um produto ruim. Agora, passa a valer-se de cortinas de fumaça representadas pelas revisões do passado para desviar a atenção do povo, aumentar a polarização e parar de cair na avaliação das pesquisas. Primeiro, querendo rever os efeitos da Lei da Anistia de 1979, pelas mãos do sempre militante, ex-ministro de seu governo e atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino. Depois, objetiva reabrir as apurações sobre a morte do presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, em 1976, por meio da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. Já que nossas autoridades estão querendo reexaminar o passado recente do País, deveriam se debruçar também sobre a morte do prefeito Celso Daniel, de Santo André, em 2002, a qual ainda não foi convenientemente esclarecida, tanto que sua viúva teve de se exilar no exterior. Fica aqui a sugestão para passar o Brasil totalmente a limpo, doa a quem doer. Debaixo desse tapete há sujeiras dos dois espectros políticos, com a mais absoluta certeza.

José Antonio Braz Sola

São Paulo

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JUSCELINO KUBITSCHEK

Uns e outros, os de sempre, querem exumar a história e lhe conferir sua versão. Se vão fazê-lo com Juscelino, poderiam também com Celso Daniel, Teori Zavascki, entre outros. Em tempo: mais fácil seria identificar o mandante da facada do Adélio Bispo.

Ademir Fernandes

São Paulo

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LERO-LEROS

O dia que o presidente Lula não pegar um microfone para seus intermináveis lero-leros, como diria Raul Seixas, será “o dia em que a Terra parou”.

Carlos Gaspar

São Paulo

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ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS

Topa Tudo por Dinheiro foi um programa exibido na televisão de 1991 a 2001. Uma nova versão acontece nos dias de hoje, não na televisão, mas na política brasileira. Trata-se do Topa Tudo por uma Eleição. Em vez de vários participantes na versão original, agora temos apenas um: Lula da Silva. O presidente topa tudo para ser reeleito em 2026. Tudo mesmo. O que for necessário para angariar votos e reverter a sua queda de popularidade, será feito. Não importa se isso será bom ou ruim para o País, desde que seja bom para Lula da Silva. Que país é esse? Ou melhor, que presidente é esse?

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

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ESCALADA DA VIOLÊNCIA

Para o excelentíssimo senhor Tarcísio Gomes de Freitas, governador do Estado de São Paulo. Com cópia para o excelentíssimo senhor Ricardo Nunes, prefeito do município de São Paulo; excelentíssimo senhor Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça; excelentíssimo senhor secretário nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça; excelentíssimo senhor Antonio Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal. Excelentíssimo senhor governador, dirijo-me a vossa excelência, como cidadão nascido e criado nesta cidade, pai de família, empresário, professor universitário, e, acima de tudo, brasileiro que ama São Paulo e este país, para externar um clamor que ecoa, angustiado, em toda nossa sociedade: precisamos agir com urgência diante da escalada de violência que ameaça vidas e corrói a liberdade em nossas ruas. Os episódios de assaltos violentos, sobretudo aqueles que resultam em mortes de inocentes – pais, mães, jovens, idosos – têm se tornado dolorosamente frequentes. São vidas ceifadas, sonhos interrompidos, lares desfeitos por uma brutalidade que nos deixa atônitos. Roubos de celulares, relógios, bolsas e carros, que, em segundos, terminam em execuções a sangue frio, diante de filhos, cônjuges, amigos e transeuntes. Esses crimes não são apenas números em estatísticas. São histórias interrompidas que poderiam ser as nossas. São lágrimas de mães e pais que poderiam ser as minhas. É o medo que, hoje, se senta à mesa com as famílias paulistanas e se deita conosco todas as noites. É a insegurança que nos faz duvidar se voltaremos para casa ao sair para o trabalho, para um jantar, ou mesmo para buscar nossos filhos na escola. Vivemos uma inversão perversa: aqueles que trabalham honestamente se sentem presos; aqueles que violam as leis circulam livres e impunes. O medo mudou de lado. Ele se alojou em nós, cidadãos de bem. E os criminosos, ao que parece, perderam o receio e o respeito pelas autoridades e pelas leis. Não podemos aceitar isso como normal. Não podemos nos resignar ao terror cotidiano. Excelentíssimo governador, sei que vossa excelência e o excelentíssimo prefeito Ricardo Nunes carregam sobre os ombros a responsabilidade e o compromisso de zelar pela segurança e pelo bem-estar do povo paulista. Sei também que o governo federal, por meio do Ministério da Justiça e demais instituições, tem instrumentos e poder para se somar a esse esforço. Por isso, meu apelo é dirigido a todos os senhores, homens públicos que detêm as condições e a legitimidade para liderar uma resposta firme e eficaz a essa crise. Precisamos de uma ação coordenada, imediata e vigorosa. Uma política de tolerância zero contra o crime nas ruas de São Paulo. Clamamos por operações ostensivas, pela presença visível das forças policiais, pela retomada dos espaços públicos, pelo fortalecimento da inteligência policial e por medidas que tragam de volta à nossa cidade o sentimento de segurança e respeito à lei. Precisamos que os criminosos saibam que aqui há governo. Que aqui a vida dos cidadãos será protegida a qualquer custo. Que aqui o medo voltará a pesar sobre quem escolhe o caminho do crime – e não sobre as famílias de bem. Sabemos que as soluções são complexas e exigem tempo. Mas não podemos mais esperar. Enquanto discutimos estratégias, pessoas morrem. Filhos não retornam para casa. Pais enterram seus entes queridos. Senhor governador, temos consciência dos desafios que recaem sobre vossa excelência e todas as autoridades aqui mencionadas. Respeitamos o trabalho que vem sendo feito, mas humildemente pedimos mais. Pedimos prioridade absoluta a essa causa. Que a segurança pública se torne o compromisso número um do seu governo. Porque sem segurança, tudo o mais se esvai: saúde, educação e desenvolvimento. Tudo perde sentido quando a vida é ceifada na esquina de casa. Peço que vossa excelência, ao lado do prefeito Ricardo Nunes, do ministro Ricardo Lewandowski e das demais autoridades, erga a voz e lidere esse movimento. Sejam, juntos, os arquitetos de uma nova era de segurança para São Paulo. Inscrevam seus nomes na história como aqueles que devolveram à maior cidade do país o direito à paz. O povo paulista clama por isso. Cada vida salva será um tributo à coragem de líderes que não se curvaram ao medo, mas enfrentaram o desafio com determinação e grandeza. Nós acreditamos que a vossa excelência pode. Nós acreditamos que São Paulo merece. Uma última reflexão, excelentíssimo senhor governador: sabemos que as autoridades públicas, por razões óbvias, contam com carros blindados e seguranças pessoais. Mas e nós, cidadãos comuns? Aqueles que pagam os impostos que sustentam essas estruturas? Não temos blindagem. Nossos filhos não têm escolta. Andamos pelas ruas desprotegidos, expostos à mesma violência que todos os dias enche os noticiários. Essa desigualdade nos causa dor e indignação. Queremos apenas o básico: o direito de viver e circular em paz. Que as ruas de São Paulo possam ser seguras tanto para o governante quanto para o governado. Senhor governador, por favor, olhe por nós. Dê-nos a segurança que permitirá que nossos filhos retornem para casa vivos.

Agostinho Turbian

São Paulo

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SEGURANÇA EM SÃO PAULO

Cidade abandonada. O Estado e a Prefeitura abandonaram a cidade por completo. Não se vê um carro de polícia para defender os cidadãos. Cada um que se defenda. Não se vê ninguém do CET para multar motos e bicicletas nas calçadas. Pobres pedestres. Não se vê fiscais para autuar construções irregulares. Vale construir nas calçadas. Vale tudo de irregular nessa cidade e nesse Estado. Pode matar para roubar celular. Motoboys podem chutar carros e apavorar famílias. Eles são os donos das ruas. Bicicletas podem trafegar nas calçadas assustando e tirando lugar dos pedestres. Essa é a cidade e o Estado em que vivemos. O errado aqui é o certo.

Gaspar Gasparian Filho

São Paulo

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COMBATE AO CRIME ORGANIZADO

Sabe-se tudo das organizações criminosas: o organograma, o faturamento por setores, a lista de corrompidos, quem são seus membros, áreas de domínio, os tipos de cigarros e bebidas falsificados, as armas que são contrabandeadas, as facções internacionais que elas têm acordo operacional. Se duvidar, sabe-se até a cor da cueca do líder. Só não vejo combate contra essas facções, tanto do governo estadual, quanto do governo federal. Pura ficção.

Vital Romaneli Penha

Jacareí