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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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Por Fórum dos Leitores
10 min de leitura

Ambiente

Onde está Marina Silva?

O Brasil e o mundo estão sendo assolados pelo desequilíbrio ecológico que provoca incêndios, alagamentos, desmoronamentos de encostas, secas que matam peixes e deixam comunidades ribeirinhas sem água até para beber. O fogo destrói o Pantanal, transformando-o num cemitério de animais a céu aberto, e o governo federal não reforça o combate ao fogo para estancar essa tragédia. Calaram Marina Silva? É este o compromisso do Brasil com a proteção mais que urgente do nosso bioma? Isso não pode continuar!

Jane Araújo

janeandrade48@gmail.com

Brasília

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À espera de um milagre

Ainda repercutindo o excelente editorial Governo lento, destruição veloz (Estadão, 13/11, A3), o texto alerta e pede urgência na solução das queimadas desenfreadas da Região Amazônica. Mas, enquanto os bichos-preguiça do governo dormem sossegados, R$ 4 bilhões do Fundo Amazônia hibernam no BNDES, à espera de um milagre. O banco informa que, em 11 meses, apenas dois projetos foram apresentados e, “se forem concluídos”, não chegarão a R$ 24 milhões. O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, admitiu que é preciso aprimorar o combate a incêndios e disse que no fim do ano o instituto deve apresentar um “projeto robusto” para a crise. Espero que esse projeto “robusto” também olhe com carinho os nossos imensos e cobiçados rios e afluentes da região que estão morrendo e levando com eles espécies mil de peixes, pelo uso indiscriminado do mercúrio, e não fique só nos focos de incêndios, porque lhe é cobrado. Para que o infortúnio não aconteça naquela região, é preciso agilidade e determinação, para que os bichos-preguiça da floresta não paguem um alto preço pela incompetência dos da selva de pedras.

Sergio Dafré

sergio_dafre@hotmail.com

Jundiaí

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Regulação

Assuntos urgentes

O artigo de José Roberto Mendonça de Barros e Maria Carolina Mendonça de Barros (Europa lidera importantes temas regulatórios, Estadão, 17/11, A4) presta um serviço valiosíssimo de bem informar os avanços na regulação europeia em temas importantes (concorrência, dados pessoais, big techs e inteligência artificial), mostrando que os Estados Unidos estão atrasados nesse campo. O artigo é um chamamento importante para nossos congressistas, que nada fizeram no Brasil até agora para regular esses assuntos. Essa negligência trará impactos negativos sobre o emprego, a renda e a qualidade de vida dos brasileiros por muito tempo.

José Pastore

josepastore1@gmail.com

São Paulo

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Guerra Hamas-Israel

Incursão em Gaza

No seu documento fundador, o grupo terrorista Hamas tem como explícito o objetivo de eliminar Israel. Após a chacina de 7 de outubro, não resta a esta democracia do Oriente Médio alternativa senão extirpar este câncer de grande agressividade que ameaça a sua subsistência. O mundo ocidental já teve essa experiência, reduzindo à insignificância organizações extremistas como o nazismo, a Al-Qaeda e o Estado Islâmico. Vale lembrar que, para combater um câncer, além da cirurgia para removê-lo, a Medicina faz uso de radioterapia e quimioterapia, que matam as células cancerosas restantes, mas também células sadias que estão nas suas proximidades, criando os chamados efeitos colaterais, que podem ser muito dolorosos. No entanto, ninguém que tenha um câncer de grande malignidade se nega a se submeter a esses tratamentos para se salvar. É de lamentar, profundamente, a morte de suas células saudáveis.

Boris Saginur

saginur@uol.com.br

São Paulo

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O Brasil no mundo

A política externa é o reflexo da identidade de um governo. Apoia tiranias quem aprova a violação da soberania de um país (a Rússia de Vladimir Putin invadindo a Ucrânia), a violência contra civis em outro (o Hamas atacando Israel) ou a mera intenção de expansão do território de um terceiro (a Venezuela anunciando anexar parte da Guiana). Essas ações são parte de um movimento global que está ameaçando a democracia em todo o mundo. Se no Brasil não formos capazes de nos opor a esse movimento, estaremos em breve vivenciando um ponto de não retorno – com momentos ainda mais sombrios.

Bruno Fernando Riffel

brunofriffel@gmail.com

Araxá (MG)

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

GUERRA DE ISRAEL

Por mais boa vontade que se tenha e respeito aos judeus que defendem seu povo, o povo eleito de Deus, como acreditam, não dá para ficar calado com tantas mortes de inocentes, principalmente de crianças, muitas recém-nascidas, sacrificadas pelas poderosas armas usadas pelos israelenses. Dizer que Israel é uma democracia e que avisa antes de detonar prédios não parece corresponder à verdade. O Hamas é grupo terrorista que Israel está aniquilando, mas a que preço? Dizem ser um povo odiado, mas se importam com isso? Certamente não, e seus argumentos para a matança indiscriminada que vêm promovendo parecem disfarces da pura vinganca que perpetram. Têm o direito de defender-se, mas não de sacrificar tantos inocentes que não deram causa ao terrorismo.

Ademir Valezi

valezi@uol.com.br

São Paulo

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GUERRA DA UCRÂNIA E DA PALESTINA

O mundo não consegue resolver duas guerras em curso: na Ucrânia há 641 dias e na Palestina há 41 dias. Não há qualquer sinal de possível solução de paz em nenhum dos conflitos, provando a incapacidade das Nações em resolver guerras regionais em fronteiras tão sensíveis e tão complexas. Estados Unidos e China são as únicas potências capazes de impor a paz aos países em guerra. Com a palavra Joe Biden e Xi Jinping, reunidos em São Francisco.

Paulo Sergio Arisi

paulo.arisi@gmail.com

Porto Alegre

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INVEJA DOS AMERICANOS

Aqui, nada muda para melhor, apenas para pior. E viva a nossa republiqueta de bananas, com três podres poderes, abertos para visitação dos poderosos do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Comando Vermelho (CV) e suas respectivas esposas, com passagem aérea e hospedagem inclusas no pacote. Afinal de contas, brasileiro é tão bonzinho.

Maria Carmen Del Bel Tunes

carmen_tunes@yahoo.com.br

Americana

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O SEU QUINTAL

O presidente Lula da Silva quer se mostrar como um grande estadista e se propõe a conduzir os acordos de paz em diversos lugares do mundo. Durante esses movimentos, fala um número de absurdos, que um presidente, no seu equilíbrio de pensamento, não deveria falar. Sugiro que o “estadista” cuide de seu quintal. É para isso que ele foi eleito. Preste atenção, por exemplo, no número de assassinatos que são cometidos no Brasil (quase 20 mil apenas no primeiro semestre de 2023), onde morrem crianças, mulheres, idosos e homens, como nas outras guerras que o presidente tem mencionado constantemente.

Mendel Szlejf

mendels4@gmail.com

São Paulo

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NEM PRECISA DE INIMIGO

Quem tem um presidente que apoia a Rússia e o Hamas; que desacredita do seu próprio ministro da Fazenda, dizendo que a meta de déficit zero para 2024 “subiu no telhado”; e que, além disso, demonstra seu desgoverno, passa a fomentar, indiretamente, o crime organizado, que, sabendo dessa deficiência, consegue que a Aeronáutica esconda da Polícia Federal os dados dos voos irregulares na Amazônia. Na verdade, com um presidente assim, nem precisa de inimigo.

Júlio Roberto Ayres Brisola

jrobrisola@uol.com.br

São Paulo

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AUMENTO DO FUNDO ELEITORAL

Um absurdo a proposta para aumentar o fundo eleitoral em 150%. Na realidade, quem quiser se eleger deveria pagar do seu próprio bolso.

Robert Haller

robelisa1@terra.com.br

São Paulo

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HORROR ARGENTINO

A exemplo do que aconteceu no Brasil, o povo argentino escolherá como presidente não o melhor, mas o menos pior, pois nem Sergio Massa nem Javier Milei satisfazem a maioria do eleitorado, segundo as pesquisas. A diferença é que, enquanto Lula herdou um país relativamente estável sob o aspecto econômico, amparado por um Banco Central independente, responsável e preocupado com o controle da inflação, a Argentina vai escolher entre um ministro da Economia que pouco fez para conter a hiperinflação de 140% e um aventureiro que, entre outras aberrações, acha que Banco Central não serve para nada. Com um agravante: quando Lula pede ao povo argentino que eleja “um presidente que goste de democracia”, lê-se “vote no Massa que, como eu, não acha importante conter o gasto público”. O horror econômico argentino está longe de terminar. Resta torcer para que não nos contamine.

Luciano Harary

lharary@hotmail.com

São Paulo

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GOLPISTAS E PENAS

Se os paus mandados executores das ações golpistas do dia 8 de Janeiro estão sendo condenados a penas entre 10 e 17 anos, qual será a condenação para os financiadores do golpe e de Jair Bolsonaro, o líder e sua entourage de políticos e militares de pijama? A ação do Judiciário tem que se efetivar com o rigor previsto na lei, para que novas tentativas não venham a pôr em risco nossa democracia.

Sylvio Belém

sylviobelem@gmail.com

Recife

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8 DE JANEIRO

Um silêncio que me incomoda. Estou com receio de que somente os “peixes miúdos” sejam apenados em virtude dos crimes praticados contra a nossa democracia na Praça dos Três Poderes no dia 08 de Janeiro de 2023. Os idealizadores da tentativa de golpe precisam ser mostrados ao País. E mais, precisam sofrer o rigor da lei. Muitos deles devem estar por aí cantando o hino nacional e gritando “Brasil acima de tudo”. Confesso que a ansiedade por ver os órgãos de comunicação noticiando seus nomes está me tirando o sono e me faz roer as unhas. Eu apostei que isso não vai terminar em pizza, não quero perder. Aos que estão apreciando os processos eu imploro: ajudem-me a dormir direito, não me deixem ficar sem as unhas e não permitam que eu perca a aposta. Como eu, milhões de brasileiros aguardam ansiosos pelo desfecho.

Jeovah Ferreira

jeovahbf@yahoo.com.br

Taquari (DF)

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ENEL

Diante da inaceitável e intolerável demora em atender a muitas cidades do Estado de São Paulo e milhares de cidadãos afetados pela falta de energia elétrica por dias seguidos causada após o temporal diluviano do início de outubro, não poderia ser mais oportuna a atitude do prefeito Ricardo Nunes (MDB) de pedir à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) o cancelamento do contrato de concessão da Enel para o fornecimento. Em vez de Enel, melhor chamar a companhia italiana de (S)enel: sem energia elétrica. E sem vergonha na cara!

J. S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo

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MONOPÓLIO SOB O COMANDO DE ESTATAIS ESTRANGEIRAS

Oportuníssima a matéria apresentada pela jornalista Renata Okumura Após novo apagão, prefeito de SP diz ter pedido cancelamento da concessão da ENEL (Estado, 17/11, A10). Esse pedido do prefeito, segundo a reportagem, decorre da falta de atenção da empresa aos apelos do prefeito quanto à qualidade dos serviços prestados pela concessionária. Segundo ele, “O problema é grave. É uma péssima companhia para a cidade”. Em outras palavras, no seu entendimento, os investimentos da Enel em melhorias e/ou reforço da rede de distribuição, simplesmente, não acompanharam a evolução da demanda. Por que a empresa não se antecipou ao mercado com realização de obras, como é natural e rotineiro numa concessionária de eletricidade que busca a perpetuidade de seus resultados financeiros no médio e longo prazo? Porque essa empresa Enel é uma estatal e obedece ao comando do seu dono, neste caso o governo italiano, cujos interesses e prioridades não são necessariamente os do prefeito de São Paulo. É o que dá quando a “privatização” é mal feita. O serviço regido pelo monopólio tem que ter regras de transferência de patrimônio e comando de forma diferente dos serviços concorrenciais onde o próprio mercado define preços (tarifas) e níveis de qualidade. No mundo inteiro é assim. Isso que os consumidores paulistanos estão sentindo pode se tornar muito e muito mais grave se a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep), também de São Paulo e detentora do comando do mais pesado e monopolístico sistema de extra-alta-tensão da região sudeste, por qualquer motivo ditado pelas prioridades do governo colombiano, seu maior acionista, deixar de investir. No processo recente de capitalização da Eletrobras, a possibilidade de um grupo econômico poderoso ou de um país estrangeiro ditar o ritmo dos de seus investimentos – podendo conflitar com os planos de desenvolvimento do Brasil – ficou devidamente equacionado pela exigência da pulverização do capital. À par das providencias mais imediatas para resolver os problemas de São Paulo, os governos estadual e federal deveriam, com a mesma urgência, cuidar dessa estratégica questão: a nacionalização dos serviços públicos brasileiros.

Nilson Otávio de Oliveira

noo@uol.com.br

São Paulo

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ANTES TARDE DO QUE NUNCA

O sr. prefeito de São Paulo tomou a decisão de rescindir o contrato mantido com a Enel, rescisão esta que esperamos que não demore a ser autorizada pelos órgãos competentes. Após a aludida legal rescisão contratual, o predito sr. prefeito deveria tornar a por em prática de sua administração as podas das árvores e a “caiação” de seus troncos, como por décadas foi feito, em vez de gastar dinheiro do contribuinte “pintando guias” das principais avenidas paulistanas, ato/fato que protege as árvores contra “cupins” e outros que tais. Saliente-se que até em Buenos Aires, apesar da crise pela qual passam os argentinos, as árvores são anualmente podadas. Isso posto, estarão sendo tomadas medidas que, por incontáveis décadas, eram adotadas e, por conseguinte, não ocorria a infindável quantidade de árvores que caem em nossa capital paulista.

Fernando de Oliveira Geribello

fernandogeribello@gmail.com

São Paulo

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TEMPORADA DE CHUVAS

O verão já chegou. O País bate recordes de temperaturas elevadas, o que é o prenúncio de fortes chuvas. Eu pergunto: o que as prefeituras, em particular dos municípios do estado do Rio de Janeiro, fizeram em termos de drenagem de rios e canais, limpeza de bueiros e tubulações, contenção de encostas, etc? É hora de cobrar para depois não chorar. A natureza está alterada e as chuvas devem ser mais volumosas e perigosas. Que os atuais prefeitos venham às mídias informando as obras realizadas para prevenção de acidentes no verão. Aguardemos essa postura, no mínimo informativa, para sabermos em quem votamos e quem merece o nosso voto.

Roberto Solano

robertossolano@gmail.com

Rio de Janeiro

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VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES

Combater a violência contra as mulheres exige uma abordagem abrangente e conscientização generalizada, como bem destacado pelo lamentável episódio que vitimou a apresentadora Ana Hickmann. Educação desde cedo, promovendo valores de respeito e igualdade, é fundamental. Reforçar leis rigorosas e garantir sua aplicação eficaz é essencial para dissuadir agressores. Estabelecer centros de apoio e abrigos para vítimas, oferecendo suporte psicológico e jurídico, fortalece a recuperação. Fomentar campanhas de conscientização para desafiar estereótipos de gênero e encorajar denúncias contribui para uma cultura cada vez menos machista e mais segura. As empresas também têm um papel, promovendo ambientes de trabalho inclusivos. Juntos, podemos construir uma sociedade onde as mulheres de todas as classes sociais vivam sem medo e em igualdade.

Luciano de Oliveira e Silva

luciano.os@adv.oabsp.org.br

São Paulo

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POUPANÇA PARA ESTUDAR

A escola para mim sempre foi um lugar de prazer. Prazer pela busca do conhecimento, novas amizades, interação com diversos grupos e suas crenças, onde se aprende a compartilhar experiências vivenciadas no dia a dia. Quando me deparo com a notícia de que o governo estuda implantar um programa visando dar uma poupança aos alunos de baixa renda, ao terminar o ensino médio, fico pensando o quanto estudar é ruim para esses alunos que precisam receber para estudar, enquanto os pais que têm condições pagam bons professores para ensinar seus filhos. Estamos vivendo sinais trocados. Não estão faltando bons professores e ensino de qualidade? Esse programa do governo visa encobrir a falência das escolas públicas, onde o ensino é tão ruim que nem pagando será fácil atrair alunos para o estudo. E pior, encontraram uma forma de encobrir a pobreza cultural subornando os alunos, quando o correto deveria ser incentivá-los a aprender e conquistar seu lugar no mundo.

Izabel Avallone

izabelavallone@gmail.com

São Paulo