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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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Por Fórum dos Leitores
8 min de leitura

Gastos públicos

Pensões ilegais

Com centenas de milhares de famílias que passam fome no Brasil, ler a matéria veiculada pelo Estadão ontem (27/3, A7), com a informação de que a Controladoria-Geral da União (CGU) identificou um prejuízo anual de R$ 145 milhões à União com o pagamento ilegal de pensões a herdeiras de ex-diplomatas, ex-juízes, ex-parlamentares e de outras categorias públicas, não há como não se revoltar.

Pedro Sergio Ronco

sergioronco@uol.com.br

Ribeirão Bonito

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Indecência

A notícia publicada no Estadão ontem de que filhas solteiras de ex-servidores públicos recebem pensões num total de R$ 3 bilhões por ano é chocante. Além disso, muitas dessas mulheres são casadas ou ingressaram no serviço público, o que tornou ilegal o recebimento de tais pensões. Certamente, não devolverão os valores recebidos ilegalmente. Esse tipo de notícia nos envergonha a ponto de termos até o desejo de não nos expormos como brasileiros. Não entendo como um país sério possa patrocinar tanta indecência com o dinheiro público. Uma possível solução seria tornar essas mulheres servidoras compulsórias e cassar imediatamente sua vergonhosa pensão. Depois, demiti-las, a bem do serviço público.

Ademir Valezi

valezi@uol.com.br

São Paulo

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Inconstitucional

O Brasil não é para amadores. Quando quer, faz uma reforma previdenciária draconiana (vide 2019), mas, para proteger algo que viola os princípios constitucionais da moralidade, da razoabilidade, da igualdade e da justiça social, mantém a vergonhosa pensão para filhas de servidores que supostamente não são casadas e não têm trabalho (porque não querem) em pleno século 21. Lamentável.

André Brawerman

andrebrawerman@gmail.com

São Paulo

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Lei de 1958

Muito oportuna a matéria do Estadão que ilumina a situação absurda das pensões pagas a filhas de ex-servidores da União. Essas pensões, além de injustas e imorais, na conjuntura do clima de busca de igualdade de gêneros que vivemos, são de um machismo atroz. Mais justo seria transferir o auxílio para filhas de favelados, que são privadas de oportunidades no nascedouro. É preciso tornar caduca a lei de 1958.

Eurico Cabral de Oliveira

oliveiraeurico499@gmail.com

São Paulo

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Governo Lula

‘Embromation’

Quando candidato à Presidência, Lula era questionado sobre qual seria o plano econômico do seu governo, e ele respondia que era candidato e só o apresentaria quando eleito. Eleito e já se aproximando dos cem dias de governo, na semana passada foi adiada a apresentação do famoso novo arcabouço fiscal. Em economia, vê-se que o presidente é só embromation, mas já escolheu um culpado pelos problemas: o presidente do Banco Central.

Vital Romaneli Penha

vitalromaneli@gmail.com

Jacareí

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Autonocaute

Lula tornou-se o padre Kelmon de si mesmo. No ringue político, onde qualquer vacilo é fatal, Lula resolveu socar a própria cara em busca do autonocaute. Se continuar assim – rancoroso, vingativo e boquirroto, num cenário de economia agônica –, o petista em breve beijará a lona ao som da contagem regressiva. As cinzas de Bolsonaro já começam a tomar a forma de uma fênix. As outrora cinzas de Sérgio Moro já se transmutaram em asas. A direita permitiu a volta da esquerda ao poder. A esquerda, agradecida, está devolvendo a gentileza.

Túllio Marco Soares Carvalho

tulliocarvalho.advocacia@gmail.com

Belo Horizonte

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Novo Pacaembu

Bairro desrespeitado

Projetos como o do novo Pacaembu (Estadão, 27/3, A18) são muito atraentes para os responsáveis, principalmente em termos financeiros. Mas os moradores do bairro estritamente residencial a cada ano pagam um IPTU mais caro para residir neste espaço tombado pelo patrimônio histórico, que vem sendo desrespeitado todos os dias: ruas de traçado estreito e antes tranquilas transformadas em estacionamentos a céu aberto, muitas vezes em portas de garagem, impedindo a entrada e a saída dos moradores, sem falar nos eventos aos domingos na Praça Charles Miller, que atraem logo cedo um público barulhento, em flagrante desrespeito à Lei do Silêncio.

Vera Bertolucci

veravailati@uol.com.br

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

ATAQUE NA ESCOLA

A morte da professora Elizabeth Tenreiro, de 71 anos, esfaqueada por um aluno de 13 anos de uma escola na capital paulista, confirma nossa tese de que a escola não é local próprio para educação e introdução dos conceitos de civilidade. Estes deveriam ser, sim, trabalho dos pais. A escola deveria ser local de formação instrucional de matérias científicas e clássicas que permitam aos jovens prepararem-se para um futuro digno e competente nas profissões que abraçarem. Os jovens chegam aos bancos escolares sofrendo bullying e carregando enorme conteúdo de jogos violentos de computador sob a complacência dos pais. Se os governos, em todos os níveis, não tomarem uma providência rápida para estancar esses ataques, nosso futuro será de guerra civil constante no cotidiano da sociedade.

Mário Negrão Borgonovi

marionegrao.borgonovi@gmail.com

Petrópolis (RJ)

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TREINAMENTO DOS PROFESSORES

O ataque no colégio Thomazia Montoro chocou muito! Tanto a Secretaria da Educação quanto a da Segurança Pública têm que treinar todos os que estão na escola para evitar uma tragédia dessas. Minha sugestão: duas pessoas irem em cima do agressor portando cadeiras, afinal, cadeiras existem em todas as escolas.

Áries Borges

aries.borges@gmail.com

Campinas

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POLÍTICA COVARDE

Perdi recentemente um ente querido de forma brutalmente covarde, como mais uma vítima do banditismo desenfreado que impera na cidade do Rio de Janeiro. Tudo acontece num contexto em que o presidente do País resolve, na questão da segurança pública (pasmem!), dar prioridade ao conforto, proteção e apoio ao criminoso encarcerado. Seu discurso é de que as cadeias estão cheias de gente inocente. Enquanto isso, o cidadão trabalhador, respeitador da lei, pagador dos impostos e muitas vezes chefe de família, vai sendo aniquilado pela violência, como um pária da sociedade que ele próprio sustenta.

Marcelo de Lima Araújo

marcelodelimaaraujo@yahoo.com.br

Rio de Janeiro

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VIOLÊNCIA

A violência aumentou e tem aumentado dia a dia. Falta pouco para nos trancarmos em casa? E vai adiantar? O que os impede que invadam? Já estão escancaradamente no asfalto, ostentando suas armas. Mas esperavam o quê? O padrinho deles está no poder. Que compromisso tem este governo com a segurança pública? Nenhuma. Não precisa dizer mais nada. Não adianta ficar dizendo “vamos ver aonde vai parar”. Vai parar dentro dos nossos lares. É o objetivo?

Panayotis Poulis

ppoulis46@gmail.com

Rio de Janeiro

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QUEM MANDOU MATAR MORO

Infelizmente há muitos inquéritos em andamento no País sobre mortes a esclarecer, inclusive localizar os mandantes, mas os que causam mais repercussão são as mortes imprescindíveis esclarecer de Marielle Franco e seu motorista, de Celso Daniel e de quem mandou matar Sergio Moro.

Arcangelo Sforcin Filho

arcangelosforcin@gmail.com

São Paulo

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TAXAR E-COMMERCE ASIÁTICO

A intenção do governo e do Congresso de taxar as compras realizadas em e-commerce asiáticos está sendo mal recebida pela população que faz uso habitual desse tipo de comércio, e não sem razão. Os produtos vendidos são bem mais baratos do que os equivalentes nacionais, o que torna essa modalidade atrativa para pessoas com baixo poder aquisitivo. Lula vem falando reiteradamente que quer cobrar menos impostos dos pobres e, assim, estimular o consumo na população de baixa renda. Só que, ao taxar os asiáticos sem contrapartida nacional, o governo vai na contramão do que propõe: aumenta os impostos e esfria o consumo. Tropeça nas próprias incoerências.

Luciano Harary

lharary@hotmail.com

São Paulo

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AVALIAÇÃO DO BOLSA FAMÍLIA

O Bolsa Família é um tradicional programa de assistência social do governo brasileiro e muito necessário, diga-se. Mas o que o Estado faz para que o número de dependentes desse programa seja menor ao longo dos anos? A fome, a miséria, precisam sim ser combatidas e é dever do Estado garantir segurança alimentar às pessoas mais necessitadas, mas, aliado a isso, é necessário que haja uma política de inserção dos mais pobres no mercado de trabalho, através de educação de qualidade (desmantelada nos últimos quatro anos) e de formação profissional para que o País evolua, cresça, desenvolva-se. Enquanto os mais pobres forem apenas moeda de troca para períodos eleitorais, a pobreza não saíra das casas dos nossos irmãos brasileiros.

Matheus A. C. Queiroz

matheusadrian11@hotmail.com

São Paulo

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PROMESSAS DO GOVERNO LULA

Prometeu picanha, já mudou para abóbora e, em breve, tudo indica que vai virar chuchu. E ninguém arrisca dizer o que ainda pode acontecer até chegar no prato.

Jorge Alberto Nurkin

jorge.nurkin@gmail.com

São Paulo

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ELEITORADO ENGANADO

Lula da Silva foi eleito por uma diferença pequena de votos de Jair Bolsonaro, tem um começo de governo ridículo e é muito mal avaliado até por petistas históricos. Conseguirá continuar enganando seu eleitorado até quando? Ele só vive de discursos eleitorais. Já cansou!

Luiz Frid

fridluiz@gmail.com

São Paulo

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MUNIÇÃO PARA A OPOSIÇÃO

Lula, como presidente que está, tem que conter seus comentários. O peixe morre pela boca, já dizia o velho ditado. Além do quê, vingança não é bem-vista em tão importante cargo, e dá tremenda munição para oposição.

Maria do Carmo Zaffalon Leme Cardoso

zaffalon@uol.com.br

Bauru

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TOM E JERRY

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em entrevista que “não faz parte de sua rotina ler jornais e revistas, acompanhar blogs e redes sociais, e que TV só vê o que a Janja coloca”. Provavelmente sua rotina preferida deve ser o desenho Tom e Jerry, que vivem se pegando. Porque até agora não saiu do palanque onde ninguém o interpela, questiona nem cobra, e destruir o legado do ex-presidente Bolsonaro como “herança maldita” virou sua ladainha preferida. Só que, enquanto isso, em quase cem dias de governo, “la nave va”.

Beatriz Campos

beatriz.campos@uol.com.br

São Paulo

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MARINA SILVA

Marina Silva, a ambientalista que fala muito e que de prático, até agora, não mostrou a que veio. O desmatamento na Amazônia aumentou consideravelmente, os garimpos clandestinos continuam a todo vapor e a ilustre ambientalista, assim como todo político, sobrevoou regiões do Estado do Acre para ver os danos provocados pelas copiosas chuvas. É mais do mesmo.

J. A. Muller

josealcidesmuller@hotmail.com

Avaré

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FUNCIONALISMO PÚBLICO

União paga 4 mil pensões irregulares a filha solteira de ex-servidores, diz CGU (Estado, 27/3, A7). Essa é a grande herança deixada por uma enorme quantidade de servidores públicos, que viveram uma carreira de benesses, com o dinheiro dos nossos impostos. Nos deixam para sustentarmos suas mulheres e filhas, que nem se preocupam com a regra que as proíbem de se casarem ou assumirem empregos públicos.

Abel Pires Rodrigues

abel@knn.com.br

Rio de Janeiro

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PRESENTES RECEBIDOS POR AUTORIDADES

Tem relevância a reportagem O depósito onde estão os presentes de Tarcísio (27/3, A8). O conteúdo suscita indagações análogas. Por exemplo, onde e como serão guardados os valores recém-devolvidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e sua mulher, na sequência de seu encaminhamento aos cofres da Caixa Econômica Federal? Que setor do Planalto seria responsável pela guarda e conservação das peças que se supõe integrarem o acervo atual? O local seria aberto à visitação? A bem da transparência em assuntos de interesse público, avalio de toda pertinência uma matéria a respeito.

Patricia Porto da Silva

portodasilva@terra.com.br

Rio de Janeiro

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VIVA JUCA CHAVES

Um minuto de silêncio em respeito ao talento originalíssimo do músico e humorista Juca Chaves, recém-falecido aos 84 anos. Chamado de “menestrel maldito” por Vinícius de Moraes, o artista foi perseguido e exilado na Europa por suas críticas contra a ditadura militar (1964-1985) em forma de modinhas de humor ácido e bem-humorado. Acompanhado por seu alaúde medieval e o figurino em que se destacava estar sempre descalço nas apresentações em shows pelo País e em programas de TV. Um de seus mais criativos lances de marketing para causar impressão no público foi deixar estacionado por anos na pista do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, um pequeno avião com pintura chamativa psicodélica, batizado de Sdruvs, que não tinha motor, apenas a carcaça, fato conhecido apenas por poucas pessoas. Viva Juca Chaves!

J.S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo