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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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Por Fórum dos Leitores
8 min de leitura

Comércio global

A guerra de Trump

Quanto tempo vai levar para os Estados Unidos se darem conta de que Donald Trump não é uma pessoa adequada para comandar o país? Quantos trilhões de dólares em prejuízos os americanos estão dispostos a engolir? O resultado prático da agressividade de Donald Trump contra tudo e contra todos vai pavimentar o caminho para a China assumir o papel de novo líder mundial, abraçando de bom grado todos os parceiros comerciais que Trump está jogando pela janela. O Canadá vai perceber que pode ganhar muito mais exportando petróleo e gás para a Europa; a China poderá encontrar no México o grande parceiro para produzir seus carros elétricos; e a Europa já pode vislumbrar um futuro promissor em parceria com a China e com a Rússia pós Vladimir Putin. Os americanos deveriam oferecer anistia total a Donald Trump em troca de sua renúncia à presidência do país.

Mário Barilá Filho

São Paulo

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Congresso Nacional

Tudo na mesma

Discordo parcialmente do título do podcast Estadão Analisa de ontem (3/2), comandado pelo jornalista Carlos Andreazza: Sai Alcolumbre, entra Alcolumbre. Sai Lira, entra Lira. O correto seria “sai Pacheco, entra Pacheco”. Bravatas à parte, sabemos que de fato pouca coisa vai mudar, lamentavelmente, nas relações amigáveis entre o Poder Judiciário, o Executivo e o Legislativo, agora presidido por Hugo Motta, na Câmara dos Deputados, e por Davi Alcolumbre, no Senado. Estes dois pouco farão para conter a desastrosa gestão de Lula da Silva e as arbitrariedades do Supremo Tribunal Federal. Em última análise, trocou-se seis por meia dúzia.

Maurilio Polizello Junior

São Paulo

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Reminiscências

Congresso sob nova direção: Davi Alcolumbre, no Senado, e Hugo Motta, na Câmara, darão as cartas nos próximos dois anos. Hugo Motta (Republicanos -PB), debutando, obteve 444 votos; e Alcolumbre, veterano (União Brasil-AP), 73 votos. A nova cúpula, como afirmou o Estadão (2/2, A6), “vai pressionar Lula por ministérios e emendas”, inclusive com reunião já agendada. Ou seja, tudo segue “como dantes no quartel de Abrantes”. E o povo (ora, o povo), citado en passant nos discursos, ficará, como de costume, para um segundo plano.

Sergio Dafré

Jundiaí

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Serviço

Em discurso na solenidade de eleição do novo presidente da Câmara, Hugo Motta afirmou ter três prioridades: “Servir ao Brasil, servir ao Brasil, servir ao Brasil”. Sua eleição por 444 votos foi comemorada com um banquete para 2 mil convidados, com direito a show de cantor de forró (Coluna do Estadão, 3/2, A2). O serviço já começou.

Patricia Porto da Silva

Rio de Janeiro

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A festa do Centrão

A festa da eleição de Hugo Motta reuniu políticos de direita, esquerda e centro, tudo junto e misturado. Todos nos comes e bebes do dia visando a uma boquinha nos próximos anos.

Carlos Gaspar

São Paulo

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Infraestrutura

Um alerta à conservação

Ótimo o texto do engenheiro Clovis Luciano Teixeira, Do Castelo de Chazelet ao Rio Tocantins (Estadão, 2/2, A4). Além de manifestar a sua – e a nossa – indignação com a queda da Ponte JK sobre o Rio Tocantins, em dezembro de 2024, deu-nos uma deliciosa aula de história sobre o concreto. Agradeço.

Jussara Helena Beltreschi

Ribeirão Preto

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Mobilidade

Respeito e disciplina

Boa a notícia de que a Promotoria cobra ações da Prefeitura para reduzir mortes no trânsito em SP (Estadão, 3/2, A16). Mas um ponto importante tem de ser abordado: faixas azuis, limites de velocidade impostos ao léu, sem base científica ou lógica, etc., de nada servem quando o desrespeito e a indisciplina imperam. É o caso do trânsito assassino de São Paulo. Todo mundo faz o que lhe convém, principalmente motoqueiros que exigem – às vezes com insultos e ameaças – seus direitos, sem respeitar os direitos alheios. Os raros bons motoristas e motociclistas pagam um alto preço só para tentar sobreviver. E o que fazem a Prefeitura, CET e Detran? Focam em mais radares para tornar mais eficiente a gestão das multas, uma estatal arrecadatória. Lamentável caminho para a degeneração da cidade.

Paulo Cesar Rivetti

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

AFRONTA

O segredo de Janja (Estadão, 3/2, A10). Janja continua dando de ombros aos questionamentos de sua agenda. Como afirmou Rui Costa, ministro da Casa Civil, a primeira-dama não exerce nenhum cargo, mas tem comparecido a eventos representando o Brasil e seu marido. Muito oportuna a pergunta do jornal: se Janja não é funcionária do governo, por que ela representa o presidente quando há um vice-presidente para esse fim? Não precisa ir muito longe para observar como o casal está unido. Quando Lula esteve internado, tudo foi feito para Geraldo Alckmin não assumir. Essa não seria a estratégia do governo, não dar chance para o vice? Ou nessa República há dois vices, um de direito e outro de fato? De nada adianta citar a Constituição se quem deveria cumpri-la a ignora. É afronta?

Izabel Avallone

São Paulo

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BASTA

A respeito do editorial O segredo de Janja (Estadão, 3/2, A10), cabe dizer que não é da conta de ninguém se a esposa do presidente Lula pinta e borda dentro de casa, tomando decisões e influenciando o dia a dia do lar, mas é da conta de todos os brasileiros ela pintar e bordar no Palácio do Planalto desde o primeiro dia da posse sem exercer qualquer função pública, a não ser o cargo informal de primeira-dama, como esposa do mandatário. Já passou da hora de que um freio de arrumação imponha limites à sua atuação à frente de decisões governamentais e eventos no Brasil e exterior, tomando o lugar do presidente ou do vice. Já basta, Janja.

J. S. Vogel Decol

São Paulo

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GESTÃO LULA

Direita dividida garante dianteira de Lula nas intenções de voto para 2026, mostra pesquisa (Estadão, 3/2). Reza a lenda que, certa vez, Josef Stalin tomou uma galinha em sua mãos e a depenou completamente. Logo após, ofereceu milho ao animal torturado que, sangrando, veio alimentar-se alegremente nas mãos de seu algoz. Os futuros eleitores de Lula representam, inquestionavelmente, a galinha de Stalin. Estão sendo depenados por este sofrível governo, mas por terem inteligência semelhante ao do estúpido bípede, continuarão comendo milho pelas mãos de seu medíocre carrasco, para decepção e tristeza de boa parte do povo brasileiro que raciocina, e não merece mais uma gestão Lula da Silva.

Maurilio Polizello Junior

Ribeirão Preto

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O QUE MERECE

Uma pesquisa Quaest mostra que 30% dos brasileiros tem um problema sério de visão. Não é astigmatismo, não é miopia, não é hipermetropia, é cegueira funcional, ou seja, apresentam dificuldade de interpretar informações. O governo Lula 3 está no negativo, tem mais gente que rejeita do que apoia, mas a pesquisa mostra que ele venceria as eleições em 2026 contra todos os nomes apresentados. Quando será que o brasileiro, em especial o nordestino que faz o L incondicionalmente, vai entender que existe vida além do lulopetismo? Lula não tem plano de governo, só tem plano de perpetuação no poder. Mas o povo não enxerga. Lula faz o Brasil passar vergonha internacional com a sua obstinação em achar que foi escolhido por Deus para acabar com as guerras. Mas o povo não enxerga. Lula, com sua gastança desenfreada, está levando o País para um buraco sem fundo. Mas o povo não enxerga. Lula saiu da prisão pela porta dos fundos do Supremo Tribunal Federal (STF), e hoje, o STF, lotado de amigos, é o principal aliado do seu governo. Mas o povo não enxerga. Lula 3 é um governo fraco, pífio, à mercê do Centrão, com o custo dos alimentos em alta, a inflação corroendo a vida dos mais pobres e o presidente acha que tudo é um problema de comunicação. Mas o povo não enxerga. Resumo da história: cada povo tem o governo que merece.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

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BOM DE BICO

Lula da Silva: com idade avançada, saúde frágil e desaprovado por 49% dos entrevistados numa recente pesquisa. Mesmo assim, se sagraria vencedor nas eleições presidenciais de 2026. Que Lula é bom de bico e de voto, isso ninguém discute, mas, fica claro que o eleitor brasileiro gosta de sofrer.

Jose Alcides Muller

Avaré

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VIDA GLAMOUROSA

Lula perde prestígio entre seus eleitores, perde prestígio no mundo político de Brasília, mas está sendo um grande ídolo para primeira-dama Janja, pois ela nunca imaginou ter uma vida tão glamourosa.

Luiz Frid

São Paulo

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PERSPECTIVA

O País já se encontra em clima de eleição presidencial – a principal – a ser realizada daqui a pouco menos de dois anos. Até lá, as lideranças não pensarão com seriedade nos graves problemas da Economia – a serem empurrados com a barriga –, da segurança pública, cada vez mais comprometida, e da educação, mal classificada em termos internacionais, responsável pela grande parcela dos jovens em estado próximo ao analfabetismo. São alguns aspectos fundamentais que gradativamente perderão o foco para dar lugar às costuras das alianças e às nomeações cruciais – por quem controla a máquina – necessárias ao andamento das campanhas. Tudo indica, porém, que os mais prováveis disputantes serão os mesmos titulares da presidência nas últimas décadas, marcadas por crescimento pífio e tempestades de corrupção – amainadas pela Corte Suprema – e que, por vaidade e arrogância, relutam em aceitar o aparecimento de novos valores no cenário do poder, o que certamente condenará o Brasil a uma continuidade viciada e incapaz de melhorar o nível de vida do povo. É a perspectiva para os próximos meses.

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

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CENTRÃO

Nem de esquerda e nem de direita, o Centrão está cada vez mais esbanjando suas vontades. Faz o que há de melhor para satisfazer seus desejos de consumo. Se respeitam entre si para obter as benesses de um governo impopular e que está em pleno declínio nas pesquisas, e, que assim, se tornou refém do Centrão. Já pressionaram Lula da Silva para que mantenha e respeite a liberação das emendas parlamentares realizadas por Pix, para que não haja transparências da maracutaia. E foram mais além. Já avisaram que não garantem apoio ao inquilino do Palácio do Planalto. Na verdade, quem dá as cartas no País, sem dúvida, é o inescrupuloso Centrão, e o demiurgo vai ter que se submeter aos seus caprichos: locupletação geral. Pobre Brasil.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

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CENÁRIO DESOLADOR

De nada adianta o Ministério Público de São Paulo cobrar do prefeito Ricardo Nunes ações concretas destinadas a reduzir o número de acidentes de trânsito e nem o alcaide se defender dizendo que a criação das faixas azuis exclusivas para motociclistas foi a solução mágica encontrada para resolver o problema. Pois o motivo principal de tantas mortes e acidentes se resume a três palavras: falta de educação, no sentido amplo do conceito. Não fosse a indisciplina e a irresponsabilidade de não poucos condutores, ciclistas, motociclistas e até de pedestres, muitos acidentes seriam evitados e não há plano de ação mágico capaz de mitigar esse tipo de comportamento, uma vez que comportar-se bem no trânsito envolve conscientização, ética e cidadania, ou seja, conceitos básicos pessoais de civilidade. As leis existem e são eficazes, mas só isso de nada adianta. É um cenário desolador.

Luciano Harary

São Paulo

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BRIGA DE TORCIDAS

O Coliseu na Veneza brasileira – este poderia ser o título do pior filme de terror do ano, mas, estupefatos e atônitos, assistimos a cenas reais de violência brutal cometida por torcidas – ou melhor, facções organizadas – no último fim de semana nas ruas de Recife. Voltando à referência romana e há milhares de anos, tínhamos a política do pão e circo. No Brasil, o pão varia conforme o vento; a última associação foi cerveja e picanha, agora com valores proibitivos. Mas o circo sempre foi – e sempre será – o futebol. Arrisco dizer que essa é uma das razões de sermos o eterno país do futuro (que nunca chega). Caminhamos a passos largos – e torço para que cheguemos o quanto antes – à radicalização de permitir apenas a torcida do time mandante em qualquer campeonato – de jogo de botão a futebol – que envolva agremiações esportivas, e, por consequência, a presença de organizadas. Complementando essa medida radical, sugiro prisão com pena máxima trabalhada para todos os pseudo torcedores que participarem de brigas de torcidas. Talvez assim, finalmente, algo mude. Quem em Brasília terá coragem de levantar essa bandeira?

Fábio Soares

São Paulo