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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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12 min de leitura

STF

Advogado de defesa

Dias Toffoli perdoa dívida bilionária da Odebrecht, após perdoar dívida de bilhões da J&F. Tanto a família Odebrecht quanto os irmãos Batista admitiram a corrupção cometida. São réus confessos. Para o ministro, houve irregularidades nos processos dos ingênuos, pobres e injustiçados empresários. Toffoli é muito melhor como advogado de defesa do que como juiz do Supremo Tribunal Federal (STF).

Paulo Sergio Arisi

paulo.arisi@gmail.com

Porto Alegre

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Ministério da Justiça

A posse de Lewandowski

A posse do ministro Ricardo Lewandowski no Ministério da Justiça tende a oferecer tranquilidade ao governo. Amigo pessoal de Lula, que em 2006 o nomeou ao STF, ele certamente evitará as polêmicas com congressistas e as ações marqueteiras do antecessor, que, por sua vez, para garantir aprovação na sabatina do Senado, prometeu aos parlamentares levar ao tribunal apenas o jurista e deixar o político no seu currículo e na vida pessoal. Menos problema para o amigo presidente, que já os tem aos montes. A troca, pelo que se vê a distância, atende às conveniências tanto de Lula quanto de Lewandowski e do próprio Flávio Dino, que continuam prestigiados e com espaço para atuar. O currículo de Lewandowski o identifica como um experiente e equilibrado político, qualidade desejada a qualquer dos ministros e nem sempre encontrada nos nomeados ao posto. A escolha de Mario Sarrubbo, até então chefe do Ministério Público de São Paulo, para a Secretaria Nacional de Segurança Pública e de Manoel Carlos de Almeida Neto, seu ex-secretário no STF, para a Secretaria-Geral leva à conclusão de que o novo ministro tem em mente um trabalho firme. É de esperar que consiga colocar o ministério na vanguarda. Espera-se que consiga aperfeiçoar os recursos às polícias estaduais e que, em vez de com elas concorrer, as apoie e, na medida da necessidade, oriente. Neste momento de festa, é preciso lembrar, no entanto, que o novo ministro e sua equipe devem tomar cuidado com os contumazes inimigos da polícia e da segurança. Com seus interesses, que vão dos votos, passam pelo ideológico e chegam às finanças, eles já prejudicaram muito o bom desempenho do setor. Para bem servir o governo do seu amigo que o nomeou, evite-os.

Dirceu Cardoso Gonçalves

tenentedirceu@terra.com.br

São Paulo

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Congresso Nacional

Prerrogativas e deboche

O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), apresentou ao presidente da Casa um conjunto de propostas para “resguardar a democracia e reafirmar as prerrogativas dos congressistas” – entre elas um processo de anistia como forma de “apaziguar” o País – após as operações policiais que atingiram os deputados Carlos Jordy (PL-RJ) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). Ou o senador é ousado o suficiente para falar em anistia e apaziguamento sem enrubescer ou ele não entende nada de democracia. Pois um país só é plenamente democrático se, por meio de um sistema judiciário livre, julga e pune infratores e criminosos, inclusive parlamentares. Parlamentar que propõe anistia de seus próprios pares debocha da sociedade.

Luciano Harary

lharary@hotmail.com

São Paulo

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Abin

Fiscalização omissa

Nos eventos relacionados à Agência Brasileira de Inteligência (Abin), merece maior destaque a omissão da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI). Conforme informa o Relatório de Atividades CCAI 2023, esta se limitou a solicitar informações, documentos e depoimentos, afirmando que vai analisa-los e dando por cumpridas suas atribuições. Não se constata no documento a realização de qualquer atuação incisiva, proativa, dos parlamentares integrantes, que em tempo real buscasse a atuação da agência agora revelada como antirrepublicana. Assim, fica novamente constatado que nossos congressistas são velozes e furiosos quando prevalece o interesse próprio, e lentos e pachorrentos quando se trata do interesse coletivo.

Honyldo Roberto Pereira Pinto

honyldo@gmail.com

Ribeirão Preto

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‘Segredo de política’

Sabem por que a espionagem da Abin causa tanto temor? Porque muitos têm algo a esconder. Aqui, no Brasil, tudo corre em “segredo de política”.

Luiz Frid

fridluiz@gmail.com

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

À LUZ DA DEMOCRACIA

As suspeitas contra o vereador Carlos Bolsonaro, acusado de participação em esquema de espionagem ilegal durante o governo Jair Bolsonaro, é apenas mais um capítulo do que foi a administração vergonhosa e mal intencionada do ex-presidente. A ideia de um golpe de Estado não surgiu de repente. Esteve presente na mente de Jair Bolsonaro e de seus seguidores desde o primeiro dia de governo. Seu sonho sempre foi o de conquistar os militares e a população e implantar uma ditadura em que ele seria o supremo mandatário. Essa história todos sabemos. O que surpreende é que o ex-presidente ainda goza de significava popularidade por parte não só de simpatizantes da extrema direita, mas também de quem não gosta nem de Lula da Silva nem do PT e não enxerga outra alternativa a não ser o perigoso fundamentalismo fascistoide. Para estes, não há caminho intermediário. A democracia brasileira é sólida; resistiu a Bolsonaro e suas investidas golpistas e resistirá a outras de quem quer que seja. É preciso agora conversar e debater, seja de qual vertente política for, sempre à luz da democracia e da legalidade. O tempo do grito e do culto à personalidade já foi.

Luciano Harary

lharary@hotmail.com

São Paulo

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ALIANÇA ENTRE EXECUTIVO E JUDICIÁRIO

Na primeira página do Estadão de 2/2 noticia-se uma aliança entre o Executivo e a Suprema Corte. Que ninguém pense que essa aliança seja positiva, pois é exatamente o oposto. Entre os Poderes deve haver respeito e harmonia, mas “aliança” é o primeiro passo para a ditadura. Está aí a Venezuela, com Nicolás Maduro, para confirmar meu entendimento.

Joao Paulo de Oliveira

jp@seculovinteum.com.br

Cabo Frio (RJ)

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CHEFE DA SECOM

Desagradado com a avaliação do governo Lula da Silva no ranking de percepção da corrupção, Paulo Pimenta atribuiu-a a falhas de metodologia da Transparência Internacional. O petista havia citado a mesma instituição, porém, como referência depreciativa às gestões Michel Temer e Jair Bolsonaro, em publicações no ex-Twitter. De onde se conclui que Pimenta nos olhos dos outros não arde.

Patricia Porto da Silva

portodasilva@terra.com.br

Rio de Janeiro

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COMEÇO DE ANO

2024 começou com aumentos de impostos, preços e promessas. Para o povo brasileiro resta esperar o dinheiro cair do céu ou as migalhas das arrecadações milionárias de Brasília e dos Estados. Certeza mesmo do céu, temos as chuvas fortes, inundando e destruindo cidades, e dos políticos ricos, descaso e ausência em programas de TV que mostram as desgraças de sempre. Se as eleições fossem no começo do ano, ninguém se elegeria neste país.

Carlos Gaspar

carlos-gaspar@uol.com.br

São Paulo

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ELEIÇÕES MUNICIPAIS

Nasci e passei a infância e adolescência no interior – em inúmeras localidades onde meu pai serviu como soldado da então Força Pública – mas estou em São Paulo – que completou 470 anos – desde a juventude e aqui constituí família e círculo de amizades e fiz toda a carreira na Polícia Militar. Alegrei-me com o sucesso e fiquei triste com os insucessos da nossa metrópole por mais de cinco décadas. Apesar de todos os problemas de uma comunidade gigante, sou feliz por ter o destino me trazido a viver e cumprir minha trajetória nesta terra abençoada de Anchieta, Nóbrega e incontável número de expoentes que a fundaram e trouxeram até nossos dias. Procuro, sempre, fazer a minha parte. Hoje, preocupam-me as eleições – de prefeito e vereador – marcadas para outubro. Incomoda vê-las potencializadas por lideranças nacionais e antagônicas. Se pudesse, diria a cada conterrâneo (é assim que considero cada paulistano) que antes de escolher em quem votar, tanto para o Executivo quanto para o Legislativo, em vez de decidir por conselho ou simpatia a líderes que vivem em Brasilia ou outras praças, o façam por conhecer o candidato e, de preferência, cravando na urna os nomes daqueles que, na sua opinião, possam melhor resolver os problemas. Ainda mais: gostaria de aconselhar aos eleitores de todos os 5.568 municípios brasileiros que elegem prefeito e vereadores que não abram mão de escolher os que lhes pareçam melhores e mais comprometidos com a comunidade onde vivem.

Dirceu Cardoso Gonçalves

tenentedirceu@terra.com.br

São Paulo

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POLARIZAÇÃO EM SÃO PAULO

No PSDB a coisa não anda nada bem. Depois que João Doria fez uma revolução no partido e quebrou a cara, pois passou anos sonhando com a Presidência do Brasil, o partido está sem rumo. Saiu Geraldo Alckmin, saiu Andrea Matarazzo, e outros ameaçam sair. Assim como no PT, em que não há ninguém para substituir Lula, o mesmo acontece no PSDB, que hoje está à deriva. Estão pensando em apoiar Tabata Amaral, que após o primeiro turno irá para o colo de Guilherme Boulos, assim como fez Simone Tebet, que era crítica do PT e caiu no colo de Lula. De novo, nada, a história se repete, bobo é quem entra na barca furada de certos candidatos para ter visibilidade e vendem a alma ao diabo. Depois não adianta criticar. Em São Paulo a polarização se dará entre Ricardo Nunes e Boulos. O eleitor paulistano conhece a ambos e poderá fazer sua escolha no menos pior. A São Paulo maltratada continuará sendo um lugar inseguro para se viver, uma cidade cujo transito é caótico, sem contar os apagões na cidade. Em épocas de eleições se vê obras em toda a cidade, mas de nada adianta um viaduto aqui, um asfalto ali e um buraco consertado acolá. O fato é que o dinheiro recolhido das multas, do IPTU e outros impostos nunca é empregado em benefício daqueles que vivem em SP, mas serve a outros propósitos. Desde já o eleitor deve estar atento ao que fez o seu vereador e o que propõem os candidatos à Prefeitura. Nem sempre as promessas são cumpridas e, apesar de aparecerem muitas opiniões, as soluções nunca vêm.

Izabel Avallone

izabelavallone@gmail.com

São Paulo

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TABATA AMARAL

De quem Tabata Amaral tira mais votos? De Ricardo Nunes ou de Guilherme Boulos?, pergunta o Estadão (31/2). Espero que tire todos os votos dos dois marmanjos e se eleja prefeita de São Paulo, para o bem da maior cidade do Brasil.

Paulo Sergio Arisi

paulo.arisi@gmail.com

Porto Alegre

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APOIO NO SEGUNDO TURNO

Gostaria que a Prefeitura de São Paulo fosse ocupada por uma jovem mulher, porém, o que me preocupa é que, se ela não conseguir ir para o segundo turno, irá apoiar um conhecido invasor de propriedades, e isso não apoio e São Paulo não merece. Sniff...

Tania Tavares

taniatma@hotmail.com

São Paulo

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AVENIDA EUROPA

A Avenida Europa e suas adjacências, locais de caminhadas familiares com seus pets aos finais de semana, se transformou numa espécie de extensão do autódromo de Interlagos, regada a bebidas alcoólicas e churrasco em praça pública. Os pseudopilotos que ali trafegam arriscam a vida dos transeuntes em aceleradas meteóricas, fritadas de pneus no asfalto com seus escapamentos adaptados, emitindo estrondos muito além do permitido por lei, acordando um bairro inteiro, o qual saudosamente já foi pura harmonia e prazer de se viver. Esta história não para por aqui. Faz algum tempo que esses passaram a ser ovacionados por barracas montadas ilegalmente em calçadas públicas, vergonhosamente obrigando cadeirantes a desviarem seus trajetos. A falta de respeito ao cidadão de bem e o desafio às leis parece não ter fim. Aos domingos já é possível se alimentar em restaurante armado a céu aberto em praça pública. Oportunistas armam churrasqueira de aproximadamente dois metros de extensão, colocam suas cinco mesas em cima da vegetação verde e oferecem variado cardápio regado a cerveja. Ao final do dia, saem de cena os “pilotos”, seus admiradores e os oportunistas e entram os ratos para o banquete dominical deixado para trás, como restos de comidas e engradados de cerveja. Lamentável! Sugiro à Prefeitura/Subprefeitura de Pinheiros que mude o nome para Avenida do Vale Tudo, pois não há qualquer fiscalização, e quando procurada a resposta chega a ser hilária: “Senhor, favor aguardar 30 dias para um fiscal ir ao estabelecimento onde existe o restaurante ambulante e ilegal”. Ocorre aos domingos, Prefeitura de São Paulo. Será que escrevendo vocês conseguem assimilar e tentar garantir a ordem e o direito de ir e vir em segurança do cidadão que paga seus impostos em dia?

Eduardo Foz de Macedo

efozmacedo@gmail.com

São Paulo

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CRESCIMENTO DO ITAIM BIBI

Eu moro há muitos anos no bairro do Itaim Bibi em São Paulo. Cheguei quando havia poucos prédios, víamos o Morumbi da nossa janela e acompanhamos esse crescimento desordenado ao longo dos anos. De manhã cedo, levando os filhos para a escola no transporte público, passávamos ao lado da fábrica da Kopenhagen, com aquele perfume delicioso de chocolate. Naquela época, e por muitos anos em seguida, passavam os guardas a pé e multavam os poucos carros que estacionavam em local proibido, e havia um respeito geral pelas normas do trânsito. Atualmente o bairro ficou complicado pela enorme quantidade de construções que foram feitas, aqueles guardas que impunham respeito desapareceram, as ruas viraram um festival de autos e motos estacionados em locais proibidos, veículos transitando na contramão e pelas calçadas, pedestres ignorando a utilização das faixas e atravessando as ruas no meio dos carros, lendo seus celulares sem se importar com o mundo em sua volta. Quando chove, e também com tempo seco, os semáforos param de funcionar e, quando são consertados, passam a funcionar em tempos descoordenados com o fluxo do trânsito. Quando os semáforos mudam do verde para o vermelho, muitos veículos aceleram para atravessar o cruzamento, aumentando o risco de acidentes. É uma pena ver que a ausência da autoridade faz com que o desrespeito à lei seja geral. Nossos governantes deveriam reverter isso.

Aldo Bertolucci

aldobertolucci@gmail.com

São Paulo

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ATENDIMENTO DA ENEL

A Enel presta um desserviço à população de São Paulo. No atendimento presencial, enquanto negocia-se uma releitura do relógio, exagerada, possivelmente com erro, manda a cartório de protesto os seu clientes. Atendente manda você reclamar com a Ouvidoria e não espera o resultado, manda para o cartório, sujando o nome do usuário. Antiético, e o atendimento nas lojas físicas é horrível, deficitário, desonesto.

Ronaldo Rossi

ronaldo.rossi1@terra.com.br

São Paulo

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TOLERÂNCIA ZERO PARA O CRIME

Diante do preocupante e atemorizador recrudescimento da ação do crime organizado em São Paulo, sobretudo no centro e na região da Santa Ifigênia e Cracolândia, envolvendo arrastões, roubos, assaltos e invasões de lojas, ocasionando grave crise no comércio eletrônico de um bairro inteiro, a única solução à vista que cabe aos governos municipal e estadual é a adoção imediata da política implantada em Nova York pelo então prefeito Rudolph Giuliani, a partir de 1994, que gerou expressivos bons resultados, como a diminuição de 61% dos assassinatos e 44% dos crimes em geral: tolerância zero.

J. S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo

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SEGURANÇA FORA DO CENTRO

A Coluna do Estadão de 28/1 (A2) se referiu ao potencial do centro de São Paulo. Sendo eu morador de bairro da zona sul da capital, desde 2023 tenho a impressão que os paulistanos (e contribuintes) de fora do centro estão sendo prejudicados pela gestão da segurança pública, cujos responsáveis (Estado e município) estão muitíssimos empenhados em revitalizar o centro. De fato, lá a sociedade local e os grupos econômicos exercem pressão eficaz. Por isso é facilmente perceptível o aumento de contingente e de viaturas da Polícia Militar e da Guarda Civil Metropolitana (GCM) na região central, além da atuação duplicada das forças em uma mesma rua, praça, quarteirão. Enquanto isso, a Rocam/PM (eficiente nos corredores de trânsito, na perseguição de falsos entregadores e ladrões de celulares em vias, ruas e vielas de periferias) praticamente desapareceu dos batalhões de área; também não se vê policiamento entre 5h30 e 8h, pico de movimentação de trabalhadores saindo de casa. A minha sensação de prejuízo se confirmou na semana de 22 a 26 de janeiro, porque constatei que em frente à Catedral da Sé (diante de uma viatura da GCM) havia a Base Móvel Comunitária da Polícia Militar de prefixo “M-02****”. O prefixo “02″ indica que a viatura é pertencente ao 2.º BPM-M, do extremo leste da capital. Quanto à GCM, ela seria muito eficiente nos bairros e periferias, se estivesse diante de cada patrimônio público municipal (UBS, Emei, praças, logradouros), mas, exceto neste ano eleitoral, ela nunca é vista. A região central (moradores, comerciantes, investidores e especuladores) está sendo privilegiada com linhas de crédito, isenções e remanejamento de recursos e equipamentos de segurança pública. O centro está se reconfigurado para ser majoritariamente turístico, de lazer e (re)ocupado por moradores de elevada renda. Os gestores públicos (estadual e municipal) querem que o paulistano, sem segurança nos bairros, se desloque para o centro? Querem que o paulistano consuma no centro e lá gere ISS e ICMS? Não é negligenciar demais a população dos bairros e periferias? O centro é importante e precisa de cuidados. São os mesmos cuidados que os paulistanos dos bairros e da periferia devem também receber. Ao Ministério Público cabe fiscalizar e coibir a astúcia de certos administradores, porque segurança pública é direito de todos e dever do Estado.

Eduardo Figueredo de Oliveira

eduardo.foliveira@hotmail.com

São Paulo

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POLICIAMENTO EM SÃO PAULO

Encontramos policiais estacionados em alguns pontos, aguardando uma ocorrência sem que observem o entorno. Dias desse um casal idoso circulando na Rua Teodoro Sampaio, vindo do metrô Faria Lima, perguntou para o policial onde ficava a Rua Pedroso de Morais, e a resposta foi: “Não sei, senhor, não sou desse bairro”. Esse policial poderia procurar no Google Maps e informar que a rua ficava duas quadras acima, mas não, ficou lá como figurante.

Claudia Lessa

crlessa18@gmail.com

São Paulo

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BAÓBA DA UNICAMP

Há vários significados para a destruição do baobá (árvore-símbolo da cultura africana) que tinha sido plantada, em 2019, na Praça da Paz do campus da Unicamp no distrito de Barão Geraldo, em Campinas. A árvore já tinha sofrido um primeiro ataque em dezembro do ano passado e, agora, um segundo ataque foi fatal. Ressentimento e ódio contra a diversidade das pessoas (cultural, social, racial e sexual) e a existência das cotas demonstram intolerância e desrespeito num ambiente acadêmico que deveria tanto procurar evitar a discriminação de qualquer gênero como primar pela pesquisa científica, pelo debate de ideais e pela difusão do conhecimento. Atacar uma árvore demonstra falta de diálogo para enfrentar os problemas de convivência dentro de uma universidade pública de renome internacional.

Luiz Roberto da Costa Jr.

da_costa_junior@hotmail.com

Campinas