Fórum dos Leitores

Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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Por Fórum dos Leitores

Segundo turno

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Palavra de político

O velho ditado “o que político fala não se escreve” se confirma novamente. Na campanha eleitoral, cansaram-se de criticar Lula da Silva e, agora, Ciro Gomes usa a desculpa esfarrapada de que acompanha o partido e Simone Tebet diz que a tal democracia está mais garantida com o petista, logo ele, fã de Fidel, Ortega e Maduro. É desanimador o coletivo dos políticos brasileiros. Não adianta ter esperanças porque, enquanto políticos interesseiros grassarem em Brasília, nosso país jamais sairá do atoleiro.

João Paulo O. Lepper

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jp@seculovinteum.com.br

Cabo Frio (RJ)

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‘Pais do Plano Real’

O Plano Real foi criticado pelo PT, considerado a “herança maldita” deixada por Fernando Henrique Cardoso. Ao apoiar a candidatura de Lula, os agora “avós do Plano Real” precisam que alguém os lembre do que aconteceu ao longo dos anos 1990.

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Lilia Hoffmann

liliahoffmann@yahoo.com.br

São Paulo

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Medo político

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Vivemos momentos muito tensos. O adesismo de muitos governadores a Jair Bolsonaro, um sujeito que comprovadamente fez o pior governo do Brasil de todos os tempos, entregando o Orçamento ao Centrão, que agora fala até em institucionalizar o orçamento secreto. Além disso, nunca tivemos um medo tão escancarado da violência dos adversários. No passado, víamos carros com várias bandeiras desfilando durante as campanhas, defendendo seus candidatos. Neste ano, só havia os com a bandeira nacional, que foi surrupiada pelos bolsonaristas. Os estacionamentos das empresas eram uma vitrine para ver quem estava com quem. Nestas eleições, ninguém ousou defender seus candidatos. O medo se apoderou de todos. Tem tudo para piorar.

Jane Araújo

janeandrade48@gmail.com

Brasília

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Candidatos a autocrata

Bolsonaro e Lula do lado errado na Ucrânia (7/10, A5) explica-se pela admiração de ambos ao êxito de Vladimir Putin como autocrata pleno da Rússia – e, como de costume, não se importam com o declínio da importância do Brasil no mundo democrático.

Suely Mandelbaum

suely.m@terra.com.br

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São Paulo

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Classe Z

Só pode ser piada de péssimo gosto o presidente da República pedir o Nobel de Economia para o seu ministro da área, Paulo Guedes. Ora, passamos por três anos e meio terríveis com o “Posto Ipiranga” e seu chefe dando de ombros para as agruras da população e culpando os outros pelos seus resultados pífios. Agora, quando a economia foi inflada artificialmente em véspera de eleições, ambos reivindicam os louros da fictícia melhora econômica. Bolsonaro e Guedes, em quase quatro anos, só conseguiram criar uma nova categoria social no País, a classe Z, que está espalhada pelos semáforos de todo o Brasil.

Sandro Ferreira

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sandroferreira94@hotmail.com

Ponta Grossa (PR)

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Prêmio Nobel

Brasileiros indicados

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Mais um ano de jejum para os brasileiros no Prêmio Nobel. Mesmo assim nos enaltece rever a lista de brasileiros que em certo ano chegaram a ser indicados: Alysson Paulinelli, Barão do Rio Branco, Chico Xavier, Dom Hélder Câmara, Dom Paulo Evaristo Arns, Herbert de Souza, Irmã Dulce, Marechal Rondon, Maria da Penha e Zilda Arns (Paz). Alceu Amoroso Lima, Carlos Drummond de Andrade, Coelho Neto, Érico Veríssimo, Flávio de Carvalho, Guimarães Rosa, Jorge Amado, Jorge de Lima e Lygia Fagundes Telles (Literatura). Adolfo Lutz, Antônio Cardoso Fontes, Carlos Chagas e Manoel de Abreu (Medicina). César Lattes e Mario Schenberg (Física). Johanna Dobereiner e Otto Gottlieb (Química).

Jorge de Jesus Longato

financeiro@cestadecompras.com.br

Mogi-Mirim

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Ultraprocessados

Desrotulando

Importante a matéria sobre alimentos ultraprocessados (8/10, B7). Para ajudar a escolher melhor, há o aplicativo Desrotulando, que analisa os ingredientes dos produtos através do código de barras e os avalia com uma nota de 0 a 100, além de fornecer opções mais naturais. O aplicativo, desenvolvido por professores da Universidade de São Paulo (USP), é rápido e pode ser usado no supermercado pelo scanner. Escolher o que se come é fundamental para a qualidade de vida.

Maria Ísis M. M. de Barros

misismb@hotmail.com

Santa Rita do Passa Quatro

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

CHEQUE EM BRANCO

Lula da Silva e Jair Bolsonaro são as duas piores opções à Presidência. Não podemos assinar cheques em branco endereçados a eles. Entretanto, essa tragédia pode e deve ser minimizada por todos apoiadores dos candidatos, condicionando seus apoios a seguirem a Constituição apresentando por escrito seus programas de governo, principalmente nos seguintes assuntos fundamentais, que devem ser também cobrados nos debates: economia e responsabilidade fiscal; combate à miséria e à fome; geração de empregos; educação; segurança pública; segurança da nossa pátria; proteção do meio ambiente e das nossas florestas; proteção dos povos indígenas; alinhamento com as potências ocidentais e com a Otan; proteção da nossa democracia e oposição a regimes ditatoriais como os da Rússia, China, Coreia do Norte, Irã, Cuba, Venezuela, etc.; saúde pública e vacinação nos moldes de países civilizados como Reino Unido, França, EUA, Itália, Israel e Alemanha; proteção das mulheres; elaboração de uma nova Constituição; fomentar o turismo na Amazônia, colocando a cultura indígena como uma de suas atrações mais importantes.

André Miguel Fegyveres amf8118@gmail.com São Paulo

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TRADIÇÃO DEMOCRÁTICA

A senadora e ex-candidata à Presidência da República Simone Tebet afirmou seu voto era a favor da democracia e da Constituição quando optou por apoiar Lula no segundo turno. Verdade que o outro candidato não tem sido muito transparente em suas declarações tumultuadas e supostamente anticomunistas. Mas o candidato do PT e os caciques do partido não têm tradição democrática. O apoio ostensivo a Cuba, Venezuela e Nicarágua indicam claramente em que time jogam. Na mesmo edição em que está essa notícia, leio que o ex-chanceler Celso Amorim, assessor de Lula para assuntos internacionais, condenou as sanções impostas à Rússia pelo Ocidente como irresponsáveis (Estado, 7/10, A5). A concordância, ou mesmo a omissão, com a invasão de um país não é, nem nunca foi, considerada uma atitude democrática.

Raul Mario Ribeiro raul-mario@uol.com.br Curitiba

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ARREPENDIMENTO

Nunca me arrependi de um voto meu tão rapidamente como o que fiz em Simone Tebet no primeiro turno destas eleições. Em compensação, Mara Gabrilli, em quem eu já havia votado para o Senado, lavou a minha alma. Parabéns à senadora! Saiu engrandecida destas eleições.

José Roberto dos Santos Vieira jrdsvieira@gmail.com São Paulo

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TEBET E LULA

Tebet definitivamente encerra sua carreira política ao se tornar petista de Lula. É o fim da picada.

Ariovaldo Batista arioba06@hotmail.com São Bernardo do Campo

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APOIO INEXPRESSIVO

Inacreditável o deslumbramento de alguns setores diante do apoio inexpressivo de Simone Tebet, senadora em fim de mandato e sem votos, ao candidato Lula. O acontecimento, transformado em notável notícia nos redutos petistas, trocando em miúdos, não é nada, não é nada, não é nada mesmo. Na própria terra da boquirrota Tebet, ela teve, no primeiro turno da disputa presidencial, 79 mil votos. Números suficientes, no máximo, para eleger-se deputada federal. Não se pode negar a Tebet a melancólica façanha de desunir e desestruturar o partido dela, o MDB, no País todo. Esfacelou a agremiação política outrora acostumada a históricas conquistas democráticas e eleitorais. No frigir dos ovos, caso Lula vença o pleito, Simone vai conseguir o que planejou, detalhe por detalhe, desde o início da campanha: um cargo no governo.

Vicente Limongi Netto limonginetto@hotmail.com Brasília

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FHC

O nosso ex-presidente Fernando Henrique Cardoso declarou seu voto em Lula "por uma história de luta pela democracia e inclusão social". E se esqueceu da roubalheira incrível do PT? Que democracia é essa?

Helio Teixeira Pinto helio.teixeira.pinto@gmail.com Rio de Janeiro 

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ALTERNÂNCIA NO PODER

Como bons democratas, queremos alternância no poder, mas desprezamos os candidatos do 13 e o do 22. E ficamos sem opção. Agora, seguindo Montesquieu, seremos obrigados a optar pelo número do azar para um mínimo de alternância.

Nevino Antonio Rocco nevino_a_rocco@yahoo.com São Bernardo do Campo

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REELEIÇÃO

Desde que foi instituída a reeleição no Brasil, os candidatos que estão no cargo usam tudo aquilo que fizeram nos quatro anos anteriores para seduzir e garantir seus eleitores. Por que razão então a campanha de Jair Bolsonaro se prende a agredir o adversário, espalhar mentiras que nem ele acredita? Falar em fechamento de igrejas, perseguição a pastores, kit gay, banheiro unissex nas escolas é muito baixo, rasteiro e chulo. Mas é o que sobrou para quem ficou quatro anos fazendo campanha em palanques diversos, motociatas, andando de moto aquática nas duas férias anuais e não trabalhou efetivamente pelo País. Peça para Jair, um filho dele ou um apoiador dizer quais foram as obras realizadas. Quantas universidades foram entregues? Quantos hospitais novos foram entregues ao povo? O que foi feito pela segurança pública? Quais as ações realizadas para preservar o meio ambiente? A resposta será: "Mas e a corrupção do PT há 12 anos atrás?".

Rafael Moia Filho rmoiaf@uol.com.br Bauru

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TSUNAMI POPULISTA

Muito se fala no escândalo da Petrobras, mas pouco se fala sobre o custo total por morto por covid, o que, dependendo da forma como se faça o cálculo, dá um outro roubo da Petrobras para o País. Temos praticamente 700 mil mortos por covid no Brasil, sendo que especialistas e cientistas dizem que a má gestão do governo Bolsonaro pode ser responsabilizada por algo em torno de 200 mil mortes. Segundo o site do Tribunal de Contas da União (TCU), a "pandemia já custou mais de R$ 600 bilhões aos cofres federais". Nesse cálculo possivelmente deve entrar (assim espero) custo estimado de investimento em formação/educação e perda de produtividade dos brasileiros mortos. Normalmente esses cálculos são feitos sem olhar para efeitos periféricos ou colaterais, o que acaba diminuindo o tamanho do desastre. A diferença entre o roubo na Petrobras e possíveis cálculos sobre o custo Brasil dos 200 mil brasileiros mortos é que as planilhas e o balanço anual da Petrobras estão estampados na cara de quem quiser ver, o que o não acontece com as vidas perdidas em inúmeros dados difíceis de serem localizados, até porque não interessam a todos esses populistas que temos aí. É muito possível que o Brasil, nesta última década, tenha picado algo em torno de R$ 1,5 trilhões, ou mais, uma loucura. Qualquer que seja o resultado das eleições, a situação do Brasil será ruim, muito ruim. Não precisa de o Credit Suisse quebrar, não vai precisar da recessão em um terço do planeta em 2023, que o Banco Mundial está anunciando, não precisa de mais nada. O tsunami de populismo que vem varrendo o Brasil dá cabo de qualquer má notícia transformando-a em uma subavaliação do desastre. Espero que, para piorar ainda mais a situação, não se vote por colocar as instituições em risco. Um pouco menos desvairados não nos fará mal.

Arturo Alcorta arturoalcorta@uol.com.br São Paulo

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PESSOAS DE BEM

Sinto-me extremamente envergonhado por ter o presidente Bolsonaro, que enaltece as armas de fogo e nega eficiência de vacinas, concorrendo ao segundo turno das eleições. Ainda mais envergonhado é por existirem compatriotas que votam e apoiam esse ser abjeto que demonstra diariamente ser despreparado para o cargo, incapaz de amar o próximo, desprovido de básicos preceitos morais ou éticos, que frequenta todas as seitas e religiões, mas seu único deus é o dinheiro. Por outro lado, fica óbvio que seus apoiadores têm a mesma mentalidade tacanha e mesquinha, que não cabe em nosso mundo globalizado e mantido por laços de cooperação e conservação do meio ambiente. Urge alertarmos os inocentes sobre o perigo em votar neste desgoverno, porém não devemos discutir com aqueles que conscientemente pensam e agem como ele, pois são incapazes de dialogar. Confio no discernimento das verdadeiras pessoas de bem, livres e de bons costumes que trabalham em prol da liberdade, igualdade e fraternidade para todos, não apenas para alguns poucos escolhidos.

Daniel Marques danielmarquesvgp@gmail.com Virginópolis (MG)

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MARGEM DE ERRO

Partindo do princípio de que as pesquisas eleitorais exercem influência na votação do eleitor no tocante ao voto útil, é imperioso que se crie leis para punir aquele instituto cujo resultado apresentado extrapole a margem de erro – como foi o caso da votação em primeiro turno. Afinal, não é justo que um candidato seja penalizado por uma pesquisa eleitoral errônea, quiçá desonesta. Urge a criação dessa norma regulamentar, sob pena de distorção do processo eleitoral.

Deri Lemos Maia derimaia@yahoo.com.br Araçatuba

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IMAGEM DA CORTE

Há de reconhecer que o Supremo Tribunal Federal (STF), que representa o Judiciário, é um dos Poderes mais importantes da República, mas convenhamos que, nos últimos anos, ministros como Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, entre outros, extrapolaram suas funções e começaram a denegrir a imagem da Corte. Agora devem refletir sobre seus direitos e obrigações, conforme reza nossa Constituição, para voltarem a ter respeito e reconhecimento dos brasileiros.

Luiz Frid fridluiz@gmail.com São Paulo

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'TERRIVELMENTE FARDADO'

O senador eleito Hamilton Mourão já começa a dar qual a sua vertente como senador ao propor o aumento do número de ministros do STF. Quer o controle e a possibilidade de, quem sabe, indicar um "terrivelmente fardado".

Marcos Barbosa  micabarbosa@gmail.com Casa Branca

* 'BARQUEATA'

O presidente Bolsonaro estava a bordo do navio Garnier Sampaio, de nossa gloriosa Marinha, que conduziu a imagem peregrina da Virgem de Nazaré no tradicional Círio Fluvial, quarta romaria oficial da grande festividade dos irmãos paraenses, no sábado, 8/10. Em razão desse religioso pecado, não me surpreenderei se os doutos do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibirem a veiculação das imagens da Romaria pela mídia em geral. Ainda que o façam, por inusitado despotismo pagão, nada estancará a fé do brasileiro na Justiça do onipotente, onipresente e oniscente Pai, que vai além de qualquer doutrina, liturgia, patrulhamento, ativismo e coerção de nossos togados ditadores extremos. Todos são bem-vindos. Deus a todos abençoa, independentemente da ideologia e crença do pecador. A propósito, senador Randolfe Rodrigues, mãos à obra. Urge que seus amigos do STF assinem três dias para o presidente informar o porquê de participar da procissão, inoportuna para o momento eleitoral, embarcado em um navio da Marinha do Brasil. Visando ao ressarcimento do candidato à União, em diligência, o subserviente TCU deverá apurar os custos da "indecente barqueata", dirão os autoritários corregedores de aluguel. Parece mais um absurdo inconstitucional, e é. Nada diferente do que vem ocorrendo rotineiramente até então. Deus, salve o Brasil!

Celso David de Oliveira david.celso@gmail.com Rio de Janeiro

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FAIXA AZUL

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) acerta com a faixa azul para motocicletas, porém não vejo nenhuma fiscalização da Polícia Militar (PM) ou da CET contra a alta velocidade das motos e a falta de respeito às regras de trânsito, e nenhuma ação de educação dos motociclistas. A maioria dos acidentes com motos é por total falta de responsabilidade dos motociclistas, e os órgãos públicos nada fazem. Bastaria a CET ou a PM colocar motos em pontos estratégicos nas grandes avenidas e punir exemplarmente esses péssimos motociclistas.

Manuel Pires Monteiro manuel.pires1954@hotmail.com São Paulo