A produção física da indústria paulista cresceu 1,6% entre outubro e novembro e 1,3% entre os meses de novembro de 2015 e de 2016 – neste caso, interrompendo uma sequência de 32 meses de queda consecutiva –, segundo a Pesquisa Industrial Mensal Regional do IBGE. O resultado positivo de São Paulo foi decisivo para melhorar a média nacional (+0,2% entre outubro e novembro), mas, em especial, sofreu influência favorável do setor automobilístico, o que não permite, por enquanto, prever uma recuperação sustentável.
Na comparação entre novembro de 2015 e novembro de 2016, indicadores satisfatórios no Estado também apareceram em itens como equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (+26,5%), farmoquímicos e farmacêuticos (+13,2%), outros produtos químicos (+4,8%), alimentícios (+2,5%) e produtos de celulose, papel e produtos de papel (+5,2%).
No País, dos 14 locais pesquisados, apenas 5 registraram alta e, entre estes, 3 (Pará, Minas Gerais e Amazonas) haviam apresentado indicadores muito ruins em outubro, que foram compensados total ou parcialmente em novembro. Além de São Paulo, só o Paraná mostrou uma elevação mais firme, também sob influência positiva do segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias. Nas áreas pesquisadas, os piores resultados de novembro foram observados na Região Nordeste (-5,2% em relação a outubro), com quedas expressivas em Pernambuco, Bahia e Ceará. Não há reação à vista na região, afetada por problemas gerais, como recessão, desemprego e déficit fiscal, e por problemas específicos, como a crise hídrica.
O que há de menos negativo no levantamento é que as quedas em relação a 2015 começaram a se atenuar no semestre passado. No índice acumulado em 12 meses, até novembro, comparativamente aos 12 meses anteriores, o resultado nacional passou de -8,4% em outubro para -7,5% em novembro. Das áreas avaliadas, o ritmo de queda caiu em 11 e acentuou-se em 3 Estados (Pernambuco, Mato Grosso e Goiás).
A melhora industrial de novembro depende, nos próximos meses, da confirmação das expectativas favoráveis relativas às commodities e também ao agronegócio.