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Brasil ganha duas medalhas de ouro no concurso da Decanter, um dos mais importantes do vinho

Vinícola Ferreira e Amitié conquistam o ouro; país tem ainda 27 medalhas de pratas e 76 de bronze

Garrafa de vinho com taça cheia de vinho ao lado. Foto: Cesar Paludo | AmitiéFoto: Cesar Paludo | Amitié

A vinícola paulista Ferreira e a gaúcha Amitié acabam de conquistar medalha de ouro no Decanter World Wine Awards 2023, com os vinhos Piquant Soléil Syrah 2022 e o Viognier 2022, respectivamente. É a primeira vez que o Brasil ganha dois ouros neste concurso, que é um dos mais conceituados e influentes do mundo do vinho. Até então, o Brasil tinha apenas um ouro, conquistado na edição de 2017 pela vinícola paulista Guaspari com o seu Vista do Chá da safra de 2014. Além dos dois ouros, nesta edição 27 vinhos brasileiros conquistaram a medalha de prata e 76, a de bronze.

A categoria máxima da premiação, que chega este ano a sua 20ª edição, é a medalha de Platina, conquistada por 124 vinhos Foto: Cesar Paludo | Amitie

A categoria máxima da premiação, que chega este ano a sua 20ª edição, é a medalha de Platina, conquistada por 124 vinhos. Ao todo, foram avaliados 18.250 vinhos de 57 países, por 236 jurados. Entre eles, participaram 53 Master of Wine e 16 Master Sommeliers (títulos de grande prestígio neste mundo). O concurso foi realizado no final de abril, em Londres.

No comentário entre os jurados (quatro especialistas brasileiros participam da competição), sabia-se que o Brasil teria conquistado entre dois e três ouros. Mas os nomes dos vinhos premiados só foram divulgados quinta-feira (07 de junho), pela manhã.

O tinto premiado

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A primeira surpresa foi o vinho tinto Piquant Soléil Syrah 2022, que é elaborado apenas com a syrah, no lado mineiro da Serra da Mantiqueira. Na região, entre São Paulo e Minas, vem se consolidado a prática da dupla poda, com as videiras dando frutos no inverno, mas Dormovil Ferreira, o dono do projeto, vai na contramão desta, digamos, tendência, e segue a viticultura tradicional.

São 100 hectares de vinhedos, todos com toldos para proteger do clima frio local, e que dão frutos no verão. Os vinhos são elaborados pela enóloga Isabela Peregrino. “Nossos vinhos são uva pura, sem agrotóxicos, cultivados em um vinhedo a 1.700 metros do nível do mar”, afirma Ferreira. Ele plantou suas primeiras vinhas em Campos de Jordão 13 anos atrás, gostou da atividade e comprou uma área em Piranguçu (MG).

Branco de destaque

A vinícola Amitié por sua vez, inaugura o ouro nos vinhos brancos para o Brasil. “O prêmio coloca a Amitié em novo patamar”, conta a sommelierè Andreia Milan, sócia da enóloga Juciane Casagrande no projeto. Para elaborar esse vinho branco, que está em sua primeira safra, as sócias compram as uvas de um produtor na Serra Gaúcha e vinificam na região. “Sempre gostamos deste varietal e ao encontrar uvas de qualidade decidimos apostar”, acrescenta Andreia.

O Piquant Soléil é comercializado por R$ 288, a safra de 2020, no site Vinum21.com; e o Amitie Viognier, por R$ 171, 10, no amitieloja.com.br

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