A cozinha pantaneira recebe sorridente, com quebra-torto, churrasco de pranchão soleado e uma roda de tereré.
Carne, peixe, mandioca e a bebida gelada de mate são a base dessa cultura, que se espalha pelas planícies alagadas do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, Paraguai e Bolívia. Muito da cozinha pantaneira vem dos hábitos das comitivas, os grupos de caubóis brasileiros que percorrem as estradas boiadeiras levando o gado de um lugar para outro – a região Centro-Oeste concentra a pecuária de corte no Brasil, o país com o maior rebanho de gado comercial no mundo.
“O pantaneiro tem uma relação muito forte com o boi”, diz o chef e pesquisador Paulo Machado, que se dedica a estudar a cozinha pantaneira e vem ao 9º Paladar Cozinha do Brasil para mostrar essa culinária tão rica e tão pouco conhecida pelo País. Apesar de bem preservados – a vida na região mantém hábitos do passado –, alguns clássicos pantaneiros estão ameaçados. O queijo nicola, feito do leite de boi cuiabano – cada vez mais raro – virou relíquia. A caça do jacaré está proibida, impedindo o consumo dessa carne tradicional.
Mesmo rica de peculiaridades, a comida pantaneira dificilmente extrapola as fronteiras do Centro-Oeste. “O pantaneiro tem que resgatar a própria cultura”, diz a pesquisadora Lidia Aguilar Leite.
CAPAA comida do caubói brasileiroFestival valoriza ingredientes e tradições
RESTAURANTESMani renova cardápioPequena salumeria abre em PinheirosO argentino mais querido faz 35 anos
VINHOTrês sul-americanos para três dias de folga
CERVEJAUma weizen gelada no café da manhãBirra da semana: Trópica Arequipa
AO PONTOO simples é complexo
NHAC!Mamão verde na sopa, no cozido, refogado com salsinha…Salada tailandesa
NOTASSalvatori Loi não é mais o chef do Loi RistorantinoA volta do Gastro-pop